Construir
Em muitas ocasiões, lamentamos as dificuldades para fazer aquilo que os mensageiros do Senhor nos solicitam.
Todos eles nos pedem construir o bem, onde estivermos. Dentro de casa, no lugar de trabalho, nos encontros e nas ruas. Em suma, levantar os alicerces do bem que estamos aguardando para os dias porvindouros.
Sabemos o que fazer mas, habitualmente, nos detemos nos obstáculos e divergências, perdendo tempo e oportunidade.
Não raro, subestimamos a sinceridade e a franqueza dos amigos valorosos que nos convidam à coragem e à persistência na execução de nossos encargos e identificamo-nos, com facilidade, com os que choram e se lastimam ao invés de trabalhar.
Aderindo à falange da queixa, passamos a censurar o clima social, clamamos contra o afastamento de determinados companheiros, apresentamo-nos na condição dos peregrinos de pés sangrentos e exibimos as mãos calejadas.
Entretanto, não fomos engajados na obra do Cristo para fiscalizar o comportamento do próximo, para inventariar reclamações, deplorar-nos ou chorar inutilmente e sim para construir.
Se nos sentimos incomodados por inquietações e discórdias, estirados em azedume e tristeza, levantemo-nos para servir.
Cada pequenina realização é um tijolo simbólico assentado na edificação a que fomos admitidos.
O diálogo com a criança, insuflando-lhe pensamentos de compreensão e generosidade.
Uma frase de bom-ânimo para com os amigos ameaçados pelo esmorecimento.
Um apelo à renovação dos companheiros abatidos.
Algum comentário sobre a necessidade de mais luz e mais dedicação no desdobramento das tarefas de benefício, em favor do próximo.
A migalha amoedada com que se atenua a aflição ou a penúria de alguém.
O amparo ao doente.
Qualquer desses recursos são tijolos de paz e amor na concretização do Reino do Bem.
Não importa que a ventania da discórdia esteja rugindo em torno de nós. O importante será erguer o coração e as mãos, a palavra e a atitude para construir.
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano
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