sábado, 29 de fevereiro de 2020

Emmanuel - Livro O Evangelho por Emmanuel — Volume I - Comentários ao Evangelho segundo Mateus - Cap. 221 - Não bastará dizer




Emmanuel - Livro O Evangelho por Emmanuel — Volume I - Comentários ao Evangelho segundo Mateus - Cap. 221


Não bastará dizer



Não bastará clamar, “Senhor! Senhor!…”, para atravessarmos vitoriosamente as portas da iluminação espiritual.

Muitos clamam pela proteção do Mestre, em lágrimas de amargosa compunção, mas não lhe aceitam os desígnios salvadores. Esperam pelo Benfeitor divino, à maneira de crianças caprichosas, habituadas a viciosas exigências.

Muitos apelam para Jesus, reclamando-lhe socorro e assistência, declarando-se extenuados pelas pequenas lutas que lhes couberam no mundo, entretanto, são cegos para os fardos pesados que os vizinhos suportam heroicamente e incapazes de oferecer a mais leve migalha de cooperação ao próximo sofredor.

Muitos repetem o nome do Amigo celeste, não para materializar-lhe os princípios sublimes no mundo, mas para conquistarem destacado lugar no banquete da dominação humana.

Muitos se reportam ao Mestre da cruz, rogando-lhe refúgio entre os anjos, todavia, conservam-se em plena fuga ao serviço que o Céu lhes conferiu, entre as criaturas, na Terra, para soerguimento da humanidade.

O problema da redenção não está situado em nossos lábios, mas, acima de tudo, em nosso coração e em nossos braços, que devemos mobilizar a serviço dos outros e em favor de nós mesmos.

Apliquemo-nos, pois, à ação permanente do bem e, convictos de que “a cada um será dado segundo as próprias obras”, procuremos a nossa posição de servidores, no abençoado campo do Espiritismo, que nos oferece recursos sublimes à sementeira de nossa felicidade imortal.




Emmanuel




(Reformador, dezembro de 1955, página 287)
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano


Emmanuel - Livro Ave, Cristo! - Chico Xavier - Prefácio - Ave, Cristo!



Emmanuel - Livro Ave, Cristo! - Chico Xavier - Prefácio


Ave, Cristo!


Hoje, como outrora, na organização social em decadência, Jesus avança no mundo, restaurando a esperança e a fraternidade, para que o santuário do amor seja reconstituído em seus legítimos fundamentos.

Por mais se desenfreie a tormenta — Cristo pacifica.

Por mais negreje a sombra — Cristo ilumina.

Por mais se desmande a força — Cristo reina.

A obra do Senhor, porém, roga recursos na concretização da paz, pede combustível para a luz e reclama boa vontade na orientação para o bem.

A ideia divina requisita braços humanos.

A bênção do Céu exige recipientes na Terra.

O Espiritismo, que atualmente revive o apostolado redentor do Evangelho, em suas tarefas de reconstrução, clama por almas valorosas no sacrifício de si mesmas para estender-se, vitorioso.

Há chamamentos do Senhor em toda a parte.

Enquanto a perturbação se alastra, envolvendo-te, e enquanto a ignorância e o egoísmo conluiados erguem trincheiras de incompreensão e discórdia entre os homens, quebram-se as fronteiras do Além, para que as vozes inolvidáveis dos vivos da eternidade se expressem, consoladoras e convincentes, proclamando a imortalidade soberana e a necessidade do Divino Escultor em nossos corações, a fim de que possamos atingir a nossa fulgurante destinação na vida imperecível.

Alinhando, pois, as reminiscências deste livro, não nos propomos romancear, fazer literatura de ficção, mas sim trazer aos nossos companheiros do Cristianismo redivivo, na seara espírita, breve página da história sublime dos pioneiros de nossa fé.

Que o exemplo dos filhos do Evangelho, nos tempos pós-apostólicos, nos inspire hoje a simplicidade e o trabalho, a confiança e o amor, com que sabiam, abdicar de si próprios, em serviço do Divino Mestre! que saibamos, quanto eles, transformar espinhos em flores e pedras em pães, nas tarefas que o Alto depositou em nossas mãos!…

Hoje, como ontem, Jesus prescinde das nossas guerrilhas de palavras, das nossas tempestades de opinião, do nosso fanatismo sectário e do nosso exibicionismo nas obras de casca sedutora e miolo enfermiço.

