segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Ermance Dufaux - Livro Emoções que Curam: Culpa, raiva e medo como forças de libertação - Wanderley Oliveira - Epílogo - Estações da alma no amadurecimento emocional




Ermance Dufaux - Livro Emoções que Curam: Culpa, raiva e medo como forças de libertação - Wanderley Oliveira - Epílogo


Estações da alma no amadurecimento emocional


Estatísticas e levantamentos realizados no setor de pesquisas do Hospital Esperança nas últimas décadas, próximas do virar do milénio, apontavam quais eram os principais resultados emocionais e mentais dos recém-desencarnados que se internavam em nossa casa de amor.
 
A pesquisa era ampla e, no entanto, estudos apontavam certo destaque para a gravidade de casos em um grande grupo de pessoas que tiveram suas reencarnações orientadas pelo espiritismo. Esse fato nos chamou atenção e levou-nos a pesquisar tratamentos especializados para as necessidades desses espíritos.

Diante disso, um alerta foi expedido por Eurípedes Barsanulfo em reunião com o colegiado do hospital: tornavam-se urgentes algumas iniciativas educativas, começando por divulgar um alerta renovador aos que se encontravam reencarnados na comunidade espírita, disseminando as recomendações de Eurípedes. Esta seria uma medida preventiva visando abrir os olhos dos irmãos de ideal acerca dos perigos e ilusões que constavam nas estatísticas.

Entre várias ações conjuntas e individuais levadas a efeito, através do desdobramento no sono físico, uma delas tinha por objetivo reunir um grupo de 1.500 expositores espíritas cujos nomes estavam registrados nas frentes de trabalho do Departamento de Comunicação e Educação do Hospital Esperança.

O levantamento deixava evidente os seis principais quadros de adoecimento espiritual dos que desencarnaram nos últimos trinta anos do século passado:

» Enfraquecimento da aspiração ao progresso.

» Dor do conflito com a hipocrisia.

» Ausência de realização afetiva.

» Fuga da realidade.

» Ignorância sobre si mesmo.

» Falta de sentido para viver.

Por isso, os técnicos e condutores do hospital destinaram esforços em seis especializações com objetivos terapêuticos nos referidos quadros, quais sejam:

» Resgate da arte de sonhar.

» Desenvolvimento da honestidade emocional.

» Educação da carência afetiva.

» Morte da idealização.

» Desenvolvimento do autoconhecimento.

» Sentido da continuidade da vida.

A esse conjunto de tratamentos deram o nome de Psicologia da Libertação, cujo propósito luminoso seria libertar a consciência do jugo das ilusões à luz dos princípios sadios dos ensinos de Jesus.

Chegada a ocasião do encontro com os expositores, que se deu no mês de março de 1997, todas as providências foram tomadas no intuito de conseguir reunir os 1.500 mensageiros que seriam os divulgadores desse alerta à comunidade espírita. Essa divulgação entre os mensageiros tinha por fim o aumento da sensibilidade dos amigos espíritas a respeito dos cuidados necessários para a expansão da luzes do espiritismo em seus próprios corações.

Mesmo com toda a série de medidas e planejamentos, somente 436 dos expositores convocados, ou seja, menos de um terço do grupo, conseguiram superar as barreiras das lutas na matéria para comparecer à reunião abençoada.

Já passavam das 00:30 no mundo físico, quando dona Modesta, professor Cícero Pereira, Cornélius, e um grupo de onze coordenadores iniciaram o encontro com uma oração e uma pequena leitura. A palavra, então, foi concedida à dona Modesta, que, em nome de Eurípedes, transmitiria o alerta:

Amigos e irmãos do coração, Jesus seja conosco. Estou aqui a pedido do benfeitor Eurípedes Barsanulfo para lhes confiar uma missão emergencial.

