terça-feira, 7 de julho de 2020

Hammed - Livro Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo Neto - Cap. 12 - Desbravando mistérios




Hammed - Livro Renovando Atitudes - Francisco do Espírito Santo Neto - Cap. 12


Desbravando mistérios


"E não Jesus disse estas palavras: Eu vos rendo glória, meu Pai, Senhor do Céu e da Terra, por haverdes ocultado essas coisas aos sábios e aos prudentes, e por havê-las revelado aos simples e aos pequenos. (Capítulo 7, item 7.)


Vale considerar que, quando Jesus afirmou que Deus havia ocultado os mistérios aos sábios e aos prudentes e os tinha revelado aos simples e pequenos, em verdade observava que certos homens de cultura e intelectualidade achavam-se perfeitos eruditos, não precisando de mais nada além do seu cabedal de instrução.

Por sua vez, orgulhosos porque retinham vários títulos, acreditavam-se superiores e melhores que os outros, fechando assim as comportas da alma às fontes inspirativas e intuitivas do plano espiritual.

Porém, os “pequenos e simples”, aos quais se reportava o Mestre, são aqueles outros que, devido à posição flexível em face da vida, descortinam novas idéias e conceitos, absorvendo descobertas e pesquisas de todo teor, selecionando as produtivas, para o seu próprio mundo mental.

Por não serem ortodoxos, ou seja, conservadores intransigentes, e sim afeiçoados à reflexão constante das leis eternas e ao exercício da fé raciocinada, reúnem melhores condições de observar a vida com os  “olhos de ver”.

São conhecidos pela “maturidade evolutiva”, que é avaliada levando-se em conta seus comportamentos nos mais variados níveis de realização, entre diversos setores (físico, mental, emocional, social e espiritual) da existência humana.

Pelo modo como agem e como se comportam diante de problemas e dificuldades,  “os pequenos e os simples” têm uma noção exata de sua própria maturidade espiritual. Além disso, sentem uma sensação enorme de serenidade e paz pela capacidade, pela eficiência e pelos atributos pessoais, e por se comportarem dentro do que esperavam de si mesmos.

Simples são os descomplicados, os que não se deixam envolver por métodos extravagantes, supostamente científicos, e por critérios de análise rígida. Simples são os que sempre usam a lógica e o bom senso, que nascem da voz do coração.

São aqueles que não entronizam sua personalidade megalomaníaca atrás de mesas douradas e que não penduram pergaminhos para a demonstração pública de exaltação do próprio ego.

Os “sábios” a quem o Senhor se referia eram os dominadores e controladores da mente humana, que desempenhavam papéis sociais, usando máscaras diversas segundo as situações convenientes. Estão a nossa volta: são criaturas sem originalidade e criatividade, porque não auscultam as vibrações uníssonas que descem do Mais Alto sobre as almas da Terra.

Não suportam a mais leve crítica - mesmo quando construtiva - de seus atos, feitos, raciocínios e ideais; por isso, deixam de analisá-la para comprovar ou não sua validade. Por se considerarem “donos da verdade”, reagem e se irritam, esquecendo-se de que esses comentários poderiam, em alguns casos, proporcionar-lhes melhores reflexões com ampliação da consciência.

Vale considerar que esses “sábios” não se lançam em novas amizades e afeições, pois conservam atitudes preconceituosas de classe social, de cor, de religião e de outras tantas, amarrando-se aos exclusivismos egoísticos.

Não obstante, o Mestre Jesus se reportava às luzes dos céus, que agilizariam os simples a pensar com mais lucidez, a se expressar com maior naturalidade, para que pudessem desbravar os mistérios do amor e das verdades espirituais, transformando-se no futuro nos reais missionários das leis eternas.

“Simples” são os espontâneos, porque abandonaram a hipocrisia e aprenderam a se desligar quando preciso do mundo externo, a fim de deixar fluir amplamente no seu mundo interior as correntezas da luz; são todos aqueles que prestam atenção no “Deus em si” e entram em contato com Ele e consigo mesmo; são, enfim, aqueles que já se permitem escutar sua fonte interior de inspiração e, ao mesmo tempo, confiar nela plenamente.


Hammed



Fonte: Renovando Atitudes-pdf


VÍDEO:
Renovando Atitudes (Francisco do Espírito Santo Neto / Hammed)
Projeto Saber e Mudar

Apresentação Fernando Peron





Obras e Autores em Destaque.
Projeto Saber e Mudar.

Hammed é o nome do espírito ao qual o médium paulista Francisco do Espírito Santo Neto atribui a maior parte de suas obras psicografadas.

Hammed é o pseudônimo que ele adotou, alegando sentir-se assim mais livre para desempenhar os labores espirituais que se propõe a realizar na atualidade. Viveu por várias vezes no Oriente, e especificamente, na milenar Índia. Participou na França do século XVII do movimento jansenista, precisamente no convento do Port-Royal des Champs, nas cercanias de Paris, como religioso e médico. Costuma se mostrar espiritualmente ao médium ora com roupagem característica de um indiano, ora com trajes da época do rei francês Luís XIII.


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