O Excelso Benfeitor, acima de tudo, espera de nossa vida o coração, o caráter, a conduta, a atitude, o exemplo e o serviço pessoal incessante, únicos recursos com que poderemos garantir a eficiência de nossa cooperação, em companhia dele, na edificação do Reino de Deus.

Suplicando-lhe, assim, nos ampare o ideal renovador, nos caminhos de árdua ascensão que nos cabe trilhar, repetimos com os nossos veneráveis instrutores dos primeiros séculos da Boa Nova:

— Ave, Cristo! os que aspiram à glória de servir em teu nome te glorificam e saúdam!


Emmanuel




Pedro Leopoldo, 18 de abril de 1953.

Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano

Emmanuel - Livro A Caminho da Luz - Chico Xavier - Cap. 25 - O Evangelho e o Futuro



Emmanuel - Livro A Caminho da Luz - Chico Xavier - Cap. 25


O Evangelho e o Futuro


Um modesto escorço da História faz entrever os laços eternos que ligam todas as gerações nos surtos evolutivos do planeta.

Muita vez, o palco das civilizações foi modificado, sofrendo profundas renovações nos seus cenários, mas os atores são os mesmos, caminhando, nas lutas purificadoras, para a perfeição d’Aquele que é a Luz do princípio.

Nos primórdios da Humanidade, o homem terrestre foi naturalmente conduzido às atividades exteriores, desbravando o caminho da natureza para a solução do problema vital, mas houve um tempo em que a sua maioridade espiritual foi proclamada pela sabedoria da Grécia e pelas organizações romanas.

Nessa época, a vinda do Cristo ao planeta assinalaria o maior acontecimento para o mundo, de vez que o Evangelho seria a eterna mensagem do Céu, ligando a Terra ao reino luminoso de Jesus, na hipótese da assimilação do homem espiritual, com respeito aos ensinamentos divinos.

Mas a pureza do Cristianismo não conseguiu manter-se intacta, tão logo regressaram ao Plano Invisível os auxiliares do Senhor, reencarnados no globo terrestre para a glorificação dos tempos apostólicos, o assédio das trevas avassalou o coração das criaturas.

Decorridos três séculos da lição santificante de Jesus, surgiram a falsidade e a má-fé adaptando-se às conveniências dos poderes políticos do mundo, desvirtuando-se-lhe todos os princípios, por favorecer doutrinas de violência oficializada.

Debalde enviou o Divino Mestre seus emissários e discípulos mais queridos ao ambiente das lutas planetárias. Quando não foram trucidados pelas multidões delinquentes ou pelos verdugos das consciências, foram obrigados a capitular diante da ignorância, esperando o juízo longínquo da posteridade.

Desde essa época, em que a mensagem evangélica dilatava a esfera da liberdade humana, em virtude da sua maturidade para o entendimento das grandes e consoladoras verdades da existência, estacionou o homem espiritual em seus surtos de progresso, impossibilitado de acompanhar o homem físico na sua marcha pelas estradas do conhecimento.

É por esse motivo que, ao lado dos aviões poderosos e da radiotelefonia, que ligam todos os continentes e países da atualidade, indicando os imperativos das leis da solidariedade humana, vemos o conceito de civilização insultado por todas as doutrinas de isolamento, enquanto os povos se preparam para o extermínio e para a destruição.

É ainda por isso que, em nome do Evangelho, se perpetram todos os absurdos nos países ditos cristãos.

A realidade é que a civilização ocidental não chegou a se cristianizar.

Na França temos a guilhotina, a forca na Inglaterra, o machado na Alemanha e a cadeira elétrica na própria América da fraternidade e da concórdia, isto para nos referirmos tão somente às nações supercivilizadas do planeta.

A Itália não realizou a sua agressão à Abissínia, em nome da civilização cristã do Ocidente?

Não foi em nome do Evangelho que os padres italianos abençoaram os canhões e as metralhadoras da conquista? Em nome do Cristo espalharam-se, nestes vinte séculos, todas as discórdias e todas as amarguras do mundo.

Mas é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos.

Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos “ais” do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade.

O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.

No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era.

São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios que pesam sobre o seu império perecível.

Ditadores, exércitos, hegemonias econômicas, massas versáteis e inconscientes, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um pesadelo.

A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício.

Toda a realidade é a do Espírito e toda a paz é a do entendimento do Reino de Deus e de sua justiça.

O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor.

Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra. Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas.

Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade europeia desaparecerá para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.

Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite [Na Idade Média uma névoa misteriosa tornou 536 o pior ano da história para se estar na Terra]; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos. [Este livro foi escrito em 1938, bem antes da reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, ocorrida em 20 de julho de 1969, quando foi concedida por Jesus uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, adiando, portanto, esses acontecimentos espantosos para o século XXI. Vide também as respostas de Emmanuel aos itens 2 e 3 do primeiro capítulo do livro Caderno de mensagens onde diz: “(…) não nos detenhamos na expressão física dos acontecimentos que se avizinham, para marcar maiores acontecimentos — acontecimentos estes de natureza espetacular — na transformação do Plano em que estamos estagiando, (…)”]

Todavia, os operários humildes do Cristo ouçamos a sua voz no âmago de nossa alma:

“Bem-aventurados os pobres, porque o reino de Deus lhes pertence! Bem-aventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados! Bem-aventuradas os aflitos, porque chegará o dia da consolação! Bem-aventurados os pacíficos, porque irão a Deus!” 

Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento.

O homem espiritual estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no Ilimitado, e o Espiritismo terá retirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado.

Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências.

Todos somos dos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido.

Revendo os quadros da História do mundo, sentimos um frio cortante neste crepúsculo doloroso da civilização ocidental.

Lembremos a misericórdia do Pai e façamos as nossas preces.

A noite não tarda e, no bojo de suas sombras compactas, não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre, será a claridade imortal da alvorada futura, feita de paz, de fraternidade e de redenção.


Emmanuel






sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Emmanuel - Livro Instrumentos do Tempo - Chico Xavier - Cap. 6 - Bênção de luz




Emmanuel - Livro Instrumentos do Tempo - Chico Xavier - Cap. 6


Bênção de luz




Alegas, por vezes, que não encontras clima favorável às nobres realizações que demandas. Podes, entretanto, estabelecê-lo. Basta que te disponhas ao cultivo da paz.

Onde te lancem queixas ao rosto, procura o caminho da esperança em que a paz se revele restaurando a harmonia.

Diante de alguém que se haja habituado à perturbação, refere-te à paz que reajuste a concórdia.

Se alguém te envolve em dificuldade, responde com o trabalho em paz, refazendo a serenidade em tua área de ação.

Surpreendendo situações em que surja a guerra nervosa pela troca de acusações, fala com respeito à paz, recuperando a tranquilidade.

Procura acender uma luz de paz onde estejas, ou busca a trilha de acesso à paz onde caminhes, e não te apartarás da segurança indispensável ao teu próprio equilíbrio.

Esquece-te a ti mesmo pela paz dos outros e os outros te abençoarão com a paz, valorizando-te a vida. 

Sempre que aspires a doar o melhor de ti aos que te cercam, faze a cada um deles o donativo da paz e, com semelhante apoio, estarás distribuindo em amor a luz da bênção de Deus. 




Emmanuel - Livro Trevo de Ideias - Chico Xavier - Cap. 20 - Poder




Emmanuel - Livro Trevo de Ideias - Chico Xavier - Cap. 20


Poder




Peçamos ao Senhor o poder de amar sem reclamações,

de servir sem recompensa,

de compreender sem exigir compreensão para nós,

de obedecer aos sublimes desígnios,

de vencer as próprias imperfeições,

de abençoar os que nos perseguem,

de orar pelos que nos ferem e caluniam,

de amparar aos que nos criticam,

de estimular o bem onde se encontre,

de praticar a fraternidade legítima,

de aproveitar todas as oportunidades da vida para a edificação do espírito imortal.




Emmanuel





Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano

Batuíra - Livro Mais Luz - Chico Xavier - Cap. 52 - Na extinção do mal




Batuíra - Livro Mais Luz - Chico Xavier - Cap. 52


Na extinção do mal



Confiemos no Cristo de Deus e doemos de nós mesmos todo o bem de que sejamos capazes, a fim de que todo o mal se dilua e desapareça.


Batuíra





quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

André Luiz - Livro Tempo de Luz / Chico Xavier Todo Dia Manhã - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 3 - Momento de luz




André Luiz - Livro Tempo de Luz / Chico Xavier Todo Dia Manhã - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 3


Momento de luz




Se você está feliz, ore sempre, rogando ao Senhor para que o equilíbrio esteja em seus passos.

Se você sofre, ore para que não lhe falte compreensão e paciência.

Se você está no caminho certo, ore para que não se desvie.

Se você está de espírito marginalizado, sob o risco de queda em despenhadeiros ou perigosos declives, ore para que o seu raciocínio retome a senda justa.

