Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 3ª Parte - Das leis morais - Capítulo II - 1. Lei de adoração
A prece
659. Qual o caráter geral da prece?
“A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar nele; é aproximar-se dele; é pôr-se em comunicação com ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.”
Allan Kardec
O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez
Questão 659 comentada
Certamente que a prece é um ato de adoração, seja ela na linguagem em que for dita, desde que seja pelo coração. Seja ela ensinada por essa ou aquela religião, orar é reconhecer um poder Supremo, é ato de gratidão Àquele que nos fez e nos governa a todos.
Deus já se encontra em toda parte, desde a Sua Criação, mas, nem sempre se percebe essa união divina com a criação. Somente quando despertamos para a vida, quando a nossa consciência se ilumina, é que vamos a Ele, porque Ele já se encontra em nós, a esperar que acordemos para a verdadeira vida. Ele não tem predileção por ninguém.
Quando o homem aprender a orar, notar-se-á em seu coração, mesmo no de carne, um foco de luz de vários cambiantes, em busca de outras luzes que escapam às nossas deduções, e nesta transfusão de vida é que nascem e despertam as vidas.
Lê mais sobre o valor da oração e deixa teus sentimentos buscarem mais entendimento sobre a prece. Enriquece teus valores, porque se queres forças de curar, de alegrar, de saúde, de fé e mesmo de amor, aprende a orar dentro da simplicidade, da humildade, sendo um dínamo de amor que irradia por todos os lados, ajudando a todas as criaturas de Deus.
É certo que temos de cuidar dos que sofrem, onde quer que seja, mas em primeiro lugar, vamos ouvir os nossos benfeitores espirituais que nos chamam através da Doutrina Espírita, porque os sofredores sempre os teremos, nos nossos caminhos, entretanto, uma palavra do Cristo, nem sempre temos oportunidade de ouvi-la, na veemência que os tempos estão nos trazendo. Depois de adultos, temos que caminhar com os próprios pés, e se não aprendemos bem as lições, passaremos dificuldades nos caminhos.
Registramos outra lição de grande importância, anotada pelo apóstolo João:
Porque, os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre tendes.. (João, 12:8)
Aprendemos, pois, com os luminares da eternidade, que de vez em quando descem ao nosso plano, a orar e viver com Jesus, para, depois de preparados, irmos ao encontro dos pobres, aos que sofrem. As agressões da vida, te buscam para despertar, e nós outros somos aqueles cireneus que, pela misericórdia, vamos ajudar-te a levar a cruz.
Quem ora a Deus tem gratidão, e nunca deves orar somente pedindo, a não ser para pedir forças para as lutas de cada dia. Deves agradecer sempre pelo que recebes das mãos do Benfeitor Universal.
Quem ora sabe que pela oração pode comunicar-se com o invisível. Em certo nível do Espírito que faz a prece, ele não precisa mais pedir, porque a Onisciência Divina sabe bem o que todos merecem receber no seu estágio espiritual. Neste caso, deves somente agradecer o que vem ao teu caminho, com humildade e amor, ao Pai que nunca se esquece dos Seus filhos do coração.
Se não tens costumes de orar, procura fazê-lo, porque a prece nos leva a sensações indizíveis, que somente quem ora sabe sentir e não sabe explicar, na sua pura realidade.
O universo é um ato de prece do Criador; se tudo vive na harmonia, a harmonia é oração, que as leis de Deus sabem expressar.
Miramez
Filosofia Espírita Vol. XIII - João Nunes Maia
Cap. 47 - Valor da prece
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