sábado, 25 de julho de 2020

Neio Lúcio - Livro Irmãos Unidos - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 3 - Além da Terra



Neio Lúcio - Livro Irmãos Unidos - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 3


Além da Terra
(Cada desencarnação é regresso de um lutador) 


A transposição de Plano para a nossa mente é muito morosa, considerando as necessidades de preparação que nos cabe, à frente da vida superior.

Só a grande vida merece a grande morte.

Além da carne, não há libertação para quem não se liberta. O trabalho é desconhecido para quem não trabalha.

A Vida abundante, com relação à qual, tão claro foi Jesus nas lições da Boa Nova, apenas se revela ao coração que se devotou à vida intensa na prática do bem, desde aí.

A união espiritual é uma luz somente para aquele que, ainda na carne, a procura.

A nossa Esfera aqui é, sobretudo, de continuação ao que, aí, teve começo.

No Círculo físico, as possibilidades de iniciar ou reiniciar são imensas. Aqui, porém, pelo menos nas atividades vizinhas da Crosta Planetária, a lembrança, a memória e a ligação mental impõem prosseguimento.

Assim sendo, tudo aqui é sono ou semi-inconsciência para quem não despertou para o trabalho ativo na matéria densa; desagrado para quem somente tratou de agradar-se no campo emocional menos construtivo do corpo; angústia para quem não exercitou a paciência, atenuando as próprias aflições e desânimo ou perturbação para quem não aceitou os benefícios da luta ou entravou a marcha dos que buscavam lidar e lutar com nobreza.

Tudo lógico, vivo, natural. Nem poderia ser de outro modo. Se vocês não criarem interesse de elevação espiritual para a “Terra Próxima”, o domicílio do Além será menos interessante que a “Terra de Agora” para vocês.

É necessário reconhecer que os irmãos se encontram armados, na arena carnal, para muitas e valiosas conquistas.

Quem mais realizar com o bem, mais aquinhoado de dons divinos será fatalmente pelas forças que o representam.

Não se esqueçam de que pensamento e ação simbolizam sementeira e crescimento. Os dias se encarregam de amadurecer os frutos, de acordo com a nossa plantação.


Neio Lúcio






[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original psicografado em 1957 e publicado no livro “Colheita do bem”


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