Se você está doente, ore a fim de que a saúde possível lhe seja restituída.

Se você tem o corpo robusto, ore para que as suas forças não se percam.

Se você está trabalhando, ore pedindo a Deus lhe conserve a existência no privilégio de servir.

Se você permanece ausente da atividade, ore, solicitando aos Mensageiros do Senhor lhe auxiliem a encontrar ou reencontrar a felicidade da ação para o bem.

Se você já aprendeu a perdoar as ofensas, ore para que prossiga cultivando semelhante atitude.

Se você reprova ou condena alguém, ore rogando à Divina Providência lhe ajude a entender o que faríamos nós se estivéssemos no lugar de quem caiu ou de quem errou, de modo a aprendermos discernimento e tolerância.

Se você possui conhecimentos superiores, ore para que não lhe falte a disposição de trabalhar, a fim de transmiti-los a outrem, sem qualquer ideia de superioridade, reconhecendo que a luz de sua inteligência vem de Deus que no-la concede para que venhamos a fazer o melhor de nosso tempo e de nossa vida, entregando-nos, porém, à responsabilidade de nossos próprios atos.

Se você ainda ignora as verdades da vida, ore para que o seu espírito consiga assimilar as lições que o Mais Alto lhe envia.

Ore sempre. A oração é o momento de luz, nas obscuridades e provas do caminho de aperfeiçoamento em que ainda nos achamos, para o nosso encontro íntimo com o amparo de Deus.




André Luiz





Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano


Emmanuel - Livro Caridade / Chico Xavier Todo Dia Manhã - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 16 - Dia e noite




Emmanuel - Livro Caridade / Chico Xavier Todo Dia Manhã - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 16


Dia e noite




Recorda que a tua noite é a continuação do teu dia.

Repousado o veículo denso — o corpo a que te junges —, o viajor, que és tu mesmo, prossegue na romagem constante das horas.

E não te faltarão companheiros na sombra, a copiarem perfeitamente os companheiros que preferes perante a luz.

Se malbaratas o tempo em conversações infelizes, decerto avançarás, treva a dentro, intoxicando a ti mesmo com o verbo envenenador.

Se te comprazes no vício, cerradas as janelas da visão na carruagem carnal, identificarás, junto de ti, quantos se alimentam à mesa do vampirismo.

Se te confias à cólera e à agressividade, tão logo te retires do campo físico partilharás o pesadelo dos que se nutrem de ódio e perseguição.

Se te agrada a ideia de enfermidade, em cujas teias te conformas, sem qualquer resistência, em favor do trabalho que te redimiria a imaginação, assim que te afastas do corpo, à influência do sono, entrarás na companhia deplorável de doentes do espírito, que fazem da inércia a sua razão de ser.

Vale-te do dia para criar valores novos e substanciais que te enriqueçam a vida.

Lembra-te de que nossos laços inferiores com o passado não jazem de todo extintos e numerosos desafetos de ontem nos espreitam a invigilância de hoje para reconduzir-nos a novas flagelações amanhã e quase todos aguardam a escuridão para multiplicar apelos delituosos e sugestões infelizes.

Saibamos conquistar a noite, aproveitando os recursos do dia para estender o bem, porque no símbolo do sol e da sombra temos a imagem de vida e da morte, dependendo de nós mesmos fazer da existência um cântico de beleza e harmonia, fraternidade e trabalho, para que o término de nossas tarefas represente abençoada renovação.




Emmanuel





Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano

Léon Denis - Livro O Grande Enigma - Cap. VII - A ideia de Deus e a experimentação psíquica



Léon Denis - Livro O Grande Enigma - Cap. VII


A ideia de Deus e a experimentação psíquica


Até aqui, no nosso estudo da questão de Deus, mantivemo-nos no terreno dos princípios. Nesse domínio, a ideia de Deus nos aparece qual chave da abóbada da doutrina espiritualista. Vejamos agora se não tem a mesma importância no domínio dos factos, na ordem experimental. (1)

À primeira vista, pode parecer estranho ouvir dizer que a ideia de Deus representa um papel importante no estudo experimental, na observação dos fatos espíritas.

