domingo, 31 de março de 2024

Neio Lúcio - Livro Alvorada Cristã - Chico Xavier - Cap. 1 - Sigamos com Jesus



Neio Lúcio - Livro Alvorada Cristã - Chico Xavier - Cap. 1


Sigamos com Jesus


Maomé foi valoroso condutor de homens.

Milhões de pessoas curvaram-se-lhe às ordens.

Todavia, deixou o corpo como qualquer mortal e seus restos foram encerrados numa urna, que é visitada, anualmente, por milhares de curiosos e seguidores.

Carlos V, poderoso imperador da Espanha, sonhou com o domínio de toda a Terra, dispôs de riquezas imensas; governou muitas regiões; entretanto, entregou, um dia, a coroa e o manto ao asilo de pó.

Napoleão era um grande homem.

Fez muitas guerras.

Dominou milhões de criaturas.

Deixou o nome inesquecível no livro das nações.

Hoje, porém, seu túmulo é venerado em Paris…

Muita gente faz peregrinação até lá, para visitar-lhe os ossos…

Como acontece a Maomé, Carlos V e Napoleão, os maiores heróis do mundo são lembrados em monumentos que lhes guardam os despojos.

Com Jesus, todavia, é diferente.

No túmulo de Nosso Senhor, não há sinal de cinzas humanas.

Nem pedrarias, nem mármores de preço, com frases que indiquem, ali, a presença da carne e do sangue.

Quando os apóstolos visitaram o sepulcro, na gloriosa manhã da Ressurreição, não havia aí nem luto, nem tristeza.

Lá encontraram um mensageiro do reino espiritual que lhes afirmou: “Não está aqui.”  

E o túmulo está aberto e vazio, há quase dois mil anos.

Seguindo, pois, com Jesus, através da luta de cada dia, jamais encontraremos a angústia da morte e, sim, a vida incessante.

No caminho de notáveis orientadores do mundo poderemos encontrar formosos espetáculos da glória passageira; contudo, é muito difícil não terminarmos a experiência em desilusão e poeira.

Somente Jesus oferece estrada invariável para a Ressurreição Divina.

Quem se desenvolve, portanto, com o exemplo e com a palavra do Mestre, trabalhando por revelar bondade e luz, em si mesmo, desde as lutas e ensinamentos do mundo, pode ser considerado cidadão celeste.


Neio Lúcio











sexta-feira, 29 de março de 2024

André Luiz - Livro Ideal Espírita - Espíritos Diversos - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 81 - Calma



André Luiz - Livro Ideal Espírita - Espíritos Diversos - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 81


Calma


Se você está no ponto de estourar mentalmente,
silencie alguns instantes para pensar.

Se o motivo é moléstia no próprio corpo,
a intranquilidade traz o pior.

Se a razão é enfermidade em pessoa querida,
o seu desajuste é fator agravante.

Se você sofreu prejuízos materiais,
a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.

Se perdeu alguma afeição,
a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.

Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás,
a inquietação é desperdício de tempo.

Se contrariedades apareceram,
o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.

Se você praticou um erro,
o desespero é porta aberta a faltas maiores.

Se você não atingiu o que desejava,
a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar.

Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução.


André Luiz










(Psicografia de F. C. Xavier)
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano

Meimei - Livro O Espírito da Verdade - Espíritos Diversos - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 25 - Fazendo sol



Meimei - Livro O Espírito da Verdade - Espíritos Diversos - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 25


Fazendo sol


Cap. V — Item 18.


Amanheceste chorando pelos que te não compreendem.

Amigos diletos rixaram contigo.

Nos mais amados, viste o retrato da ingratidão.

Aspiravas a desentranhar o carinho nos corações queridos, com a pureza, e a simplicidade da abelha que extrai o néctar das flores sem alterá-las, e, porque não conseguiste, queres morrer…

Não te encarceres, porém, nos laços do desespero.

