Joanna de Ângelis - Livro Luz nas Trevas - Divaldo P. Franco - Cap. 8
As bênçãos da alegria
Nada obstante seja a Terra um planeta de provas e expiações, não se pode negar a beleza de que se reveste, auxiliando as criaturas no seu crescimento para Deus, mediante os recursos valiosos que se encontram em toda parte, num convite invulgar para as atividades indispensáveis a esse mister.
Sua flora e sua fauna, ricas de espécimes encantadores, estão exigindo melhor compreensão dos seres humanos para continuarem no afã para o qual foram criadas por Deus.
Fenômenos de incomparável equilíbrio se apresentam a cada momento no solo, nas águas rasas e profundas, no ar, nos vales e nas montanhas convidando à reflexão a respeito dos detalhes que assinalam todas as formas.
Da pequenina flor perfumada à gigantesca sequoia, dos micro-organismos à majestade dos colossos siderais que fulguram à distância no Infinito, percebe-se uma sinfonia de sons e de cores num painel jamais concebido pela imaginação mais exaltada.
Uma expressiva magia permanece no ar aguardando o pensamento e a emoção dos que a habitam, proporcionando-lhes incomparável alegria de viver.
Se ainda apresenta momentos afligentes e destruidores como decorrência das incontáveis transformações que tem lugar na sua intimidade sua como nas camadas superiores que a envolvem, multiplicam-se na sua face externa as paisagens de encantadora harmonia, os cromos que sensibilizam, os amanheceres de luz e os poentes de cores inimagináveis.
Sem dúvida, existem sofrimentos inabordáveis, dilaceradores insuportáveis contrastando com a permanente mensagem de enriquecimento espiritual que se encontra instaurada no imo seres, especialmente humanos.
Sucede que essa página de dores acerbas é resultado da intemperança e precipitação do espírito humano aí colocado para fazer desabrochar a presença sublime do amor que lhe jaz no íntimo.
Viajando do instinto à razão e desta à angelitude, a energia pensante transfere de uma para outra experiência existencial as conquistas e prejuízos do seu comportamento, de forma que possa lapidar as arestas e corrigir as imperfeições conforme as haja produzido.
Mesmo nesse processo de autoburilamento, a beleza e a alegria encontram-se presentes como a melhor maneira de alcançar-se a meta sublime, que é a perfeição.
A fim de que os padecimentos mais rudes não se transformassem em algozes impenitentes, a Divindade proporcionou à escola terrestre incontáveis painéis de encantamento para que pudessem produzir bênçãos em todos os seres que a habitam, o interesse e a paixão pelo amor, num esforço hercúleo de superação das tendências infaustas ou perturbadoras.
Desse modo, é justo que se procure a vivência da ternura, essa irmã da tranqüilidade, em todas e quaisquer situações do curso evolutivo.
A alegria é mensagem de Deus convidando-nos à conquista da plenitude.
O Evangelho de Jesus é um poema de alegria em todas as suas páginas. Confortador desde os primeiros ditos do Mestre Incomparável, quando enunciou:
- Eis que vos trago boas-novas de alegria.
Aqueles eram dias tumultuosos e conflitivos no exterior e no interior das criaturas humanas.
Infelizmente , o ser humano era o lobo do seu próprio irmão.
Jesus veio para aplacar a ardência das paixões destrutivas, cantando o poema da esperança que dá forças para a libertação de todo mal.
E, a partir de então, a Terra, na sua paisagem moral, reverdeceu e tornou-se abençoada escola de aprimoramento intelecto-moral, onde os Espíritos se iluminam e avançam no rumo da sublimação.
Por essas e muitas outras razões, o sofrimento, mesmo quando se apresenta com aspecto tormentoso, deve ser recebido com alegria, pela oportunidade de reabilitação do equivocado e disciplina educadora de que necessita.
Há em toda parte a presença mirífica da Luz do amor de Deus, estimulando o ser humano a que se transforme em cocreador, tornando o planeta mais elevado e mais propício à regeneração da sociedade que o habita.
Não retires do teu mapa de compromissos a alegria do serviço, recordando-te de que todas as oportunidades que se encontram ao teu alcance procedem da magnitude do Senhor, que a todos concede os instrumentos hábeis para atingir o êxito.
Aprende, pois, a ver beleza em todas as coisas, a retirar o lado bom mesmo no mal em tudo e em todos, permitindo-te a alegria de viver sem mágoas ou sem dissabores, porque tudo contribui para a tua elevação moral.
Por tua vez, canta as bênçãos da alegria aos ouvidos do mundo inquieto, dos corações amargurados, dos seres em desencanto, mostrando que nunca cessam as ocasiões de amar e servir, edificando o santuário da perfeita fraternidade.
Nunca te rebeles porque te encontres em injunção penosa, sob injustiça e perseguição gratuita.
Lembra-te dos servidores de Jesus que se imolaram por Seu inefável amor.
O holocausto para eles era um momento de glória, de verdadeira alegria.
Cantavam e exaltavam a fé que os arrebatavam, impressionando e irritando os adversários da luz que os levavam ao padecimento ultor.
Graças ao seu devotamento e sacrifício, mudaram os rumos da História.
Na atualidade em que a alegria é encontrada, não poucas vezes, nos espetáculos grosseiros, no anedotário vulgar, na satisfação dos instintos primários torna-se necessário encontrar as alegrias que enriquecem o coração de paz e a mente de sabedoria.
A alegria em todos os momentos existenciais é o sinal de Cristo no coração, porquanto, mediante a sua musicalidade interior, ocorre uma perfeita identificação entre a criatura e a Criação, exaltando a Grandeza de Deus.
Não te deixes, pois, entristecer pelos naturais testemunhos que a evolução impõe a todo aquele que moureja na busca da plenitude.
Joanna de Ângelis
VÍDEO:
Lançamento do Livro Luz na Trevas (Joanna de Ângelis / Divaldo Franco)
Mansão do Caminho
Nesta obra-convite, seremos convocados à autoiluminação e ao autoencontro por meio de propostas psicoterapêuticas alicerçadas nos ensinamentos do Evangelho de Jesus e nas lições atemporais da Doutrina Espírita.
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