Notemos primeiramente que há tendência, por parte de certos grupos, para dar ao Espiritismo carácter sobremaneira experimental, para fazer-se exclusivamente o estudo dos fenômenos, desprezando-se o que tem cunho filosófico, tendência para rejeitar tudo o que possa recordar, por pouco que seja, as doutrinas do passado, para, em suma, limitar tudo ao terreno científico. Nesses meios, procura afastar-se a crença e a afirmação de Deus, por supérfluas, ou, pelo menos, por serem de demonstração impossível. Pensa-se, assim, atrair os homens de ciência, os positivistas, os livres-pensadores, todos aqueles que sentem uma espécie de aversão pelo sentimento religioso, por tudo o que tem certa aparência mística ou doutrinal.

Por outro lado, desejar-se-ia fazer do Espiritismo um ensino filosófico e moral, baseado nos fatos, ensino susceptível de substituir as velhas doutrinas, os sistemas caducos, e satisfazer o grande número de Almas que buscam, antes de tudo, consolação para as suas dores; uma filosofia simples, popular, que lhes dê tréguas às tristezas da vida.

De um lado e de outro, há multidões a contentar; muito mais, até, de um lado que do outro, porque a multidão daqueles que lutam e sofrem excede em muito a dos homens de estudo.

A sustentar essas duas teses vemos, de uma parte e de outra, homens sinceros e convencidos, a cujas qualidades nos congratulamos de render homenagem.

Por quem optar? Em que sentido convirá orientar-se o Espiritismo para assegurar a sua evolução?

O resultado das nossas pesquisas e das nossas observações leva-nos a reconhecer que a grandeza do Espiritismo, a influência que adquire sobre as massas, provém, principalmente, da sua doutrina; os factos são os fundamentos em que o edifício se apoia. Certamente! As fundações representam papel essencial em todo o edifício, mas não é nas fundações, isto é, nas estruturas subterrâneas, que o pensamento e a consciência podem encontrar abrigo.

Aos nossos olhos, a missão real do Espiritismo não é somente esclarecer as inteligências por um conhecimento mais preciso e mais completo das leis físicas do mundo; tal consiste, principalmente, em desenvolver a vida moral nos homens, a vida moral que o materialismo e o sensualismo têm amesquinhado tanto. Levantar os caracteres e fortificar as consciências, tal é o papel do Espiritismo. Sob este ponto de vista, pode ser remédio eficaz para os males que assediam a sociedade contemporânea, remédio a esse acréscimo inaudito do egoísmo e das paixões, que nos arrastam ao abismo. Julgamos dever exprimir aqui a nossa inteira convicção: não é fazendo do Espiritismo somente uma ciência positiva, experimental; não é eliminando nele o que há de elevado, o que atrai o pensamento acima dos horizontes estreitos, isto é, a ideia de Deus, o uso da prece, que se facilitará a sua missão; ao contrário, concorrer-se-ia para torná-lo estéril, sem ação sobre o progresso das massas.

Certamente! Ninguém mais do que nós admira as conquistas da Ciência; sempre tivemos prazer de render justiça aos esforços corajosos dos sábios que fizeram recuar a cada dia os limites do desconhecido.

Mas a Ciência não é tudo. Sem dúvida ela tem contribuído para esclarecer a Humanidade; entretanto, tem-se mostrado sempre impotente para torná-la mais feliz e melhor.

A grandeza do espírito humano não consiste somente no conhecimento; está também no ideal elevado. Não foi a Ciência, e sim o sentimento, a fé e o entusiasmo que fizeram Jeanne d'Arc e todas as grandes epopeias da História.

Os enviados do Alto, os grandes predestinados, os videntes e os profetas não escolheram por móbil a ciência: escolheram a crença.

Eles vieram para mostrar o caminho que conduz a Deus.

Que é feito da ciência do passado? As vagas do esquecimento a submergiram, tal qual submergirão a ciência dos nossos dias. Quais serão os métodos e as teorias contemporâneas em vinte séculos? Em compensação, os nomes dos grandes missionários têm sobrevivido através dos tempos. O que sobrevive a tudo, no desastre das civilizações, é o que eleva a alma humana acima de si mesma, para um fim sublime, para Deus!

Há outra coisa mais. Mesmo limitando-nos ao terreno do estudo experimental, há uma consideração capital em que devemos inspirar-nos. É a natureza das relações que existem entre os homens e o mundo dos Espíritos; é o estudo das condições a preencher para tirar dessas relações os melhores efeitos.