Afirmas-te à procura do amor, mas não te recordas daqueles para quem o teu simples olhar seria assim como o sorriso da estrela, descerrado nas trevas.

Mostram a cabeça encanecida, à feição de nossos pais, são irmãos semelhantes a nós ou são jovens e crianças que poderiam ser nossos filhos… Contudo, estiram-se em leitos de pedra ou refugiam-se em antros, fincados no solo, quais se fossem proscritos atormentados.

Não te pedem mais que um pão, a fim de que se lhes restaurem as energias do corpo enfermo, ou uma palavra de esperança que lhes console a alma dorida.

Não percas o tesouro das horas, na aflição sem proveito.

Podes ser, ainda hoje, o apoio dos que esmorecem, desalentados, ou a luz dos que jazem nas sombras; podes estender o cobertor agasalhante sobre aqueles a quem a noite pede perdão por ser longa e fria, aliviar o suplício dos companheiros que a moléstia carcome ou dizer a frase calmante para os que enlouqueceram de sofrimento…

Sai, pois, de ti mesmo para conhecer a glória de amar!…

Perceberás, então, que a existência na Terra é apenas um dia na eternidade, aprendendo a iluminá-la de amor, como quem anda fazendo sol, nos caminhos da vida, e encontrarás, mais tarde, em cânticos de alegria, todos aqueles que te não amam agora, amando-te muito mais, por te buscarem a luz no instante do entardecer.


Meimei













Auta de Souza - Livro Recanto de Paz - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 1 - Alguém na estrada



Auta de Souza - Livro Recanto de Paz - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 1


Alguém na estrada


Alguém te espera o amor, estrada afora,
Seja o dia translúcido ou cinzento,
Para extinguir a sombra e o sofrimento,
Nas empedradas trilhas de quem chora!…

Não te detenhas!… Vem!… O tempo é agora,
Há quem se arrase ao temporal violento,
E corações ao frio, à noite e ao vento
Ante a descrença que se desarvora…

Vem à estrada do mundo!… Ampara e ama!…
Esclarece e consola, alça por chama,
O próprio coração fraterno e amigo!…

Esse alguém é Jesus que te abençoa!…
Trabalha, serve, esquece-te, perdoa
E o Mestre Amado seguirá contigo!…


Auta de Souza











Emmanuel - Livro Indulgência - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 16 - Pela boca



Emmanuel - Livro Indulgência - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 16


Pela boca


Aquilo que sai da boca — diz-nos o Evangelho — precisa merecer-nos tratamento especial.

As viandas com que o homem, muitas vezes, ameaça a própria saúde, prejudicam apenas a ele mesmo, quando a frase contundente ou o grito de cólera podem alcançar toda uma assembleia de corações, determinando enfermidade e desequilíbrio.

É pela boca que vazamos da alma desprevenida os tóxicos da maledicência e é ainda por ela que arrojamos de nosso desespero os espinhos da discórdia que levantam trincheiras sombrias, entre irmãos chamados por Jesus à sementeira do amor.

É da boca que saltam de nosso sentimento mal conduzido as serpentes invisíveis da calúnia, envenenando a vida por onde passam e é ainda por intermédio dela que operamos o exame insensato das consciências alheias, apressando julgamentos da esfera exclusiva d’Aquele Justo Juiz que preferiu a morte na cruz para não condenar-nos em toda a extensão de nossas fraquezas.

Mas, também é pela boca que exteriorizamos a ternura e a compreensão que restauram e fortalecem e é ainda por ela que externamos a fraternidade que nos imanta uns aos outros, à frente da Lei.

É pela boca que aprendemos a auxiliar aos nossos semelhantes e é ainda por ela que clamamos para o Céu, suplicando socorro e misericórdia.

Vejamos, assim, o que fazemos da palavra para que a palavra não nos destrua.

Mobilizemos nossos valores verbalísticos na exaltação do bem, com esquecimento de todo o mal.

A língua revela o conteúdo do coração.

