terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Joanna de Ângelis - Livro Plenitude - Divaldo P. Franco - Cap. 9 - Processo de Autocura - 4ª Parte - Canalização dos pensamentos e das emoções para o Amor, A Compaixão, a Equanimidade e a Paz



Joanna de Ângelis - Livro Plenitude - Divaldo P. Franco - Cap. 9 - Processo de Autocura - 4ª Parte


Canalização dos pensamentos e das emoções para o Amor, A Compaixão, a Equanimidade e a Paz


A preservação do pensamento otimista predispõe a um estado emocional receptivo à saúde. Fácil, pois, se torna canalizá-lo para as expressões nobilitantes do amor, da compaixão, da justiça, da equanimidade e da paz.

O amor, que é o élan mágico que unirá todas as criaturas um dia, deve ser cultivado na condição de experiência nova, que o exercício converterá em um hábito, em um estado normal do Espírito.

A sua força restaura a confiança nos homens e na vida, porquanto, a sua presença produz estímulos, facultando que, periodicamente, o sangue receba renovação de cargas de adrenalina, produzindo revigoramento orgânico.

Pela sua óptica os acontecimentos apresentam angulações antes não percebidas, permitindo que as emoções não se entorpeçam, nem se exaltem, ao mesmo tempo em que predispõe o individuo à compaixão, fator humanizador da criatura.

Quando as forças conjugadas do medo e da ira, da mágoa e da vingança, do ciúme e do ódio começam a perturbar a emoção, o sentimento de compaixão pelo algoz, apresentando-o frágil e vulnerável, evita que o desequilíbrio trabalhe em favor da agressividade por parte da vítima. Esta passa a ver o seu adversário como sendo um doente da alma, que ignora a gravidade do próprio mal, e, ao invés de derrapar na animosidade, envolve-o em ondas de simpatia, de compreensão, não lhe devolvendo o malefício que dele recebeu.

No quadro das doenças que abalam os homens, encontramos instaladas no períspirito várias matrizes de ódio, de ressentimento, de azedume, em relação a outras pessoas.

O amor propicia a compaixão que se gostaria de receber, caso a situação fosse oposta, diminuindo a intensidade do golpe recebido e anulando-lhe os efeitos danosos. Ela fala sobre a justiça inexorável de Deus que alcança a todos e propõe a bondade para o opositor, conscientizando-o, embora indiretamente, de que o mal é sempre pior para quem o pratica.

A justiça, por sua vez, jaz insculpida na consciência de cada pessoa que pode ser anestesiar por algum tempo, jamais, porém, impossibilitada de manifestar-se.

O equivocado conhece o seu erro, mesmo quando o disfarça, e assim procede porque lhe sabe a procedência.

Encobrir a ferida não impede que ela permaneça decompondo a área, na qual se encontra instalada.

A justiça na consciência impõe reparação do delito e das suas consequências infelizes, induzindo as vítimas a que não assumam a postura de colaboradores, já que as leis soberanas dispõem de recursos que impedem se contrariam novos, quando se corrigem velhos débitos.

Para culminar o seu objetivo, tem ela que ser estruturada na equanimidade, que discerne como aplica-la, sem contributo emocional da paixão de qualquer natureza, porém com a finalidade superior de corrigir sem desforço e recuperar sem maus-tratos.

O sentimento de equanimidade nasce da razão que discerne e da emoção que compreende, fazendo que o recurso e o método de reeducação sejam os mesmo para todos os incursos nos seus códigos, não sendo severa em demasia para uns e generosa em excesso para com outros. A sua linha reta de ação abrange na mesma faixa todos os infratores, prodigalizando-lhes idêntico tratamento.

A consciência de amor com equanimidade propõe a paz, que tira as tensões e inspira o prosseguimento da ação. Estado íntimo de harmonia, irradia-se em sucessivas ondas de tranquilidade que se exteriorizam, provendo a absorção e fixação das energias saudáveis no organismo.

O pensamento canalizado para a paz se torna uma onda que sincroniza com a Fonte do Poder, contribuindo para o entendimento geral e a fraternidade, que é o passo inicial do amor entre as criaturas.

No processo de autocura, o Espírito recupera as energias gastas, vitaliza, mediante a ação do pensamento, os fulcros perispirituais e predispõe-se ao resgate pelo amor, sem a intenção de negociar benefícios, antes, com a de se tornar elemento útil no concerto social, membro ativo do progresso geral e não um peso desagradável quão infeliz na economia do grupo humano onde se encontra.

Coautor da sua recuperação, ele haure na Fonte providencial do amor de Deus as energias sãs, saindo das sombras da enfermidade para as luzes da saúde, disposto a contribuir decisivamente em favor do mundo melhor de hoje e de amanhã, renovado, esclarecimento e feliz.


Joanna de Ângelis












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