Logo que chegamos aos ditos fenômenos, ficamos impressionados pela composição desse mundo invisível que nos cerca, pelo carácter das multidões de Espíritos que nos rodeiam e que procuram sem cessar pôr-se em relação com os homens. Em torno do nosso atrasado planeta flutua uma vida poderosa, invisível, onde dominam os Espíritos levianos e zombeteiros, com os quais se misturam Espíritos perversos e malfazejos. Aí há muitos apaixonados, cheios de vícios, criminosos. Deixaram a Terra com a alma repleta de ódio, com o pensamento saturado de vingança: esperam na sombra o momento propício para satisfazer os seus rancores, as suas fúrias, à custa dos experimentadores imprudentes e imprevidentes que, sem precaução, sem reserva, abrem de par em par as vias que fazem comunicar o nosso mundo com o dos Espíritos.

É desse meio que nos vêm as mistificações sem-número, os embustes audaciosos, as manobras bem conhecidas dos Espíritos experimentados, manobras pérfidas, que, em certos casos, conduzem os médiuns à obsessão, à possessão, à perda das suas mais belas faculdades, a tal ponto que certos críticos, fazendo a enumeração das vítimas desses factos, contando todos os abusos que decorrem de uma prática imprevista e frívola do Espiritismo, têm perguntado se não seria ele uma fonte de perigos, de misérias, uma nova causa de decadência para a Humanidade. (2)

Felizmente, ao lado do mal está o remédio. Para nos livrar das influências más existe um recurso supremo. Possuímos um meio poderoso para afastar os Espíritos do abismo e para fazer do Espiritismo um elemento de regeneração, um sustentáculo, um confortante. Esse recurso, esse preservativo é a prece, é o pensamento dirigido para Deus! O pensamento de Deus é qual uma luz que dissipa a sombra e afasta os Espíritos das trevas; é uma arma que dispersa os Espíritos malfazejos e nos preserva dos seus embustes. A prece, quando é ardente, improvisada – e não recitação monótona –, tem um poder dinâmico e magnético considerável; (3) ela atrai os Espíritos elevados e assegura-nos a sua proteção. Graças a eles podemos sempre comunicar com aqueles que nos amaram na Terra, aqueles que foram a carne da nossa carne, o sangue do nosso sangue e que, da sombra do Espaço, nos estendem os braços.

Temos verificado, muitas vezes, na nossa carreira de experimentadores: quando, numa reunião espírita, todos os pensamentos e vontades se unem num transporte poderoso, numa convicção profunda; quando sobem para Deus pela prece, jamais falha o socorro. Todas essas vontades reunidas constituem um feixe de forças, a arma segura contra o mal. Ao apelo que se eleva para o céu, há sempre algum Espírito de escol que responde. Esse Espírito protetor, a convite do Alto, vem dirigir os nossos trabalhos, afastar dali os Espíritos inferiores, deixando somente intervir aqueles cujas manifestações são úteis para eles próprios ou para os encarnados.

Há aí um princípio infalível. Com o pensamento purificado e a elevação para Deus, o Espiritismo experimental pode ser uma luz, uma força moral, uma fonte de consolações. Sem esses requisitos ele poderá ser a incerteza, a porta aberta a todas as armadilhas do Invisível; uma entrada franca a todas as influências, a todos os sopros do abismo, a esses sopros de ódio, a essas tempestades do mal que passam sobre a Humanidade, à semelhança de trombas, e a cobrem de desordem e de ruínas.

Sim, é bom, é necessário abrir veredas para a comunicação com o mundo dos Espíritos; mas, antes de tudo, deve evitar-se que essas veredas sirvam aos nossos inimigos, para nos invadirem. Lembremo-nos de que há nos mundos invisíveis muitos elementos impuros. Dar-lhes entrada, seria derramar sobre a Terra males inúmeros; seria entregar aos Espíritos perversos uma verdadeira multidão de almas fracas e desarmadas.

Para entrar em relação com as Potências superiores, com os Espíritos esclarecidos, é preciso a vontade e a fé, o desinteresse absoluto e a elevação dos pensamentos. Fora destas condições, o experimentador seria o joguete dos Espíritos levianos.

“O que se assemelha se ajusta”, diz o provérbio. Com efeito, a lei das afinidades rege tanto o mundo das Almas quanto o dos corpos.

Há, pois, tanto sob o ponto de vista teórico quanto do prático e, ainda, sob o ponto de vista do progresso do Espiritismo, a necessidade de se desenvolver o senso moral, de nos ligarmos às crenças fortes e aos princípios superiores, de não abusar das evocações, de não entrar em comunicação com os Espíritos senão em condições de recolhimento e de paz moral.