Saibamos, então, modular nossa voz na bênção da serenidade e elevar nossa frase sobre o pedestal do amor que nos cabe estender ao próximo.

Caridade que não sabe começar pela boca dificilmente se expressará com segurança, através das mãos.

Entronizemos o verbo respeitoso e digno em nosso campo íntimo e estruturemos nossa frase no santo estímulo ao melhor que possuímos, para que possamos receber dos outros o melhor que possuem e estaremos com Jesus, construindo pela nossa conversação os sólidos alicerces de nossa alegria e de nossa paz.


Emmanuel










André Luiz - Livro Agenda Cristã - Chico Xavier - Cap. 21 - Semeadura



André Luiz - Livro Agenda Cristã - Chico Xavier - Cap. 21


Semeadura


Sua generosidade chamará a bondade alheia em seu socorro.

Sua simplicidade solucionará problemas para muita gente.

Sua complexidade provocará muita dissimulação no próximo.

Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.

Seu desejo sincero de paz garantirá tranquilidade no caminho.

Seu propósito de guerrear dará frutos de inquietação.

Sua franqueza contundente receberá frases rudes.

Sua distinção edificará maneiras corretas naqueles que o seguem.

Sua espiritualidade superior incentivará sublimes construções espirituais.

Diariamente semeamos e colhemos.

A vida é também um solo que recebe e produz eternamente.


André Luiz












Hilário Silva - Livro Almas em Desfile - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 8 - Em livros espíritas



Hilário Silva - Livro Almas em Desfile - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 8


Em livros espíritas


— Quero dois mil cruzeiros em livros espíritas!

Era jovem senhora no balcão, a fazer o pedido.

Mas o gerente da casa solicitou:

— Faça, por obséquio, a relação.

— Não há necessidade, — afirmou a dama, — escolha os melhores e mande ao Dr. Anísio Fortes.

E forneceu o endereço exato.

O chefe do serviço, porém, coçou a cabeça, encabulado.

Aquela moça sorridente a fazer uma compra significativa, assim desacompanhada… A indicação do nome de um médico que ele sabia materialista, embora respeitável…

Não desejava criar um caso entre a instituição que a livraria representava e o clínico referido.

— A senhora está credenciada por ele para fazer a compra?

A cliente sorriu, compreendendo a dificuldade, e, rogando ao diretor de vendas um minuto de atenção, explicou:

— Bem, o senhor não me conhece e devo esclarecer a questão, em meu próprio benefício.

Esboçou na face a expressão silenciosa de quem ouve a própria consciência e continuou:

— Narrando os próprios erros, atendemos à profilaxia necessária contra as nossas imperfeições. 

Imagine o senhor que, há precisamente quatro anos, cometi falta grave. Recém-casada, vi meu esposo adoecer sem recursos. Não tendo o apoio de qualquer parente que me pudesse prestar auxílio, aceitei a única oportunidade que me apresentavam, a de zelar pelo asseio no gabinete do Dr. Fortes. Encerar, porém, duas salas e limpar instrumentos e vidros, móveis e vasos asseguravam-me ninharia… 

O ordenado dava muito mal para alguns sanduíches. Minha luta crescia. Penhorei o que pude. Mesmo assim, os débitos aumentavam. Apareceu, entretanto, a grande oportunidade. Amigos de meu esposo lembraram-me o nome numa prova de habilitação para atendente. Poderia ingressar, assim, no Serviço Público. Contudo, a preparação de papéis requeria dinheiro. A aquisição de traje novo requeria dinheiro. 

Vivia na expectativa inquietante, quando, de caminho para o trabalho, encontrei precioso vaso quebrado, sob elegante janela. Fina porcelana estilhaçada. E veio-me ideia estranha. Por que não aproveitar? Juntei fragmento a fragmento, recompus a peça quanto me foi possível, adquiri papel fino, adequado a presentes e fiz pequenino volume de bela aparência. 

