terça-feira, 5 de novembro de 2024

Bezerra de Menezes - Livro Filosofia Espírita - Vol. XV - Miramez / João Nunes Maia - Prefácio



Bezerra de Menezes - Livro Filosofia Espírita - Vol. XV - Miramez / João Nunes Maia


Prefácio 


Aqui está mais uma obra da série "Filosofia Espírita", enriquecendo a literatura da Doutrina dos Espíritos, trazendo para os companheiros da Terra experiências novas no campo dos conceitos espirituais.

O mais importante é que o nosso irmão Miramez apresenta para todos os companheiros da lide espírita, além de subsidiar o estudo de "O Livro dos Espíritos", a palavra de Jesus Cristo vinculada às suas elucidações, trazendo luz para os corações que pulsam no planeta em processo de regeneração espiritual.

Convida-nos a razão, do modo que a consciência permite, a todos juntos divulgarmos a continuação da vida além da morte, a comunicação dos Espíritos com os homens e a reencarnação em vidas sucessivas para responder às muitas perguntas que ficaram esquecidas, sem a lei das vidas múltiplas.

A Doutrina dos Espíritos nos faz compreender os nossos deveres ante a força maior, Deus, descortinando para todos os de boa vontade uma amplidão enorme de sabedoria sobre a vida espiritual, mesmo para os que ainda se encontram movendo-se na carne.

Allan Kardec foi um missionário que cumpriu fielmente seu dever de servir de instrumento para o aparecimento do Consolador prometido por Jesus. Quando ele era visto nas ruas de Paris, não se podia deixar de observar seus pensamentos em simbiose com elevados benfeitores da eternidade, em trocas constantes de experiências e orientações, que Jesus enviava através dos Seus ministros, para que a obra não sofresse restrições no campo humano.

Homem da mais alta sensibilidade, de modo a se interessar pelos que sofriam toda espécie de infortúnios, Allan Kardec visitava os sofredores, levando-lhes o que tinha em mãos para dar, mas doava irradiando o puro amor. Muitas vezes se viram lágrimas em seus olhos, ao intentar meios de servir melhor. Dava mensagens àqueles que notava sequiosos no aprendizado e conversava, mesmo o tempo lhe sendo escasso, com companheiros que buscavam o entendimento. Nas bases da Doutrina Espírita se encontrava alicerçada a moral desse benfeitor, que soube sentir Jesus e copiar Sua vida na sua. Esse homem de Lion foi verdadeiramente um discípulo honesto e sincero do Cristo, e esses livros que o nosso Miramez está escrevendo com o título de "Filosofia Espírita", mostram traços do companheiro maior e, muito mais, o apontam como o canal sublimado de uma luz em direção à Terra, enviada pelo Seu governador, que se transformou na codificação de uma Doutrina, onde se reflete a mesma filosofia de luz e de vida de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não se deve ler esta obra "às carreiras"; é necessário estudá-la, observando os moldes de vida que deverão ser seguidos, ampliando conceitos e mostrando caminhos onde a universalidade é campo maior em que todos podem aprender sem restrições e sem embaraços.

Temos observado o quanto os próprios espíritas estão desunidos, por simples palavras ou interpretações desnecessárias, esquecendo o real, que se enraíza no "educar e instruir" do nosso querido instrutor. Como, ao invés de discussão, aproveitar o tempo no amor sem condições, na fraternidade sem limites e no perdão sem especulação? O mundo se encontra cheio de polêmicas improfícuas, onde se dá valor às pueris questões de palavras, esquecendo-se de aplicar o tempo no trabalho, onde se pode sentir o Cristo vivo, com os braços abertos, dentro e fora dos corações, mostrando Deus na Sua expressão de amor. É bom que os espíritas leiam novamente, e sempre, o que Gamaliel respondeu a Paulo, quanto à sua pergunta sobre a doutrina do Mestre dos mestres.

Nós pedimos a Jesus, de coração, que nos ajude a compreender a caridade em toda a sua extensão de amor, para que a verdade nos liberte e nos faça crer em Deus e na Sua justiça. Tudo o mais virá às nossas mãos por misericórdia divina.

O livro espírita na Terra, que se apresenta sobre as bases da codificação, é bênção dos céus para a nossa paz.


Bezerra

Belo Horizonte, 26 de Julho de 1987.










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