quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Joanna de Ângelis - Livro Diretrizes para o Êxito - Divaldo P. Franco - Cap. 32 - Relacionamentos conflituosos




Joanna de Ângelis - Livro Diretrizes para o Êxito - Divaldo P. Franco - Cap. 32


Relacionamentos conflituosos


Entre os grandes desafios sociais destaca-se o dos relacionamentos entre os indivíduos.

Essencial para uma existência harmônica, a maneira de conviver com o próximo define os rumos saudáveis para a execução das atividades que devem ser desenvolvidas durante a jornada terrestre.

A forma gentil de comunicar-se propicia um agradável clima de alegria e de bem-estar, tornando-se cada vez mais aprazível, a fim de que o êxito se instale nos empreendimentos encetados.

Uma pessoa de temperamento irascível, instável e agressivo, sempre defrontará dificuldades para conseguir amizades duradouras, portadoras de enriquecimento emocional e espiritual, porquanto as mudanças de conduta gerarão reações inamistosas naqueles com os quais convive.

Não poucas vezes, o indivíduo conquista outrem, utilizando-se da afabilidade e da gentileza, sem estrutura emocional para preservar a simpatia ou a afetividade desencadeada.

Assumindo posturas hostis, irrita-se pela menor ocorrência, ou dominado por constante mau humor, engendra situações cavilosas para descarregar os fluidos morbosos de que é portador.

Quase nunca se faz amado, tornando-se invariavelmente temido e detestado.

Se possuidor de fortuna, recebe a bajulação dos seus caudatários que o exploram habilmente, cercando-o de gentilezas e elogios, a fim de beneficiar-se das migalhas que lhes atira de maneira despótica. No entanto, odeiam-no e sempre aguardam ocasião para descarregar-lhe de forma ostensiva a aversão e sentimentos de despeito, de vingança e de malquerença que preservam no íntimo.

Humilhados que foram, silenciam as ofensas por conveniência e acumulam-nas até o momento que lhes parece próprio para a libertação do jugo opressor e odiento.

Quando pobre, destituído de recursos amoedados, de bens outros de qualquer natureza, experimenta o reproche sistemático de todos, permanecendo isolado e rebelde sob o acúmulo de conflitos perturbadores.

Essa pessoa difícil de convivência é sempre orgulhosa, acreditando possuir os meios próprios para impor a sua vontade até o momento em que defronta outros do mesmo ou pior quilate com os quais entra em luta infeliz, num campeonato injustificável de insensatez.

Embora essa aparência ríspida e agressiva, oculta demasiadas aflições internas que teme sejam descobertas, o que a humilharia, levando-a a situação deplorável.

Não se amando, atormentada pela timidez e pela insegurança, fruto de uma educação deficiente e sem amor, sem respeito nem consideração, perdeu a auto-estima e a alegria real, vivendo numa quase permanente inquietação que procura disfarçar.

Esse comportamento faz-se mais tormentoso quando a afetividade se lhe instala.

Não acreditando que mereça amor, agarra-se à paixão que a consome, vivendo em contínua variação de comportamento emocional .

Explode com freqüência para manter-se escondida no abismo da insegurança, e despoticamente torna-se indiferente à aflição que desencadeia nos outros. De alguma forma, isso lhe provoca prazer, porque dispõe de campo emocional mais amplo para descarregar as constantes tempestades internas que a sacodem com violência.

Da mesma forma como se torna irritadiça volta à normalidade como se nada houvesse acontecido, tornando-se gentil, por cujo meio procura reparar o dissabor provocado.

Conviver com alguém portador deste distúrbio da personalidade é um verdadeiro calvário, especialmente se existe um vínculo de sentimento conjugal ou de parceria afetiva.

Na sua morbidez, acredita estar sempre com a razão, sentindo-se incompreendida sempre e nunca se esforçando para conseguir a mudança de atitude.

Não possuindo resistências morais para enfrentamentos do mesmo tipo, quando se dá conta de como se encontra a sós, sob chuvas ácidas de reproche e de malquerença, refugia-se no ódio surdo com desejos insanos de vingança contra tudo e todos, acreditando-se vítima da tirania social que se levanta para destruí-la.

A sua enfermidade espiritual é mais grave do que pensa, tornando-se cada vez mais inquietadora.

Pode culminar essa conduta doentia em algum crime, seja contra o próximo ou contra si mesmo, mediante suicídio hediondo, quando se dando conta da situação em que se debate.

Sem duvida, necessita de ajuda psicológica e de tratamento espiritual em razão dos hábitos malsãos que se lhe instalaram em reencarnações transatas.

Incapaz de gerenciar os conflitos, quase sempre nega-se a receber o socorro especializado, que lhe facultaria uma existência menos problemática.

Concomitantemente, em razão do nível emocional de baixo teor vibratório e em face das fixações mentais a que se aferra, atrai Espíritos perturbados do mesmo teor moral e estabelecem-se vínculos obsessivos que agravam o quadro.

É muito grande o número de indivíduos agressivos e atrabiliários que se encontram sob terríveis induções espirituais perturbadoras.

Esses adversários, que os sitiam e terminam por dominar-lhes a casa mental, exploram-lhes as energias em lamentáveis processos de vampirização que os exaurem, destruindo as defesas imunológicas, dando margem à instalação de outras enfermidades orgânicas e mentais.

São muito infelizes esses relacionamentos conflituosos, por produzirem desgaste incessante naqueles que se encontram na faixa da normalidade e enredam-se no companheirismo sem uma compensação emocional que os reabasteçam de energias.

São mais credores de compaixão e de misericórdia esses enfermos da alma, que preferem ignorar a própria doença, do que de recriminação e animosidade.

Quando te sintas envolto por pessoas portadoras desses conflitos, que buscam relacionar-se contigo, evita qualquer tipo de apego, mantendo-te fraterno e amigo, sem que te deixes dominar pelos seus caprichos.

Se te deparas envolvido emocionalmente com alguém que apresenta esse distúrbio de comportamento, insiste para que receba tratamento conveniente quanto antes.

À medida que o tempo transcorre e a comunhão se torna mais íntima, o indivíduo, havendo perdido o respeito por si mesmo, passa a desconsiderar a pessoa ao seu lado, agredindo-a, malsinando-lhe a existência, atormentando-a seguidamente.

Ama sempre, mas não te permitas relacionamentos conflituosos sob a justificativa de que tens a missão de salvar o outro, porque ninguém é capaz de tornar feliz aquele que a si mesmo se recusa a alegria de ser pleno.


Joanna de Ângelis








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