terça-feira, 17 de agosto de 2021

Carlos Alberto - Livro Venceram - Familiares Diversos / Chico Xavier - Cap. 1 - Segunda Mensagem




Carlos Alberto - Livro Venceram - Familiares Diversos / Chico Xavier - Cap. 1


DEPOIMENTO


Durante a estruturação deste livro, em uma de nossas entrevistas, perguntamos o seguinte à genitora do Tato:

— D. Dirce, de que modo estão as coisas, depois de quase 10 anos de separação?

“Não houve separação, Dr. Caio. No início, quando o desespero me toldava o raciocínio, quando a dor me imobilizava no leito, tudo pareceu perdido. Mas houve um sol em nossas vidas — Chico Xavier, o amigo a quem tudo devemos.

Por seu intermédio, voltamos a conversar com o Tato: as mensagens tão autênticas de nosso filho trouxeram-nos a convicção de que apenas houve a separação física, mas o querido Tato continua existindo no Plano Espiritual e continua sempre conosco, visitando-nos, orientando-nos e participando dos problemas, das dificuldades e alegrias de nossa casa.

Eu e Severino nos vinculamos ativamente a tarefas junto aos que sofrem, qual nós sofremos e, de certa forma, procuramos ser mais úteis ao nosso semelhante.”


Segunda Mensagem


Querida mãezinha Dirce, peço ao seu querido coração de mãe abençoar-me as esperanças de filho.

Agradeço, mãezinha Di, o seu concurso de presença nestes dias, junto às tarefas em que nos achamos envolvidos, nas lembranças de nosso amigo Augusto Cezar, que se converteram em abençoados encontros de trabalho na oficina do bem.

Religo-me aos seus sentimentos de carinho, na cooperação com os amigos, e, de meu lado, estou na turma daqueles que se irmanam para cooperar nos contatos de outros companheiros em nossos momentos de oração.

Graças a Deus, estamos sempre juntos. Não me creia esquecido de nossas datas e lembranças. Felizmente, vejo-a mais tranquila e mais ajustada às nossas realidades presentes e, durante as suas reflexões, conserve a certeza de que o seu carinho me registra a presença com precisão quase que absoluta.

Nos dias que passaram, ambos desconhecíamos de que modo nos cabia controlar o sofrimento que raiava quase no desespero, mas, agora, no curso dos dias, pouco a pouco, convencemo-nos de que a aceitação é o melhor estado de prece, a fim de acumularmos forças para a caminhada.

Agradeço a paz com que você, querida mãe Di, tem sabido orientar o papai Severino e a consolar os paizinhos outros, tio Olavo e tia Amelinha. Muitas lutas foram já superadas e esperamos que o seu equilíbrio continue harmonizando a todos os nossos no caminho a ser percorrido.

Faça os nossos compreenderem que ninguém se realiza e nem realiza algo de bom na Terra sem problemas e sem lutas.

Quando o calor das crises subir ao clima de alta tensão, proceda como vem fazendo, interpondo a sua palavra de serenidade e de harmonia, paz e segurança, entre os argumentos menos felizes que os nossos entes amados apresentem, e tudo seguirá bem, com as bênçãos de nossos Benfeitores da Vida Superior.

Tenho acompanhado a evolução do Andrezinho e envio a ele os meus parabéns. É um garoto assombroso esse meu irmão, que tenho sob os melhores votos de amparo espiritual.

Mãezinha Di, sei quão difíceis são os problemas para a sua sensibilidade no tempo que se desdobra, sem que a minha presença mais imediata e mais concreta esteja a oferecer-lhe o suporte preciso à confiança em si mesma, no entanto, mãezinha, observe que isso acontece imaginariamente.

Digo isso porque tenho sido, com a bênção de Jesus, e embora eu não mereça, a esperança em suas horas difíceis, o seu apoio nos momentos de incerteza, a resposta às suas indagações e sobretudo, aquela voz que lhe fala por dentro do coração, induzindo-a à calma e à coragem necessárias para atravessar todos os obstáculos.

Não se deixe vencer pelos empeços e aflições das experiências na vida material. Eleve a sua fé para os cimos da vida e observará que Deus é amor que nunca se esgota e luz que não se extingue.

