Emmanuel - Livro Taça de Luz - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 17
Orar
Pedi e obtereis — ensinou o Mestre Divino. Semelhante lição, todavia, abrange todos os setores da vida, tanto no que se refira ao bem, quanto ao mal.
Qualquer propósito é oração.
A prece nasce das fontes da alma, na feição de simples desejo, que emerge do sentimento para o cérebro, transformando-se em pensamento que é força de atração.
Nesse sentido, todo anseio recebe resposta.
Há orações que são atendidas, de imediato enquanto que outras, à maneira de sementes raras, reclamam largo tempo para a germinação, florescimento e frutificação.
Necessário, portanto, vigiar sobre o manancial de nossas aspirações.
As rogativas do bem elevam-se às Esferas Superiores, ao passo que os anelos do mal descem às zonas de purgação das trevas indefiníveis.
Anjos existem, habilitados a satisfazer aos bons, da mesma forma que entidades da sombra se acham a postos, a fim de colaborarem com os maus.
Forneçamos os temas elogiáveis ou infelizes de nossas cogitações mais íntimas e os executores invisíveis se manifestarão ativos, contribuindo na realização de nossos projetos, de conformidade com a natureza de nossas intenções.
Reconhecendo que ainda não sabemos pedir, de vez que, na maioria das vezes, ignoramos a essência de nossas próprias necessidades, imitemos o Divino Amigo, na oração dominical, quando nos ensina a endereçar as nossas súplicas ao Pai Todo-Misericordioso, na base da confiança perfeita: — “Faça-se a Tua Vontade justa e soberana, na Terra e em toda parte”.
O ensinamento do Cristo guarda absoluta atualidade, nas menores características do nosso tempo, entendendo-se que desejar é função de todos, enquanto que orar com proveito é serviço que raros corações sabem fazer.
Emmanuel
(Psicografado em 1952, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.)
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