Emmanuel - Livro Linha Duzentos - Chico Xavier - Cap. 18
Caridade-atitude
Caridade que se expresse tão somente na cessão do supérfluo pode facilmente induzir-nos à vaidade.
Não é difícil dar o que retemos, no entanto, a virtude genuína pede a doação de nós mesmos, através do que temos e do que somos.
Em razão disso, é preciso não esquecer que a caridade é também e acima de qualquer circunstância, o sentimento que nos rege a atitude.
No templo doméstico, é compreensão e gentileza.
Em família, é cooperação desinteressada e fraterna.
Na profissão, é a honestidade.
Não trabalho, é o dever bem cumprido.
Na dor, é fortaleza.
Na alegria, é temperança.
Na saúde, é a presença útil.
Na enfermidade, é a paciência.
Na abastança, é o serviço a todos.
Na pobreza, é diligência.
Na direção, é a respeitabilidade.
Na obediência, é humildade digna.
Entre amigos, é a confiança.
Entre adversários, é perdão das ofensas.
Entre os fortes, é o socorro aos mais fracos.
Entre os bons, é o auxílio aos menos bons.
Na cultura, é o amparo à ignorância.
No poder, é a autoridade sem abuso.
Em sociedade, é o apoio fraterno que devemos uns aos outros.
Na vida privada, é a conduta reta ante o próprio julgamento.
Não vale espalhar um tesouro amoedado com as vítimas de penúria, alimentando o ódio e a incompreensão, a revolta e o pessimismo nas almas.
Aceitemos a experiência que o Senhor nos reserva cada dia, fazendo o melhor ao nosso alcance.
Seja a nossa tarefa um cântico de paz e esperança, eficiência e alegria, onde estivermos.
E recebendo o divino dom de pensar e entender, irradiando os mais belos ideais que nos enriquecem a vida, em forma de serviço aos semelhantes, a caridade será, em nossos corações, a luz constante clareando, desde as sombras da Terra, os mais remotos horizontes de nosso luminoso porvir.
Emmanuel
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