A vovó Zezé (1) tem estado junto de mim compartilhando de nossas tarefas, tanto quanto a outra avó, sempre atenta ao carinho de que necessitamos para reforçar os nossos recursos no trabalho do cotidiano.

Temos colaborado, quanto possível, em benefício da vovó Deolinda e da tia Amélia, no setor da saúde, rogando a Jesus as conserve satisfeitas e felizes. Peço dizer ao papai Severino e ao papai Olavo que nos tempos mais difíceis, quais os nossos de agora, o pensamento circunscreve os próprios voos às atividades julgadas mais simples, a fim de não provocarmos falsas impressões a nosso respeito.

Quanto mais simplicidade nas situações, maior será o apoio que recolheremos do Mais Alto, porque os Espíritos Superiores igualmente encontram com isso mais amplas oportunidades para o auxílio em nosso favor.

Agradeço à tia Alzira que nos dispensa tamanho amor, conservando na memória as recordações do seu filho que deseja a todos os nossos o Maior Bem. Alzirinha e Alexandre me falam alto ao coração, como também todos os nossos que nos honram com o seu habitual carinho. (2)

Peço a você, mãezinha Di, e ao papai Severino, transmitirem ao nosso irmão Fonseca, os nossos agradecimentos pelos estímulos que nos tem doado aos corações, a fim de prosseguirmos em nossa jornada para a frente.

Com tantos amigos ao nosso lado e considerando as bênçãos que temos recebido, de maneira incessante, não temos senão motivos para sermos gratos a Deus.

Mãezinha Di, tenho tido a alegria de continuar trabalhando em nossa equipe juvenil de serviço cujas atividades se ampliaram intensamente depois dos nossos livros de parceria e agora tenho minhas tarefas acrescentadas com uma boa ponta de trabalho em favor dos doentes, com a supervisão do nosso estimado médico Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho, (3) orientador de grande escola de realizações beneméritas em toda a orla de que a nossa querida cidade de Santos é uma parcela das mais importantes.

Dou para o seu carinho estas notícias por saber que a sua dedicação materna se sentirá feliz em saber seu filho trabalhando com esperança e alegria.

Agradeço as suas preces e flores de sempre e estou encantado com as suas conversações comigo, junto de meu retrato. Nada fiz por merecer tanto carinho de sua ternura e da confiança de meu querido papai Severino, mas creiam os dois que tudo farei por ser digno do crédito com que me honram.

Estamos felizes com as lembranças oferecidas ao nosso querido amigo Augusto e envio a meu pai, ao Andrezinho, à tia Amélia e ao tio Olavo, com a vovó Deolinda e todos os nossos as alegrias destes momentos de paz e encorajamento que estamos desfrutando na união espiritual completa, uns com os outros.

Mãezinha Di, não posso alongar-me. Agradeço ainda aos nossos amigos da experiência diária por todas as preces e referências confortadoras que formulam em meu benefício.

Com os pensamentos de carinho concentrados em meu pai e em nosso Andrezinho, peço ao seu coração de mãe e à sua alma querida de Estrela do Meu Caminho, receber todo o amor e toda a gratidão do seu filho e companheiro de todos os momentos, sempre o seu Tato,


Carlos Alberto Da Silva Lourenço
30 de Setembro de 1979   



(1) Vovó Zezé ou, também, vovó Pessoa, Maria Josefa Pessoa dos Santos, bisavó desencarnada em Portugal há algumas décadas. A outra avó é a vovó Bonfim, Alvarina Jorge Bonfim, também domiciliada no Plano Espiritual, desde a década de 1940.

(2) Tia Alzira: Alzira Bonfim da Silva Vitorino, irmã de D. Dirce. Alzirinha: Alzira Maria Bonfim Faria Santos, genitora do Alexandre, é prima do Carlos Alberto.

(3) Grande vulto da Medicina Brasileira, fundador da Faculdade de Medicina de São Paulo.



Carlos Alberto da Silva Lourenço (Tato)
Santos (SP), 25 de junho de 1956 — São Bernardo do Campo (SP), 17 de setembro de 1974


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