Emmanuel - Livro Caminhos - Chico Xavier - Cap. 8
Socorro
Noite escura.
Em local isolado, um rapaz de moto, errando na direção, precipitou-se nas águas de enorme represa.
Alguns populares correram até à casa grande em que morava um negociante que possuía, ali mesmo, um barco magnificamente equipado. No entanto, ao pedido de socorro, ei-lo que responde secamente:
— Jovens de moto? Estou cansado… Gente louca não tem jeito…
Os amigos anônimos se voltaram no rumo de um pardieiro próximo, ocupado unicamente por uma senhora paralítica.
A doente não vacilou. Emprestou-lhes pequena lanterna, acesa a querosene.
Alguns instantes mais e o rapaz foi visto, boiando à longa distância.
Dois homens se atiraram às águas e trouxeram-no desmaiado para a terra.
O comerciante, porém — aquele mesmo que se negara à cooperação —, viera até a orla do lago, simplesmente para ver.
Mas, inclinando-se para o jovem que respirava, a salvo, no socorro improvisado que recebia, começou a gritar em desespero:
— É meu filho!… Ah! meu filho, meu filho!…
Emmanuel
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