terça-feira, 9 de março de 2021

Emmanuel - Livro Leis de Amor - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 2 - Parentesco e filiação




Emmanuel - Livro Leis de Amor - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 2


Parentesco e filiação


— A morte arquiva os serviços inacabados das criaturas humanas?

No mundo, a morte parece uma estação de problemas insolvíveis, arquivando serviços inacabados. Entretanto, isso é apenas aparência.

— As consequências dos crimes obscuros dos homens terminam com a morte?

Dramas passionais, crimes que não foram investigados pelos juízes humanos, tragédias íntimas e assaltos na sombra cujos protagonistas sabemos identificar por vítimas e carrascos, não desaparecem no silencio do túmulo, porque a vida prossegue, além da morte, desdobrando causas e consequências.

— O princípio de causa e efeito funciona além da morte?

O princípio de causa e efeito tanto funciona na existência humana, quanto além dos implementos físicos perecíveis.

— Para onde nos conduz a morte?

Porque nós outros, seres humanos encarnados e desencarnados, somos ainda discípulos imperfeitos e inexperientes da vida, a morte não nos impele, em definitivo, às esferas superiores e nem nos rebaixa, indefinidamente, a círculos degradantes.

— Para as criaturas humanas o que significa a vida terrestre?

Considera-nos a Lei Divina por inteligências juvenis, sob o patrocínio da escola, concedendo-nos, na vida terrestre o mais alto campo edificante e reeducativo.

— Qual a conexão entre a consanguinidade e o destino?

Nos elos da consanguinidade reavemos o convívio de todos aqueles que se nos associaram ao destino, pelos vínculos do bem ou do mal através das portas benditas da reencarnação.

— Que precisamos para vencer na luta doméstica?

Devemos revestir-nos de paciência, amor, compreensão, devotamento, bom ânimo e humildade a fim de aprender e vencer, na luta doméstica. No mundo, o lar é a primeira escola da reabilitação e do reajuste.

— O que foram, em vidas anteriores os pais despóticos?

Quase sempre, os pais despóticos de hoje são aqueles filhos do passado, em cuja mente inoculamos o egoísmo e a intolerância.

— E o filho rebelde?

O filho rebelde e vicioso é o irmão que arrojamos, um dia, à intemperança e à delinquência

— E a filha desatinada?

A filha detida nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequilíbrio e à crueldade.

— E o marido desleal?

O marido ingrato e desleal, em muitas circunstâncias, é o mesmo esposo do pretérito, que precipitamos na deserção, com os próprios exemplos menos felizes.

— E a esposa desorientada?

A companheira desorientada, que nos amarga o sentimento, é a mulher que menosprezamos, em outra época, obrigando-a a resvalar no poço da loucura.

— E os parentes abnegados?

Os parentes abnegados, em que nos escoramos, são os amigos de outras eras, com os quais já construímos os sólidos alicerces da amizade e do entendimento, propiciando-nos o reconforto da segurança recíproca.

— Como influi o nosso passado no clima familiar e na atividade profissional?

Cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto, que surpreendemos na família ou na atividade profissional, são forças do passado a nos pedirem mais amplas afirmações de trabalho na vitória do bem.

— Em vista de tudo isso, que nos cabe fazer ante os parentes?

Diante dos parentes e dos companheiros de jornada, consagremo-nos à felicidade de todos e façamos o melhor ao nosso alcance, a benefício de cada um.

— O que devemos fazer se a presença de alguém nos é penosa?

Se a presença de alguém nos é penosa ou difícil ao coração, anulemos os impulsos negativos que nos surjam na alma e convertamos as nossas relações com esse alguém numa sementeira constante de paz e luz.

— Todo laço de parentesco possui razão de ser?

Ninguém possui sem razão esse ou aquele laço de parentesco, de vez que o acaso não existe nas obras da Criação.


Emmanuel




(Este capítulo foi psicografado por Francisco Cândido Xavier)

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