Nessa casa de trabalho e recuperação, visamos, antes de tudo, à medicina preventiva, e as avaliações de nossos censos deixam claras as linhas psicológicas de derrotismo e de conflito interior que têm dominado uma infinidade de corações, mesmo quando iluminados pelo conhecimento inspirador do espiritismo.

As pesquisas minuciosas e o cruzamento dos dados que foram apontados em nossos levantamentos classificaram seis principais doenças que aprisionam a alma em quadros de dor no mundo físico, durante o trajeto das reencarnações, trazendo reflexos graves para as esferas do mundo espiritual após o desencarne.

Nossa missão, e também a de vocês, é disseminar nas agremiações de amor à luz do espiritismo esses seis principais focos da Psicologia da Libertação e da cura que lhes apresentamos agora. Após o nosso encontro de hoje, cada um de vocês que se fizeram merecedores de aqui estar terão à sua disposição cursos de aperfeiçoamento e encontros noturnos de preparação para aprofundarem seus conhecimentos nesses pilares, passando por tratamentos e recebendo orientações a respeito de si mesmos que, posteriormente, serão fontes de inspiração para suas palestras e mensagens consoladoras.

Suas explanações, sobre quais temas forem, ganharão conteúdo e estímulo renovador quando afinadas com esses objetivos terapêuticos, considerando que os que vão lhes ouvir guardam na intimidade os dramas e as necessidades profundamente semelhantes com aqueles apontados em nosso estudo.

Nossa inspiração de base para a proposta de divulgação dessa mensagem do bem está no evangelho. A alma, assim como a natureza, tem suas estações, as quais foram muito bem definidas pelo Mestre na magistral parábola do semeador, no texto de Mateus, capítulo treze, versículos três a oito, que passo a ler:

"E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear.

E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na;

E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda;

Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz.

E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na.

E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta."

Temos em nossas vidas a primavera da jovialidade, o verão das provas, o outono das perdas e o inverno do recolhimento e da colheita, que podem ser associados a cada um desses versículos, demonstrando que o amadurecimento emocional obedece a ciclos que não podem ser ignorados.

0 espiritismo é um remédio potente para almas em busca de sua própria iluminação. Conquanto essa realidade já seja do conhecimento de nossa comunidade, o orgulho como traço marcante da jovialidade emocional insufla a ideia de uma primavera florida, a qual nos faz recordar a ocasião em que Jesus, ao procurar a figueira, nada encontrou senão folhas, adornos. Os frutos não estavam presentes. Essa primavera pode ser comparada à condição íntima de quem colore a vida intelectual com princípios brilhantes e reluzentes do espiritismo, repletos de idealismo e vigor, e, todavia, permanece distante da maturidade dos desafios nobres e fortalecedores do inverno do recolhimento interior.

Chega, porém, o verão das provações, dos testes rudes da vida, que convocam a descida dos ideais espíritas do cérebro para o coração. Trazer o espiritismo da cabeça para o coração é o maior dos desafios que se apresenta aos seareiros da nossa querida doutrina no plano físico e neste em que nos encontramos agora. Nessa situação, muitos desanimam e tudo abandonam; outros permanecem e deixam morrer seus sonhos. Alguns enganam-se com missões espetaculares em favor do próximo, o que lhes alivia a sensação de inutilidade e de desvalor pessoal, ainda que no interior estejam esfacelados e sem a energia da autorrealização.

Não é fácil prosseguir e persistir. É aqui que muitos deixam o sonho morrer e perdem a batalha para a força dilacerante do conflito com a hipocrisia.

Além das dificuldades desse combate, quase sempre, como efeito de um verão devastador, vem o outono das perdas. 0 calor do verão derrete os sonhos, e a exótica paisagem do outono subtrai o senso da nossa realidade e da nossa capacidade de realização, lançando-nos às experiências da solidão, da mágoa e da culpa. É o outono das perdas: perdas de amizades, de bens, de amores, de sonhos, de projetos e, a mais desafiadora, a perda de quem achávamos que éramos, que tem por finalidade o encontro do verdadeiro "quem sou?".