Apressei o passo e cheguei mais cedo. Fiz todo o serviço que me competia e, postando-me atrás da porta com o pacote numa das mãos, esperei que o Dr. Fortes viesse. Eu sabia que ele chegava de repente, varando a porta à feição de vento tempestuoso. 

Aconteceu o que previa. O Dr. Fortes empurrou a porta de vaivém com força, e zás!… O embrulho rolou no piso e os cacos com grande ruído deram a impressão perfeita de que a preciosidade se perdera naquela hora. Meu jogo fora certo. O bondoso amigo, cavalheiro corretíssimo, fitou-me consternado…

Como a voz da interlocutora se fizera hesitante, o gerente indagou, interessado:

— E o resto?

— Ante as perguntas do médico, que se supunha responsável pelo desastre, menti que se tratava de uma lembrança que meu marido e eu havíamos adquirido a custo para ofertar a minha irmã, prestes a casar-se… 

O Dr. Fortes consultou os remanescentes da peça e, homem muito experimentado, avaliou-a pelo justo valor. “Não quero que a senhora tenha qualquer prejuízo”, — disse, pesaroso. E, de imediato, sacou do bolso dois mil cruzeiros, entregando-mos, a título de indenização, pedindo desculpas. Embora desconcertada, recebi o dinheiro e utilizei-o nas providências que desejava. 

Concorri ao cargo e consegui nomeação para trabalhar num instituto assistencial. Abandonei minhas antigas atividades. Conquistei salário digno. Depois de algum tempo, buscando auxílio moral na Doutrina Espírita em benefício de meu esposo, tornei-me espírita, igualmente, e compreendi meu erro grave, percebendo que me fiz ladra, através do que podemos chamar uma “falta perfeita”. 

Procurei, então, o Dr. Fortes e confessei-lhe o meu gesto infeliz. Ele ouviu-me, com simpatia e respeito, mas não concordou com a devolução do dinheiro. Abraçou-me, benevolente, e apenas pediu que eu lhe desse um livro do nosso movimento, à guisa de amostra, desejando conhecer os princípios que me revolviam, assim, o fundo da consciência…

O gerente da livraria, ao vê-la terminar a história, estendeu-lhe a mão, cumprimentou-a e falou, comovido:

— Minha irmã, seu exemplo me obriga a pensar…

A dama pagou a importância fixada, e, quando voltou à livraria, três dias depois, para recolher o certificado de que o médico havia recebido a encomenda, encontrou o gerente, atarefado, preparando um fardo de livros.

— Está vendo? — Disse ele à recém-chegada hoje faço igualmente o meu pacote com mil e duzentos cruzeiros, em livros da nossa Causa, para oferecer a um amigo…

— Como assim? — Perguntou a visitante, evidentemente intrigada.

O gerente, contudo, apenas sorriu e falou, entre satisfeito e hesitante:

— Eu também tenho um caso…


Hilário Silva












terça-feira, 26 de março de 2024

Emmanuel - Livro Caminho, Verdade e Vida - Chico Xavier - Cap. 55 - As varas da videira



Emmanuel - Livro Caminho, Verdade e Vida - Chico Xavier - Cap. 55   


As varas da videira


“Eu sou a videira, vós as varas.” — JESUS (João, 15.5)


Jesus é o bem e o amor do princípio.

Todas as noções generosas da Humanidade nasceram de sua divina influenciação. 

Com justiça, asseverou aos discípulos, nesta passagem do Evangelho de João, que seu Espírito sublime representa a árvore da vida e seus seguidores sinceros as frondes promissoras, acrescentando que, fora do tronco, os galhos se secariam, caminhando para o fogo da purificação.

Sem o Cristo, sem a essência de sua grandeza, todas as obras humanas estão destinadas a perecer.

A ciência será frágil e pobre sem os valores da consciência, as escolas religiosas estarão condenadas, tão logo se afastem da verdade e do bem.

Infinita é a misericórdia de Jesus nos movimentos da vida planetária. No centro de toda expressão nobre da existência pulsa seu coração amoroso, repleto da seiva do perdão e da bondade.

