sábado, 30 de julho de 2022

Joanna de Ângelis - Livro Rumos Libertadores - Divaldo P. Franco - Cap. 22 - Obediência com resignação



Joanna de Ângelis - Livro Rumos Libertadores - Divaldo P. Franco - Cap. 22

Obediência com resignação


Estudo: Cap. IX – Item 8 – Evangelho Segundo o Espiritismo.


O equilíbrio, a harmonia, resultam da obediência às leis que regem a vida.

Em torno dos Sóis gravitam os demais astros, e, por sua vez, estes se submetem às soberanas diretrizes que mantêm as galáxias.

A sinfonia harmoniosa é o resultado da submissão de notas e instrumentos à pauta e à regência.

O equilíbrio da máquina decorre da perfeita submissão das peças do mecanismo que lhe constitui a engrenagem…

A saúde do corpo e da mente, por sua vez, é consequência da obediência do espírito às conjunturas da evolução inadiável.

A obediência revela-se como elemento essencial para a ordem, fator base do equilíbrio fomentador do progresso.

Medida que revela a sabedoria da criatura, a obediência decorre, naturalmente, de um perfeito conhecimento dos deveres em relação aos objetivos da existência humana.

Somente as almas disciplinadas logram o cometimento da obediência, em consequência da resignação ante os sucessos nem sempre ditosos.

Assevera-se que os fracos são mais fáceis de serem conduzidos, portanto mais maleáveis à obediência. Conveniente, porém, não confundir obediência com receio submisso, nem resignação com indiferença diante da luta, que é sempre um desafio da evolução.

Obediência e resignação constituem termos equivalentes da equação evolutiva, a grande incógnita para o espírito em processo libertador.

Vives num Universo onde vigem as leis de equilíbrio, soberanamente, em nome de Deus.

Qualquer agressão à ordem impõe a necessidade de recuperação como impositivo de dignidade e harmonia.

A rebeldia é processo de luta em faixa primitiva, enquanto que a obediência é conquista da razão esclarecida.

O bruto reage. O sábio age. O primeiro agride, o segundo elucida.

Submete-se, desse modo, aos impositivos da evolução, mesmo quando as circunstâncias te pareçam aziagas ou tormentosas.

A resignação, como conseqüência natural do conhecimento das leis de causa e efeito, ser-te-á o lenitivo e o amparo para o prosseguimento do ministério abraçado, em busca da libertação que almejas.

Não te revoltes, portanto, se as coisas não te saírem conforme o teu desejo. A realidade é consoante como deve ser e não conforme a cada qual apraz.

Aplica-te ao serviço fraternal de auxílio, confiante e resignado, adquirindo experiências iluminativas que se te incorporarão ao patrimônio existente de bênçãos.

Convidado ao revide, empurrado ao desespero, chamado ao remoque, concitado à desordem, silencia e ama, obedecendo às determinações da vida e resignando-te face às suas injunções.

A obediência liberta; a resignação sublima a alma.

Uma deflui do conhecimento e a outra do sentimento.

Não obstante a arbitrária justiça do atormentado representante de César, Jesus não se rebelou, não agrediu, não duvidou da misericórdia nem da sabedoria do Pai. Obedeceu, resignado e amoroso, embora fosse o Senhor da Terra, concitando-nos, desde ali, a coragem para sofrer com equilíbrio e confiança total nas determinações divinas.


Joanna de Ângelis











 

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