Adelino da Silveira - Livro Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira / Chico Xavier - Pág. 60/61
Família e reencarnação
Alguém interpelou Chico sobre dificuldades em família.
Eis o que pude anotar:
- Tenho aprendido com os Benfeitores Espirituais que um corpo... uma família... um plano reencarnatório dá muito trabalho..., leva muito tempo.
Não podemos ir desistindo de nossos compromissos por qualquer coisa. O complexo de culpa será muito grande. O espírito de Emmanuel diz que alguns gramas de remorso pesam no coração muito mais que uma tonelada de sacrifícios.
Melhor tolerar quando possível o marido grosseiro... a mulher ciumenta... a filha orgulhosa... o filho ingrato... o parente difícil. Não estaríamos ligados a eles, se não houvesse motivo justo para isso. O espírito de André Luiz escreveu, em seus livros, que não há casamento que se erga na Terra sem vínculos com o passado e que, no lar, estamos pagando, a prestações, certas dívidas contraídas por atacado.
Melhor não tentar descartar parentes difíceis ou parentes com doenças de difícil trato mediante internações desnecessárias, porque a nossa libertação virá pelos processos da Natureza, quando houvermos quitado nossas dívidas perante a Justiça Divina. Enquanto vibrar em nós o anseio de nos vermos livres do parente difícil ou do parente com doença de difícil trato, é sinal de que a dívida permanece.
Não me lembro quem, no momento, mas alguém já disse que o exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração.
Quando Jesus perguntou ao líder dos Discípulos: “Simão, filho de Jonas, tu me amas?”, este entristeceu-se, porque era a terceira vez que Jesus lhe perguntava se ele o amava, e disse-Lhe:
- Senhor, tu sabes todas as coisas. Tu sabes que te amo.
Jesus lhe respondeu:
- Apascenta minhas ovelhas.
Interessante notar que Jesus não perguntou se Simão Pedro tinha dinheiro, cultura, propriedades, inteligência, se era casado ou tinha filhos.
Perguntou-lhe apenas se ele O amava, como a nos indicar que, se tivermos amor, todas as demais dificuldades se resolverão.
Adelino da Silveira
Fonte: Julio Miyamoto
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