Os homens são varas verdes da árvore gloriosa. Quando traem seus deveres, secam-se porque se afastam da seiva, rolam ao chão dos desenganos, para que se purifiquem no fogo dos sofrimentos reparadores, a fim de serem novamente tomados por Jesus, à conta de sua misericórdia, para a renovação.

É razoável, portanto, positivemos nossa fidelidade ao Divino Mestre, refletindo no elevado número de vezes em que nos ressecamos, no passado, apesar do imenso amor que nos sustenta em toda a vida.


Emmanuel













Marco Prisco - Livro Luz Viva - Divaldo P. Franco - Cap. 17 - Viver em paz



Marco Prisco - Livro Luz Viva - Divaldo P. Franco - Cap. 17


Viver em paz


Você é membro da família universal.

A importância que se atribui ou não, tem a dimensão que você lhe dá.

Porque não é o centro da vida, despreocupe-se em relação aos outros.

Não se importe se é ou não amado; se lhe oferecem ou não bondade; se é aceito ou rejeitado.

Quando alguém usar de violência ou de generosidade em relação a você, descarte qualquer merecimento nessa ocorrência.

Você é somente pretexto para que o próximo se desvele.

Quando alguém o agrida ou o ame, a si próprio se violenta ou se estima. Você é apenas o móvel daquela manifestação que está latente nele.

Não fosse você e aquela exteriorização seria dirigida a outrem.

Por isso, não se agaste com ninguém ou coisa nenhuma.

Quando você se irrita ou se pacifica com uma pessoa, ela foi só o motivo da sua realidade íntima, que então se irradia do seu mundo interior.

Trabalhe-se intimamente, domando as suas paixões de qualquer espécie.

Autoanalise-se com severidade.

O que você vê fora resulta do que você cultiva por dentro.

O conceito que você supõe que os outros fazem a seu respeito é o conceito que você faz de si mesmo.

Ao compreender que tudo é conforme a sua própria realidade e que você deve melhorar-se sem a presunção de modificar os outros, você principiará a viver em paz, sem que lhe atinjam o elogio ou a calúnia, o apoio ou a repressão…

Você faz parte da vida e é vida em desdobramento na direção da Vida plena.

Assuma o seu papel e execute a sua parte, na esfera do seu autoburilamento espiritual.


Marco Prisco


















André Luiz - Livro Momentos de Ouro - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 11 - Itens do auxílio



André Luiz - Livro Momentos de Ouro - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 11


Itens do auxílio


Respeite os problemas alheios sem interferir neles, a menos que a sua cooperação seja solicitada.

Não pronuncie palavras que ofendam e depreciem.

Quanto possível, dê sempre alguma frase de consolo e esperança a quem sofre.

Não se faça estação de pessimismo ou desânimo.

Esqueça o mal que receba e nunca faça a cobrança do bem que tenha podido distribuir.

Não impulsione para a frente qualquer questão desagradável.

O trabalho no desempenho do seu dever é o capital que lhe valoriza as orações.

Lembre-se da parcela de socorro que sempre devemos aos companheiros mais necessitados do que nós mesmos.

Quanto possível faça algo ou algo aprenda de útil para que o seu dia de hoje seja melhor que o de ontem.

Nunca se esqueça de que todas as vantagens ou benefícios que desfrutemos na vida são empréstimos de Deus.


André Luiz











Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano

Marco Prisco - Livro Momentos de Decisão - Divaldo P. Franco - Cap. 17 - Nunca é demais



Marco Prisco - Livro Momentos de Decisão - Divaldo P. Franco - Cap. 17


Nunca é demais


“Sede, na oração, perseverantes.” (Paulo – Romanos – 12:12)


Diretamente convidado a uma decisão, no tumulto dos conflitos complexos, busque a inspiração superior através da prece.

Um momento de prece dirime problemas largamente cultivados.

Instado por dificuldade à rebeldia e ao desequilíbrio, faça uma pausa para a prece.