Tais vivências produzem como resultado um inverno de dores e arrependimentos no qual a vida mental recolhe-se no casulo do medo sem orientação e sem meta, sem vitalidade e sem sonhos, gerando a "morte" psíquica e emocional. Nesse momento, morremos por dentro e ficamos à espera da morte do corpo.

Diante dessas tormentas da dor, muitos companheiros de ideal buscam defesa e força nas tarefas espíritas, supondo, muitos deles, que nada mais lhes resta como alternativa senão trabalhar, estudar e mergulhar com todas as suas convicções nas atividades doutrinárias.

E qual de nós pode contestar essa decisão? Que seria de muitos irmãos queridos se não adotassem semelhante conduta? Sabemos que, possivelmente, não suportariam a sua própria loucura. O movimento para fora e as tarefas têm sido, para uma multidão de trabalhadores, o remédio para aplacar a mente atordoada por culpas, pois provoca uma nítida e agradável sensação de utilidade pessoal.

Entretanto, fique clara nossa ressalva a esse respeito: ninguém faz uma cirurgia especializada em um posto de saúde projetado para atendimentos de necessidades mais simples.

0 serviço de educação espiritual é muito mais profundo que a simples ação de armazenar conhecimento doutrinário e manter trabalhos em favor do bem alheio. Tem havido muito trabalho por fora, movimento, e pouco trabalho por dentro, reforma íntima.

0 movimento nem sempre tem acompanhado a reforma íntima e, para agravar essa situação, tem sido tomado como sinónimo de elevação e crescimento espiritual.

Para quem se encontra no esforço de renovação, é chegado o momento de abrir os olhos para as ilusões pertencentes a esse gênero de aprendizado nas fileiras do espiritismo. E' necessário sair da esfera de adesão aos movimentos exteriores, que nem sempre agregam valores ao coração e às vezes alimentam a sensação de grandeza.

Para vivermos nossas reencarnações com alegria e celebração, é preciso estimular o desejo em direção às propostas da Psicologia da Libertação. Não podemos considerar tarefas e dores como sinônimos de avanço espiritual.

Nossa missão como comunicadores da boa nova do Cristo é aliviar os espíritos quanto àquilo que percebem de si mesmos, ampará-los para que consigam melhor nível de aceitação de sua sombra interior, orientá-los sobre a importância de acolherem-se com imenso autoamor.

A estação da alma que mais traduz amadurecimento e elevação espiritual é o inverno do recolhimento no autoamor. Inverno é momento de aproveitar o armazenamento de alimento, instante de usufruir dos frutos colhidos na caminhada da experiência e das conquistas legítimas e eternas.

A diretriz básica de semelhante projeto é educar para o amor que cura, o amor que eleva, o amor que coloca a alma em sintonia com sua própria consciência. É preciso ensinar os Espíritos a garimpar suas próprias preciosidades espirituais.

0 princípio orientador dessa mensagem deve se inspirar na fala sábia de Jesus: "Olhai, vigiai e orai;".22 MARCOS, 13:33

Nessa tríplice, "olhai" é o autoconhecimento, "vigiai" é a autotransformação e "orai" é o autoamor. Essa definição parece singela, mas, como sempre, Jesus, o terapeuta do amor, consegue com apenas três verbos traçar um tratado de medicina da alma para eternidade.

Trata-se de três ciclos bem definidos que se entrelaçam em perfeita sincronia para as conquistas morais, emocionais e espirituais.

Olhar tem como significado o autoconhecimento, que está em identidade com a pergunta formulada por Allan Kardec:

"Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo."