O Espiritismo foi dado ao homem como meio de se esclarecer, de se melhorar, de adquirir qualidades indispensáveis à sua evolução. Se se destruíssem nas Almas ou somente se desprezassem a ideia de Deus e as aspirações elevadas, o Espiritismo poderia tornar-se coisa perigosa. Eis a razão pela qual não hesitamos em dizer que entregarmo-nos às práticas espíritas sem purificar os nossos pensamentos, sem os fortificar pela prece e pela fé, seria executar obra funesta, cuja responsabilidade poderia cair pesadamente sobre os seus autores.

Chegamos agora a um ponto particularmente delicado da questão. Atribui-se muitas vezes aos espíritas o não viverem sempre de acordo com os seus princípios; fazendo-se observar que entre eles o sensualismo, os apetites materiais e o amor ao lucro ocupam lugar muitas vezes considerável. Acusam-nos, principalmente, de divisões intestinas, rivalidades de grupos e de pessoas, que são grandes obstáculos à organização das forças espíritas e à sua marcha para diante.

Não nos interessa insistir sobre essas proposições; não queremos pronunciar aqui nenhum juízo desfavorável para quem quer que seja. Permita-se-nos somente fazer notar que não será reduzindo o Espiritismo ao papel de simples ciência de observação, que se conseguirá iludir, atenuar essas fraquezas. Ao contrário, não faremos mais que as agravar. O Espiritismo exclusivamente experimental já não terá autoridade, nem força moral necessárias para ligar as Almas. Alguns supõem ver no afastamento da ideia de Deus uma aproveitável medida ao Espiritismo. Por nossa parte, diremos que é a insuficiência atual desta noção e, ao mesmo tempo, a insuficiência dos nobres sentimentos e das altas aspirações, que produzem a falta de coesão e criam as dificuldades da organização no Espiritismo.

Desde que a ideia de Deus se enfraquece numa Alma, a noção do eu, isto é, da personalidade, aumenta logo; e aumenta ao ponto de se tornar tirânica e absorvente. Uma dessas noções não cresce e se fortifica senão em detrimento da outra. Quem não adora a Deus, adora-se a si mesmo, disse um pensador.

O que é bom para os meios de experimentação espírita, é bom para a sociedade inteira. A ideia de Deus – nós o demonstramos – liga-se estreitamente à ideia de Lei, e assim à de dever e de sacrifício. A ideia de Deus liga-se a todas as noções indispensáveis à ordem, à harmonia, à elevação dos seres e das sociedades. Eis por que, logo que a ideia de Deus se enfraquece, todas essas noções se debilitam; desaparecem, pouco a pouco, para dar lugar ao personalismo, à presunção, ao ódio por toda a autoridade, por toda a direção, por toda a lei superior. E é assim que, pouco a pouco, grau a grau, se chega a esse estado social que se traduz por uma divisa célebre, que ouvimos ecoar por toda a parte: Nem Deus, nem Senhor!

Tem-se de tal modo abusado da ideia de Deus, através dos séculos; tem-se torturado, imolado, em seu nome, tantas vítimas inocentes; em nome de Deus tem-se de tal modo regado o mundo de sangue humano, que o homem moderno se desviou Dele. Tememos muito que a responsabilidade desse estado de coisas recaia sobre aqueles que fizeram, do Deus de bondade e de eterna misericórdia, um Deus de vingança e de terror. Mas, não nos compete estabelecer responsabilidades. O nosso fim é, antes, procurar um terreno de conciliação e de aproximação, em que todos os bons Espíritos se possam reunir.

Seja como for, os homens modernos, na grande maioria, já não querem suportar acima deles nem Deus, nem lei, nem constrangimento; já não querem compreender que a liberdade, sem a sabedoria e sem a razão, é impraticável. A liberdade, sem a virtude, leva à licença, e a licença conduz à corrupção, ao rebaixamento dos caracteres e das consciências, numa palavra, à anarquia. Será somente quando tivermos atravessado novas e mais rudes provas que consentiremos em refletir. Então, a verdade se fará luz e a grande palavra de Voltaire se verificará aos nossos olhos: “O ateísmo e o fanatismo são os dois polos de um mundo de confusão e de horror!” (A História de Jeni.).