A prece não apenas aponta rumos quanto tranquiliza interiormente.

Açodado pelas paixões inferiores e vencido na psicosfera negativa do ambiente em que vive, erga-se à prece edificante.

A prece não somente sustenta o bom ânimo como também luariza os sentimentos.

Tombado por falta de apoio e aturdido nos melhores propósitos acalentados, tente o convívio da prece antes de desertar.

A prece não é só uma ponte que o leva a Deus, porém uma alavanca a impeli-lo para sair do desânimo que o prostra.

Atordoado por informações infelizes e vitupérios; apedrejado por incompreensões indevidas, mergulhe a mente na prece antes do revide.

A prece não constitui um paliativo exclusivo, sendo, também, inexaurível e abençoada fonte de renovação e entusiasmo.

Examinando o problema imenso que se avulta, aquietado pelas complexas engrenagens das decisões, estugue o passo, faça uma prece.

A prece tem o poder de clarificar os horizontes e içar o homem do abismo às cumeadas libertadoras.

Concluída a tarefa em que recolheu bênçãos e júbilos, não se esqueça da prece.

A prece não lhe constitua um instrumento de rogativa e solicitação incessantes, tornando-se, também, um telefônio para expressar o reconhecimento e a gratidão com que você exporá os sentimentos renovados ao Pai Celestial.

Não se trata de beatice, nem tampouco de pieguismo emocional.

Se lhe é justo permitir-se o pessimismo e o desaire, conservando a negação e o dissabor, a prece contituir-lhe-á bastão de apoio, medicamento reconfortante, pão nutriente porquanto cada um sintoniza com aquilo em que pensa e vibra.

Orando, você, naturalmente, haurirá nas fontes inesgotáveis da Divina Providência as energias necessárias para o êxito dos seus cometimentos.

Não se deixe vencer pelos que o abordam com ceticismo e preferem a manifestação cínica diante do seu estado de prece e de confiança.

Uma prece a mais nunca é demais.


Marco Prisco















Marco Prisco - Livro Luz Viva - Divaldo P. Franco - Cap. 13 - Viver em Paz



Marco Prisco - Livro Luz Viva - Divaldo P. Franco - Cap. 13


Viver em Paz


Observando a onda avassaladora do materialismo, não se rebele.

Demonstre a sua convicção, cristã e espírita, de modo a sensibilizar os que não têm fé.

Não censure a indiferença alheia.

Aqueça o próximo com o ardor da sua crença.

Considerando o desequilíbrio que assoma em toda parte, não se revolte.

Aja com serenidade, facultando que outros o acompanhem.

Sob a massa de sombras morais que dominam a paisagem humana, não agrida como fazem os outros.

Acenda a luz da esperança onde quer que se encontre.

Vitimado pela insensatez dos atormentados que transitam em alucinação, não reaja.

Conserve a calma e atue com acerto.

Desprezado pela astúcia dos que se acreditam plenos e são prepotentes, não revide com azedume.

Dê oportunidade ao outro para que o conheça melhor.

Apoiado ao ideal e combatido tenazmente, não magoe ninguém.

Quem sabe, melhor compreende.

Não recebendo apoio, na exposição do seu pensamento, insista com bondade.

A perseverança diz da qualidade de um comportamento idealista.

Confrontado com os hábeis negadores do bem, asfixiados pelo pessimismo que os martiriza, não assuma postura negativa.

Enfrente a situação com paciência e permaneça fiel aos seus propósitos.

Atendido pela certeza da sobrevivência da alma, seja tolerante com os que padecem dúvidas ou sofrem de hipertrofia da fé, adiando o momento das reflexões superiores.

Mais eficientes do que quaisquer discussões intelectuais, os atos dizem do valor da filosofia que cada um abraça.

Preconize paz e viva em paz com você mesmo e com todos.


Marco Prisco 







Com que fim outorgou Deus a todos os seres vivos o instinto de conservação? 