Vigiar é postura, é comportamento transformador, é ter atenção plena - sem a qual não haverá novas atitudes, novas palavras. Essa vigília é também um estado da mente alerta e atenta, sendo a única condição para a reflexão e a geração de novos hábitos. Vigiar é o movimento de autotransformação aplicada a partir do que se identificou com o autoconhecimento, e este sem aquela pode se resumir a informações racionais sobre a vida interior, conturbando ainda mais a mente com a sombra da soberba e do orgulho. A autotransformação atinge o coração, sendo, antes de tudo, uma mobilização emocional criadora de estados íntimos de plenitude e serenidade, o que permite o desejo espontâneo de novas e mais luminosas ações. Ela ocorre quando o autoconhecimento é experimentado na prática, criando respostas, alternativas de melhoria, bagagem sobre os caminhos do crescimento espiritual. Na continuidade da pergunta acima citada, observa-se que Allan Kardec, ainda insatisfeito, indagou:

"Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?". E Santo Agostinho oferece uma das respostas mais lindas sobre o assunto. Se examinarmos atentamente essa resposta, perceberemos que ele fala de reforma na prática, de autotransformação aplicada.

Jesus, porém, não termina seu projeto de saúde integral e ainda refere-se ao orai. Orar é fazer contato com a luz de dentro e de fora, é promover um novo patamar de relação com Deus em nós mesmos, é o autoamor.

Que oração mais poderosa pode existir que a de ter infinito amor para com nossa própria alma? Acolhermo-nos com júbilo e motivação legítimos ante a invasão das sombras que ainda carregamos? Orar é reunir o poder pessoal que pode temporariamente ter sido abalado pelas distrações de nossos impulsos milenares.

Para reunir esse poder será necessário tratarmo-nos como um templo divino que merece respeito, carinho, perdão e amor.

Autoconhecimento é a primavera florida e rica de recados para um futuro promissor.

Autotransformação é o rigor do verão dos aprendizados que temperam e equilibram, seguidos pela ruptura do outono, que recicla por meio de perdas necessárias e inadiáveis.

Autoamor é o inverno, a busca permanente da alma de se recolher e de se acolher com o próprio calor, com os próprios recursos. É você com você nos destinos da vida.

Os espíritos que renasceram na comunidade espírita no pós-guerra trazem necessidades muito parecidas no campo espiritual. Nunca ignoramos em nosso plano de ação, aqui no hospital, que receberíamos esse contingente de companheiros açoitados pelas dores emocionais provenientes de ilusões tão graves nessas últimas décadas do milênio.

Guardem com sabedoria os apontamentos consoladores de nossa fala e anotem por caridade os seis princípios de libertação mais emergentes aos que amam o espiritismo:

» 0 resgate da arte de sonhar.

» 0 desenvolvimento da honestidade emocional.

» A educação da carência afetiva.

» A morte da idealização.

» A cura da ignorância.

» O sentido da continuidade da vida.

Nos próximos meses todos aqui presentes passarão por tratamentos especializados para registrarem, o mais profundamente possível, a importância desse roteiro de medicina preventiva para a alma, exercitando-o em suas experiências pessoais.

Muita angústia e aflição marcam os desencarnes nas últimas décadas entre adeptos da doutrina. Isso acontece porque nós, amantes das propostas do Evangelho de Jesus, quase sempre trazemos o nosso mundo emocional bem distante do que já sabemos ser necessário para a melhoria de nossas condições espirituais e morais. Dotados de muita informação, nem sempre conseguimos administrar com sabedoria e equilíbrio a nossa transformação, usando o conhecimento para hierarquizar nossa condição pessoal com títulos, cargos e outras formas de suposta autoridade.

Essa aflição e essa angústia se intensificam ostensivamente após a perda do corpo físico. Ao contrário do que se sente, essas emoções não surgem do nada. Elas já existiam antes do desencarne, mas, na maioria das vezes, eram negadas e reprimidas.

