segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Maria Dolores - Livro A Terra e o Semeador - Espíritos Diversos - Emmanuel / Chico Xavier - Cap. 10 - Sempre Amor




Maria Dolores - Livro A Terra e o Semeador - Espíritos Diversos - Emmanuel / Chico Xavier - Cap. 10


Sempre Amor


MENSAGEM

Flávio Cavalcanti — Muito obrigado. Agora o senhor não há de estranhar as folhas nem o lápis, porque sei que só mesmo o senhor poderá resolver, tomada a resolução, porque o senhor me falou do meio ambiente, me disse das necessidades psíquicas, psicológicas… Eu gostaria de pedir ao senhor, que é amigo do Erlon e amigo de todos nós, que se possível for, psicografe uma mensagem para os doentes, os detentos, para a Penitenciária do Estado da Guanabara, para os estimados Velhinhos da Casa de São Luiz, da minha querida Dra. Rute Ferreira de Almeida, enfim, para todas as pessoas que sofrem.

Chico Xavier — Podemos ouvir um pouco de música?

Flávio Cavalcanti — Perfeitamente. Atenção, por favor, ele precisa de música e de silêncio no ambiente.

(Há uma longa pausa, enquanto Chico psicografa, concentrado, várias folhas de papel enquanto se fazem ouvir os sons arpejados de um prelúdio.)

Flávio Cavalcanti — A mensagem já está pronta e o espírito pediu que o próprio médium leia a mensagem já que não deve caber a outra pessoa essa missão.

Nesse ponto da entrevista, Chico Xavier se levanta e faz em voz alta, a leitura da página psicografada:


Sempre Amor

Se a provação te alcança,
Contempla a Natureza, alma querida e boa,
E encontrarás, na Terra, em toda parte,
O lar de luz que nos aperfeiçoa.

Dores? Dizes que as dores lembram trevas
Compelindo-te o sonho a persistir de rastros…
Fita o império da noite desvendando
A floresta dos astros.

Renúncia? Há quem afirme que a renúncia
É carga improdutiva para o amor…
Olha o brilhante arrebatado à pedra,
Esbanjando esplendor.

Sofrimento? Assevera a rebeldia
Que todo sofrimento é processo infecundo,
Mas a fonte filtrada entre os punhais da rocha
Acrescenta o conforto e a beleza do mundo.

Crises? Lembra o fragor da tempestade…
O campo grita ao furacão violento…
Depois, o chão se alimpa e o Sol espalha
Mais Ouro e mais Azul no firmamento.

Sacrifício? Medita sobre o tronco
A tombar sem apoio a que se arrime…
Depois, fez-se violino entre mãos hábeis
Interpretando a música sublime.

Morte? Se crês que a morte é o fim de tudo,
Qual abismo escavando abismos agressores,
Fita a semente nua a renascer do solo
Para ser planta nova e esmaltar-se de flores…

Escuta, alma querida! A vida é sempre amor
Do mais nobre caminho aos mais plebeus
E a presença da dor, em qualquer parte,
É uma bênção de Deus.


Maria Dolores




Transcrita do “Serviço Espírita de Informações” — SEI —, Rio de Janeiro (RJ), 27 de julho de 1974, sob o título “Chico Xavier no Programa Flávio Cavalcanti”.





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