segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Emmanuel - Livro Caminhos de Volta - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 8 - Queixas de insegurança



Emmanuel - Livro Caminhos de Volta - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 8


Queixas de insegurança


A nossa reunião se formava, em grande parte, de amigos procedentes de outros campos de ideias, apenas simpatizantes, em maioria, da Doutrina Espírita. E quase todos a se queixarem de insegurança. Muitos apresentavam problemas de desarmonia doméstica, desajustes psicológicos, temores e angústias. Alguns traziam familiares recentemente saídos de sanatórios e outros se mostravam em profundo desânimo, com a perda, por desencarnação, de pessoas amadas.

O Evangelho Segundo o Espiritismo ofereceu-nos o item 13 do seu capítulo V. E depois dos comentários habituais sobre a leitura, nosso caro Emmanuel escreveu a página “Dispositivos de Segurança”.


DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA


Procuras segurança e paz.

Preservando, porém, o próprio equilíbrio, não deixes de auxiliar-te, proporcionando aos outros auxílio que podes doar de ti mesmo.

Nunca te admitas em tamanho cansaço que não possas trabalhar, um tanto mais, em benefício daqueles que te compartilham a vida.

Irradia compreensão e serenidade, nobres palavras e notícias edificantes.

Onde te sintas com o direito de reclamar, ao invés disso, busca extinguir os obstáculos existentes, para que os problemas e conflitos se façam diminuídos ou superados.

Se algo deves esclarecer em determinada situação nebulosa, aguarda o momento justo, em que te expliques sem o fogo da discussão.

Nas áreas de atrito, nas quais te envolvas, quanto se te faça possível, transfigura-te na escora da harmonização, imunizando a ti mesmo e aos demais contra discórdia e ressentimento.

Coloca vida e alegria nas menores manifestações, seja num simples sorriso ou num aperto de mão.

Cultiva o hábito de servir sempre, fazendo o melhor na faixa de experiência em que te vejas.

E mesmo que a desencarnação de um ente amado te ensombre o mundo íntimo, quanto puderes, converte a saudade em oração de esperança porque a dor não apenas te desgasta o coração, mas espanca igualmente a criatura querida, conduzida a outras dimensões.

Aflição habitualmente se define por excesso de carga inútil, nos mecanismos de nossas resistências, determinando o curto-circuito em nossas melhores forças.

O equilíbrio geral é a soma do esforço conjugado de quantos lhe desfrutam as vantagens e os benefícios.

Doemos a cooperação que os outros esperam de nós, na garantia do sistema de segurança e paz, em que se nos levantam os alicerces da felicidade comum e guardemos a certeza de que a nossa omissão será sempre um ponto de ruptura em nós mesmos, agravando as nossas próprias inquietações.


Emmanuel






O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. V - Bem-aventurados os aflitos - Motivos de resignação.


13. O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Daí tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência.








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