Esses traços emocionais e psíquicos são manifestações pertinentes às personalidades aflitas e angustiadas. Há várias formas de expressão dessas duas emoções tóxicas. Façamos uma reflexão sobre isso tomando por base a conhecida e profunda frase de Jesus, que é um verdadeiro atestado do quanto Ele sabia sobre a natureza das doenças humanas: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei."44 MATEUS, 11:28

O cansaço espiritual vem do conflito milenar que temos enfrentado por não sermos quem gostaríamos de ser, o eu ideal, em contrapartida com quem somos, o eu real. Surge aqui uma espécie de dupla culpa: temos culpa pelo que somos e culpa pela nossa idealização de ser, ainda não alcançada.

A culpa traz a angústia, um estado de sofrimento existencial. Por sua vez, a angústia cansa, exaure, desmotiva, trazendo uma nítida e inconfundível sensação de abatimento perante a vida, podendo se transformar numa porta de entrada de alguns tipos de depressão.

A opressão mencionada por Jesus é aquela provocada pela ignorância acerca de nosso mundo interior, ou seja, é aquela provocada por não sabermos o que sentimos e o que queremos. Ela gera a aflição, um estado de ânsia de causa ignorada, que consequentemente cria a instabilidade emotiva, principalmente através da insegurança acerca de nossas escolhas e desejos. A aflição, por fim, entristece e desorienta.

Cansados porque não nos autotransformamos, oprimidos porque não aprofundamos no autoconhecimento.

Qual de nós, de alguma forma, não se vê enquadrado nesses estados de cansaço e opressão, não é mesmo? Nós, religiosos, por determos maior soma de conhecimento sobre assuntos espirituais, ampliamos, ainda mais, o volume de culpas e inseguranças.

Mas Jesus orienta: "vinde a mim...". Enquanto o cansaço e a opressão marcam o verão e o outono do amadurecimento, o "vinde a mim" é a recomendação para entrarmos em relação com a melhor parte de nós próprios, com nosso Cristo interno. E' o autoamor, o acolhimento amoroso e revigorante de nos perdoarmos, nos aceitarmos e caminharmos avante na busca de nossa paz e cura espiritual.

Estamos cansados de seguir padrões religiosos e de filosofar sobre religião. Estamos carentes de sossego interior e de alegria em nossas vidas. Nossa angústia e opressão se resumem à ausência de prazer de viver.

Prazer de viver é uma conquista que surge quando aprendemos como viver em consonância com nossa consciência, distante das ilusões.

Não será exagero afirmar, sem generalizar, evidentemente, que as almas que têm chegado em condições mais razoáveis de harmonia e equilíbrio abriram mão da neurótica necessidade de serem espíritas dentro dos moldes estabelecidos pela ilusão dos adeptos no mundo físico, a fim de atenderem aos apelos da sua consciência individual em busca de uma vida mais autêntica, responsável e rica de alegrias.

Levem o alerta de Jesus aos homens iluminados pelo conhecimento espírita de "que não ficará pedra sobre pedra" no que diz respeito à ordem histórica de idéias e condutas alicerçadas em uma visão institucional do espiritismo.

Amadurecimento é algo interno, e não externo. É necessário termos cuidado com as supostas credenciais de autoridade adotadas pela comunidade!

Falem com coração e respeito, docilidade e acolhimento em suas palestras de amor, concitando homens e mulheres iluminados pelo conhecimento espírita a viverem suas histórias pessoais e a se distanciarem das padronizações indesejáveis e perniciosas.

Os ciclos da vida somente fluem quando celebramos a nossa história pessoal. Cada um de nós nasce para florir e embelezar a vida de um modo único.

A maturidade emocional do inverno nos traz muitas vantagens, e algumas das mais gratificantes são descobrir nossa originalidade e não sermos cópia de ninguém. Não ter uma opinião bem construída sobre si, sem dúvida, é uma fonte de escravidão.

Busquemos essa meta com coragem e com a certeza de que Deus nos criou com todos os recursos que nos capacitam a transformar o ato de existir em uma experiência plena de crescimento e felicidade.


Ermance Dufaux







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