É verdade que muito se fala de altruísmo, nova denominação do amor da Humanidade, e se pretende que esse sentimento deve bastar. Mas, como se fará do amor da Humanidade uma coisa vivida, realizada, quando não chegamos, não direi a amar-nos, mas somente a suportar-nos uns aos outros? Para se agruparem os sentimentos e as aspirações, é necessário um ideal poderoso. Pois bem! Esse ideal não o encontrareis no ser humano, finito, limitado; não o encontrareis nas coisas deste mundo, todas efémeras, transitórias. Ele não existe senão no Ser infinito, eterno. Somente Ele é bastante vasto para recolher, absorver todos os transportes, todas as forças, todas as aspirações da alma humana, para reconhecê-los e fecundá-los. Esse ideal é Deus!

Mas que é o ideal? É a perfeição. Deus, sendo a perfeição realizada, é ao mesmo tempo o ideal objetivo, o ideal vivo!


Léon Denis





(1) Vide as minhas obras precedentes: Cristianismo e Espiritismo, No Invisível e, ainda, Espíritos e Médiuns – tratado de Espiritismo experimental.
(2) Vide J. Maxwell, Fenômenos Psíquicos, páginas 232 a 235; Léon Denis, No Invisível, cap. XXII. Vide também Relatório de Congresso Espírita de Bruxelas, 1910, págs. 112, 124.
(3) Obtemos a prova objectiva desse facto por meio das Chapas fotográficas. No estado de prece, pelo contacto dos dedos, conseguimos impregnar as chapas de radiações muito mais activas, de eflúvios mais intensos do que no estado normal.



Fonte: Léon Denis - O Grande Enigma.pdf

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Léon Denis - Livro O Grande Enigma - Cap. 3, Pág. 47 - Solidariedade; comunhão universal



Léon Denis - Livro O Grande Enigma - Cap. 3, Pág. 47 - Solidariedade; comunhão universal



A vida do homem de bem é uma prece contínua, uma comunhão perpétua com seus semelhantes e com Deus. Ele não precisa mais de palavras nem de formas exteriores para exprimir sua fé: ela se exprime através de todos os seus atos e de todos os seus pensamentos. Ele respira, ele se movimenta sem-esforço, numa atmosfera fluídica pura, cheio de ternura para com os infelizes, cheio de bem querer para com toda a Humanidade. Esta comunhão constante torna-se para ele uma necessidade, uma segunda natureza. É graças a ela que todos os espíritos eleitos se mantêm nas alturas sublimes da inspiração e do gênio. 

Os que vivem uma vida egoística e material, cuja compreensão não está aberta às influências do Alto, estes não podem saber que impressões indizíveis proporciona essa comunhão da alma com o divino. 

É ela, essa união estreita de nossas vontades com a Vontade Suprema, que devem se esforçar para realizar todos aqueles que, vendo a espécie humana deslizar nas vertentes da decadência moral, procuram os meios de deter sua queda. Não há ascensão possível, não há arrastamento para o bem se, de tempos em tempos, o homem não se voltar para o seu Criador e seu Pai, para expor-lhe suas fraquezas, suas incertezas, suas misérias, para pedir-lhe os socorros espirituais indispensáveis  





Léon Denis






Fonte: Léon Denis - O Grande Enigma.pdf

Emmanuel - Livro Trevo de Ideias - Chico Xavier - Cap. 1 - Vontade e destino





Emmanuel - Livro Trevo de Ideias - Chico Xavier - Cap. 1


Vontade e destino




Tudo está matematicamente dosado nas formações da natureza, entretanto, as leis divinas estabelecem que a vontade consciente da criatura tome os ingredientes do mundo, com a possibilidade constante de tudo alterar, modificar, fazer e refazer, construir e reconstruir nas trilhas da existência.

Nitroglicerina e matéria silicosa constituem a dinamite, capaz de efetuar depredações e arrasamentos, mas, se o homem lhe controla as explosões, nela encontra valioso auxiliar de serviço.

Ferro e carbono, habilmente conjugados, compõem o aço comum que tanto satisfaz na prática belicista, como atende na base da indústria ou na garantia da construção.

Lama e detrito criam o charco; no entanto, se alguém lhe aplica drenagem conveniente, ei-lo que se converte em celeiro de pão.

A laranjeira rústica estende pomos azedos, contudo, se recebe enxertia adequada, esparze larga cópia de frutos suculentos.

Assim também o destino. Culpa e resgate somam dificuldade e dor, mas se empregamos fé viva em nossa capacidade de realizar o melhor, aceitando o sofrimento por recurso de correção e aprimoramento, ainda mesmo na sombra do extremo infortúnio, podemos traçar o caminho da paz e acender a chama da elevação.




Emmanuel