]"Porque todos têm que concorrer para cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso foi que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem. " (L. E.) "A incredulidade, a simples" dúvida sobre o futuro, as ideias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral. " (Cap. V, Item 16 do E.)


Marco Prisco - Livro Luz Viva - Divaldo P. Franco - Cap. 23 - Vida Sadia



Marco Prisco - Livro Luz Viva - Divaldo P. Franco - Cap. 23


Vida Sadia 


Os equipamentos mentais necessitam de lubrificantes especiais, a fim de funcionarem em ritmo de equilíbrio, sob impulsos de ordem.

Areje, desse modo, a sua casa mental, com as ondas de otimismo, em contínuo processo de renovação de ideias para o Bem.

A ferrugem do pessimismo é de danosa consequência, quando se exterioriza nos delicados implementos fomentadores das aspirações nobres.

O ácido corrosivo da amargura, derramado nos sutis veículos da vida pensante, desarticula toda a maquinaria do emocionante desafio que é a Vida.

Os petardos da cólera sistemática bombardeiam as células nervosas encarregadas dos mecanismos físicos e psíquicos, arruinando-as sem qualquer oportunidade de refazimento.

Reestude o seu programa de ação e expulse, em definitivo, a poeira acumulada das paixões dominantes, nas peças da emoção, que desarvoram o ritmo das suas ações.

Respire a esperança e revigore as complexas equipagens da sua cerebração, a fim de que a sua mente lhe proporcione paz.

Ninguém ascende no rumo de Deus, sem o esforço sacrificial de si mesmo.

A marcha evolutiva é de todos, mas a opção da estrada é de cada um.

Sua mente – sua vida.

Não somatize imperfeições morais. Antes, subtraia delas as conquistas do Espírito, armazenando alegrias.

Viver bem, em clima de harmonia, embora o tumulto e as situações surpreendentes da convivência com pessoas difíceis e perturbadas, é a meta que você deve alcançar, mediante a remoção do mal e a fixação do bem.

Se, todavia, os problemas se lhe fizerem mais desafiadores e sem aparente solução, busque a bênção da prece, e, no intercâmbio com Deus você haurirá o fluido lubrificador para manter o equilíbrio das engrenagens mentais que passarão, ajustadas, a produzir os estímulos da felicidade para uma vida sadia. 

 
Marco Prisco
















segunda-feira, 25 de março de 2024

Emmanuel - Livro Pão Nosso - Chico Xavier - Cap. 150 - É o mesmo



Emmanuel - Livro Pão Nosso - Chico Xavier - Cap. 150


É o mesmo


“Pois o mesmo Pai vos ama.” — Jesus. (JOÃO, 16.27)


Ninguém despreze os valores da confiança.

Servo algum fuja ao benefício da cooperação.

Quem hoje pode dar algo de útil, precisará possivelmente amanhã de alguma colaboração essencial.

Todavia, por enriquecer-se alguém de fraternidade e fé, não olvide a necessidade do desenvolvimento infinito no bem.

Os obreiros sinceros do Evangelho devem operar contra o favoritismo pernicioso.

A lavoura divina não possui privilegiados. 

Em suas seções numerosas, há trabalhadores mais devotados e mais fiéis; contudo, esses não devem ser categorizados à conta de fetiches e, sim, respeitados e imitados por símbolos de lealdade e serviço.

Criar ídolos humanos é pior que levantar estátuas destinadas à adoração. O mármore é impassível, mas o companheiro é nosso próximo de cuja condição ninguém deveria abusar.

Pague cada homem o tributo de esforço próprio à vida.

O Supremo Senhor espera de nós apenas isto, a fim de converter-nos em colaboradores diretos.

O próprio Cristo afirmou que o mesmo Pai que o distingue ama igualmente a Humanidade.

O Deus que inspira o médico é o que ampara o doente.

Não importa que asiáticos e europeus o designem sob nomes diferentes.

Invariavelmente é o mesmo Pai.

