segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Emmanuel - Livro Bênção de Paz - Chico Xavier - Cap. 19 - Ante o poder do amor



Emmanuel - Livro Bênção de Paz - Chico Xavier - Cap. 19


Ante o poder do amor


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” — (JOÃO, 3.16)


Ninguém conseguiria manter a ordem sem a justiça, mas ninguém constrói a paz sem amor.

Não se negará merecimento à colônia penal que reúne os doentes de espírito, como não se recusa apreço ao hospital que congrega os doentes do corpo; mas assim como na instituição de saúde somente o desvelo do amor é capaz de assegurar o preciso êxito às instruções da medicina, nos estabelecimentos de regeneração apenas o trabalho do amor garante a recuperação da lei que traça disposições para o equilíbrio social.

Muitos falarão de esforço corretivo perante os erros do mundo; não lhes desconsiderarás as razões, quando justas, todavia, precedendo quaisquer medidas de coerção referir-te-ás ao amor que restaura.

Muitos apontarão os perigos resultantes das deficiências do próximo; não lhes desrespeitarás a argumentação, quando sincera, mas antes de tudo providenciarás a obtenção de remédio que as reduza.

Assim deve ser, de vez que por enquanto, na Terra, para legiões de acusadores, diante das vítimas do mal, existem raros advogados para o socorro do bem.

Ama sempre. E quando estiveres a ponto de descrer do poder do amor, lembra-te do Cristo; o Senhor sabia que o mundo de seu tempo estava repleto de Espíritos endividados perante a Lei, que Ele não poderia invalidar os arestos da Justiça para o reajustamento dos culpados, compreendia que as criaturas hipnotizadas pelo vício não lhe dariam atenção, que deveria contar com a hostilidade daqueles mesmos a quem se propunha beneficiar e permanecia convicto de que o extremo sacrifício lhe seria o coroamento da obra; entretanto, consubstanciando em si mesmo o infinito amor que Deus consagra à Humanidade, veio ao mundo, mesmo assim.


Emmanuel










(Reformador, dezembro 1965, p. 268)

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