Emmanuel - Livro da Esperança - Chico Xavier - Cap. 62
Auxílio e nós
“… Pedi e recebereis…” — JESUS (João, 16.24)
“Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus.” — Cap. XIX, 4
Sonhamos felicidade e queremos auxílio.
A Sabedoria do Universo, porém, colocou a vontade em nosso foro íntimo, à guisa de juiz supremo, a fim de que a vontade, em última instância, decida todas as questões que se nos referem à construção do destino.
Anelamos tranquilidade, alentamos nobres aspirações, aguardamos a concretização dos próprios desejos, traçamos votos de melhoria… E, a cada passo, surpreendemos o concurso indireto das circunstâncias a nos estenderem, de mil modos, o apoio certo da Providência Divina.
A assimilação, porém, de qualquer auxílio surge condicionada às nossas resoluções.
Escolas preparam.
Afeições protegem.
Simpatias defendem.
Favores escoram.
Conselhos avisam.
Dores advertem.
Dificuldades ensinam.
Obstáculos adestram.
Experiências educam.
Desencantos renovam.
Provações purificam.
A máquina da Eterna Beneficência funciona matematicamente, em nosso favor, através dos múltiplos instrumentos da vida, entretanto, as Leis Eternas não esperam colher autômato em consciência alguma. À face disso, embora consideremos com o Evangelho que toda boa dádiva procede originariamente de Deus, transformar para o bem ou para o mal o amparo incessante que nos é concedido dependerá sempre de nós.
Emmanuel
(Reformador, setembro 1964, p. 211)
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