Conservemos, pois, a luz da consolação, a bênção do concurso fraterno, a confiança em nossos Maiores e a certeza na proteção deles; contudo, não olvidemos o dever natural de seguir para o Alto, utilizando os próprios pés.


Emmanuel














José de Castro - Livro Relicário de Luz - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 5 - O instante divino



José de Castro - Livro Relicário de Luz - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 5


O instante divino


Não deixes passar, despercebido, o teu divino instante de ajudar.

Surge, várias vezes nos sessenta minutos de cada hora, concitando-te ao enriquecimento de ti mesmo.

Repara, vigilante.

Aqui, é o amigo que espera por uma frase de consolo.

Ali, é alguém que te roga insignificante favor.

Além, é um companheiro exausto no terreno árido das provas, na expectativa de um gesto de solidariedade.

Acolá, é um coração dorido que te pede algumas páginas de esperança.

Mais além, é um velhinho que sofre e a quem um simples sorriso teu pode reanimar.

Agora, é um livro edificante que podes emprestar ao irmão de luta.

Depois, é o auxílio eficiente com que será possível o socorro ao próximo necessitado.

Não te faças desatento.

Não longe de tua mesa, há quem suspire por um caldo reconfortante. E, enquanto te cobres, feliz, há quem padeça frio e nudez, em aflitiva expectação.

As horas voam. Não te detenhas.

Num simples momento, é possível fazer muito.

Ao teu lado, a multidão das necessidades alheias espera por teu braço, por tua palavra, por tua compreensão…

Vale-te, pois, do instante que foge e semeia bênçãos para que o mundo se empobreça de miséria e, em se fazendo hoje mais rico de amor, possa fazer-te, amanhã, mais rico de luz.


José de Castro













Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 3ª Parte - Das leis morais - Cap. 7 - Da perfeição moral - As paixões



Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 3ª Parte - Das leis morais - Cap. 7 - Da perfeição moral


As paixões 


907. Será intrinsecamente mau o princípio originário das paixões, embora esteja na natureza?

“Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.”

908. Como se poderá determinar o limite onde as paixões deixam de ser boas para se tornarem más?

“As paixões são como um corcel, que só tem utilidade quando governado, e que se torna perigoso quando passa a governar. Uma paixão se torna perigosa a partir do momento em que deixais de poder governá-la, e que dá em resultado um prejuízo qualquer para vós mesmos ou para outrem.”

As paixões são alavancas que decuplicam as forças do homem e o auxiliam na execução dos desígnios da Providência. Mas se, em vez de as dirigir, deixa que elas o dirijam, cai o homem nos excessos e a própria força que, manejada pelas suas mãos, poderia produzir o bem, contra ele se volta e o esmaga.

Todas as paixões têm seu princípio num sentimento ou necessidade natural. O princípio das paixões não é, assim, um mal, pois que assenta numa das condições providenciais da nossa existência. A paixão propriamente dita é a exageração de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa, e este excesso se torna um mal quando tem como consequência um mal qualquer.

Toda paixão que aproxima o homem da natureza animal afasta-o da natureza espiritual.

Todo sentimento que eleva o homem acima da natureza animal denota predominância do espírito sobre a matéria e o aproxima da perfeição.

909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?

“Sim, e por vezes fazendo esforços bem pequenos. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços!”

910. Pode o homem achar nos Espíritos eficaz assistência para triunfar de suas paixões?

“Se o pedir a Deus e ao seu bom gênio, com sinceridade, os Espíritos bons lhe virão certamente em auxílio, porquanto isso é sua missão.” (459.)

911. Não haverá paixões tão vivas e irresistíveis que a vontade seja impotente para dominá-las?

“Há muitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios. Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como “querem”. Quando o homem crê que não pode vencer as suas paixões, é que seu Espírito se compraz nelas, em consequência da sua inferioridade. Compreende a sua natureza espiritual aquele que as procura reprimir. Vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.”

912. Qual o meio mais eficiente de combater-se o predomínio da natureza corpórea?

“Praticar a abnegação.”


Allan Kardec