segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Emmanuel - Livro Seguindo Juntos - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 29 - Dor e alegria




Emmanuel - Livro Seguindo Juntos - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 29


Dor e alegria


A dor é o caminho.

A alegria é a meta.

A luta é o veículo.

O aperfeiçoamento é a realização.

Vejamos a assertiva nos ângulos mais simples do quadro material em que estagiamos.

Os fios de condução da energia elétrica nasceram na condição mais humilde, mas, ligados à força da usina, transformam-se em mensageiros da luz.

O tijolo singelo em que se erige a parede que nos abriga passou pelo clima sufocante do forno, antes de converter-se em soldado da segurança.

A mesa que nos serve ao trabalho sofreu o império da lâmina que lhe suprimiu as arestas; no entanto, é presentemente um altar da cultura, em que se acomodam o entendimento sadio e a vibração da fraternidade, o livro edificante e o calor da oração.

As rosas que nos emolduram a noção de beleza, muitas vezes, são herdeiras do estrume; no entanto, se ainda ontem, desabrochavam na vizinhança do lodo, revelam-se agora por ânforas de perfume.

Ninguém pode negar o golpe do malho na bigorna ardente para modelar o ferro deseducado; entretanto, o suplício do fogo é um minuto de aflição plasmando a utilidade preciosa que seguirá servindo, na exaltação do conforto, por tempo indeterminado.

A semente na cova padecerá constrição e isolamento; contudo, após dias breves de asfixia e inquietude, elevar-se-á, generosa, por árvore dominante, a exalçar-se nas cores da primavera e a contribuir no tesouro do pão.

Em verdade, é preciso lutar para superar-nos; entretanto, é indispensável contemplar os cimos, se nos propomos atingir o templo solar.

Fixar demasiadamente a noite é perder a visão do dia renascente.

Buscar a revelação da aurora é alijar o grilhão das trevas.

Realmente, o Evangelho de Jesus é um poema de trabalho e de sacrifício a que não faltam a enfermidade e o desespero dos homens, com a flagelação e a cruz para o Emissário Divino. Todavia, a Boa Nova do Cristo começa nos cânticos das legiões celestes, acompanhados por vozes angelicais de pastores, consolida-se numa festa esponsalícia em Caná, avança com as esperanças e com os júbilos dos penitentes aliviados, detém-se nas fulgurações do Tabor e termina com a Ressurreição do Mestre Inolvidável em pleno jardim. 

Cultivemos otimismo e serenidade, coragem e bom ânimo, acima das lições que nos reserva o caminho, de vez que toda nuvem chega e passa, toda tempestade surge e desaparece, porque, diante de Deus, que nos criou para a imortalidade triunfante, só a luz e a alegria querem a eternidade, a gloriosa eternidade…


Emmanuel






Nenhum comentário:

Postar um comentário