sexta-feira, 12 de março de 2021

Joanna de Ângelis - Livro Momentos de Coragem - Divaldo P. Franco - Cap. 4 - Paciência dinâmica




Joanna de Ângelis - Livro Momentos de Coragem - Divaldo P. Franco - Cap. 4


Paciência dinâmica


A paciência reflete o equilíbrio daquele que mantém a sua confiança em Deus e nas Leis que regem a vida.

Revela as conquistas morais que foram logradas, ensejando ampliação de recursos para o incessante progresso do ser.

Pode e deve ser cultivada mediante a reflexão e a prece, que são admiráveis instrumentos para a harmonia íntima propiciadora da arte e da ciência de esperar.

Quando se age com discernimento, correção e probidade, não há por que desesperar ou atirar-se ao calabouço da amargura.

A consciência tranquila dá a contribuição exata para que se instale a paciência, pois que sabe da justeza dos acontecimentos, quanto da sua oportunidade, submetendo-se às injunções decorrentes como episódios que antecedem a etapa final.

A paciência, por isso mesmo, dulcifica os sentimentos, favorecendo a saúde física e emocional, ao tempo em que irradia em derredor simpatia e afetividade.

Não censura, nem se agasta.

Não exige, nem impõe justificativas.

Não perturba, nem angustia.

Não malsina, nem fraqueja.

A paciência acalma e ajuda, inspira e ampara, aguarda e promove, dignifica e trabalha.

A paciência é reflexo luminoso da fé, sem a qual não se mantém.

Complementam-se, na condição de combustível uma da outra, ou de fruto que se propiciam, de acordo com a vigência de cada qual no imo da criatura.  

A paciência é um ato de submissão aos impositivos da vida, que estabelecem a ordem dos fatos, que são conforme devem e não consoante as paixões pessoais.

Ensina que há tempo próprio para a experiência, a lição, o sucesso, e que o aparente fracasso de agora será a realização exitosa de amanhã.       

A precipitação é-lhe o adversário mais aguerrido e danoso, por gerar, no indivíduo, irritabilidade e azedume, promotores de distúrbios na saúde de quem lhes agasalha os impulsos.

A formiga, a abelha e todos os insetos constroem suas casas com paciência e ordem.

Os pássaros, em geral, fazem-no da mesma forma.

Letra-a-letra surge o livro.

Nota-a-nota estua a sinfonia.

Sem pressa, mas com ritmo, a vida se agiganta em todas as suas expressões em a Natureza.

Convém não se confunda paciência com preguiça, indolência, inércia.

A verdadeira paciência é uma atitude dinâmica perante os acontecimentos, não imobilizando o indivíduo, antes, mantendo-o íntegro no dever, vigilante na ação, dedicado no compromisso.

Com paciência e trabalho, Thomas Edison registrou mais de mil inventos.

Mediante a paciência e o cálculo, Einstein criou a teoria da relatividade, reformulando velhos conceitos em torno do tempo e do espaço.

Pacientemente, Sócrates esperou a morte injusta.

E Jesus, ensinando-nos a preserva-la em qualquer circunstância, sem defender-se, com paciência entregou-se à morte, em silêncio, a fim de que todos tivéssemos vida.


Joanna de Ângelis









 

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