sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Bezerra de Menezes - O Cristão Espírita - Azamor Serrão - A casa de Deus



Bezerra de Menezes - O Cristão Espírita - Azamor Serrão


A casa de Deus

A casa de Deus, filhos, é o universo inteiro, porque Deus está em toda parte, a revelar-se para que as forças do mal não conduzam para as trevas os que buscam a luz, para orientar-lhes a caminhada pela estrada da vida, em roteiro seguro para perfeita união com o Pai, que é o supremo amor, a suprema alegria, tão bem representado pelo espelho sublime que sua imagem reflete - Jesus.

O nosso Mestre amado ensina-nos em seu Evangelho de amor o caminho da Verdade, fazendo de nossos corações um verdadeiro templo de Deus, pelas vibrações celestiais que deles emanam. Esses corações, alimentados por pensamentos puros de mentes já iluminadas para orientar as atitudes fraternas de paz e amor a serviço do Cristo de Deus, esclarecem as ovelhas a fim de que não se desviem do caminho verdadeiro, fazendo das casas de oração casas de comércio. Onde as almas se reúnem para o maravilhoso encontro com Deus, não se permite nem um só gesto que identifique qualquer transação comercial, porque o ouro traz a ambição e a ambição pelo ouro é que perde as almas, interrompendo a caminhada para Deus.

O Mestre Jesus nos adverte quanto a isso de forma bem concisa, que não deixa nem uma dúvida. Mas certos orientadores religiosos é que não querem entender a Divina Mensagem do Mestre.

Quando Jesus fez sua entrada triunfal em Jerusalém, o povo veio alegremente para as ruas para recebê-lo, bradando em vozes fortes e cheias de entusiasmo: "Viva Deus nas alturas e Jesus entre os homens!"

Jesus foi ao templo. Pelos pátios, pelos arredores e dentro do templo, se fazia mercado de animais, cereais e tudo quanto aquela gente possuía para vender, com o consentimento dos sacerdotes. Então, Jesus mandou que se retirassem dali com suas mercadorias, pois era sacrilégio fazer da casa de orações um covil de especulações e trapaças. O templo é lugar consagrado às súplicas das criaturas a seu Criador.

Foi para terem aquele recanto reservado, onde pudessem falar com Deus e seus anjos (ou Espíritos), que os homens construíram seus templos. É ali que as almas de abrem, cheias de fé, porque lá estão as vibrações puríssimas do Amor do Pai para as suas criaturas.

Ali é a famosa escada de Jacó, por onde sobem as preces, as súplicas, as manifestações de amor e gratidão, e por onde descem, em catadupas de amor, as bênçãos e as respostas que os céus enviam às almas da Terra. Profanar um templo é grande crime. Por isso, o Divino Senhor espantou daquele lugar sagrado os que o maculavam com sua cobiça e egoísmo. Naquele acumulado de vibrações de Amor, de Prece, de Perdão, na explosão da sua fé e confiança em Deus, as criaturas achavam-se em Jesus. Ele estava ali na manifestação da mais alcandorada efusão de amor para com Deus; e, por isso, Ele disse: "A minha casa é casa de oração". Sim, ali, e "onde quer se faça oração, está Ele", «Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estarei". De qualquer forma que o homem se una com o seu Deus, está unido com o Cristo, porque Ele disse: "Eu e meu Pai somos Um". Assim, bem claro ficou seu pensamento quando disse a João: "Não proibais que curem em meu nome, esses não são contra mim". E para que estejamos com Cristo, necessário se faz cumpramos seus ensinamentos evangélicos, não desobedecendo as suas determinações e procurando estar com Ele tanto quanto Ele está conosco.

Deus nos guarde e Jesus nos abençoe


Bezerra de Menezes






(Mensagem de Bezerra de Menezes recebida por Azamor Serrão, transcrita de O Cristão Espírita, Ed. 02, outubro de 1965)


Assistido por Bezerra de Menezes, Azamor Serrão exercia sua intensa mediunidade receitista num centro em Botafogo, Rio de Janeiro, na Rua da Matriz – “Tenda dos Irmãos do Oriente”. Era um centro de natureza mista, isto é, meio espírita, meio umbandista, meio orientalista. Priorizava o fenômeno mediúnico visando consultas, conversas com espíritos e desobsessão, sem grande preocupação com o estudo regular da codificação kardequiana.

Sob a inspiração de Bezerra de Menezes e Ali-Omar, lá pelos idos de 1959, Azamor decidiu-se então a liderar um movimento em prol de estudos intensivos das obras de Kardec. Logo formava-se um pequeno grupo, de 19 companheiros, constituindo a “Iniciação Espírita Bezerra de Menezes”.







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