domingo, 7 de dezembro de 2025

Marco Prisco - Psicografia - Divaldo Pereira Franco - A reencarnação



Marco Prisco - Psicografia - Divaldo Pereira Franco


A reencarnação


171. Em que se funda o dogma da reencarnação?

“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.” (O Livro dos Espíritos)


Raramente se pode encontrar o exemplo de alguém que logrou o triunfo em qualquer área da existência mediante uma experiência única.

O denominado erro, quando ocorre, torna-se, por efeito uma oportunidade para se tomar conhecimento do que lhe cabe executar, e a sucessão de tentativas concede-lhe a segurança do desempenho da tarefa.

Em tudo e em todos os lugares repetir, experimentar mais de uma vez facilita a execução do conhecimento de qualquer natureza e propicia segurança no desempenho da tarefa.

Toda aprendizagem é fruto de variada metodologia, destacando-se o erro e o acerto.

Na primeira tentativa para qualquer realização experimenta-se uma forma de ação que parece perfeita, mas não corresponde à realidade. Assim ocorrendo, é natural que se verifique onde houve o equívoco para corrigi-lo.

Caso ainda não corresponda à conclusão feliz, uma nova experiência é executada até encontrar-se a fórmula ideal, que se irá fixar como o roteiro eficaz para o seu êxito. Desse modo, o erro conduz ao acerto em todos os labores, inclusive nos existenciais.

Quando o Espírito não logra êxito nos empreendimentos que lhe cabe executar na sua jornada terrestre, ele é convidado a repetir a experiência humana e reencarna-se na escola terrestre.

Nasce nessa oportunidade o destino, que tem por fatalidade a morte e o renascimento até encontrar-se perfeitamente sintonizado com a perfeição que emana da Divindade.

Examine-se a criança em todas as suas fases e se constatará que é mediante o concurso da repetição que se logra a compreensão e o discernimento que se faz natural e espontâneo no aprendizado.

De igual maneira, a aquisição do destino feliz, das realizações nobilitantes passa pelos mesmos métodos da aprendizagem.

Do reino animal para o humano o Espírito transfere os instintos para a razão, pois que predominam e dificultam a aquisição de novas informações.

O treinamento pela repetição educa o instinto, mas deste à razão, que lhe é antípoda, é indispensável o treinamento repetitivo e paciente.

Não se desespere ou desanime quando tenta a boa sorte e o resultado é negativo.

Trata-se de experiência nova que deverá fixar-se em direção do porvir.

Repita o ato, treine a experiência usando outras linhas de comportamento e se fixarão os bens de maneira irretorquível, passando a ser bom hábito, uma segunda natureza.

Entre as numerosas Leis do Universo a reencarnação tem primazia, porque faz parte do processo de evolução de todos os seres.

Deus a criou para dignificar a vida.

Todos os Espíritos são gerados simples e ignorantes, sendo-lhes necessário o esforço pessoal para romper a concha do desconhecimento e desenvolver-se. Todos possuem em germe a sabedoria, o deus interno, que deve ser encontrado no mundo íntimo, onde se demora a fim de libertar-se e alcançar a fatalidade do triunfo a que está destinado.

Não há privilégios na Criação, caracterizada pela igualdade de recursos a todos destinados.

O amor divino jaz em tudo no Universo e a sua complexidade é feita nos mesmos elementos que o tornam roteiro único.

Desse modo, reflexione mais e confie mediante o trabalho nas infinitas possibilidades que se encontram ínsitas em seu cerne.

A evolução é fruto do esforço e do devotamento de cada um.

A partícula de lodo que dorme no pantanal brilhará um dia numa estrela.

Também você atingirá a plenitude mediante a reencarnação.

Aproveite a oportunidade que se lhe apresentam, e a partir de agora rompa os obstáculos e siga o rumo da sua redenção, brilhando desde então.


Marco Prisco






O Livro dos Espíritos - 2ª Parte -Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Cap. IV - Da pluralidade das existências - Justiça da reencarnação

Allan Kardec: Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.

Não obraria Deus com eqüidade, nem de acordo com a Sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento. Se a sorte do homem se fixasse irrevogavelmente depois da morte, não seria uma única a balança em que Deus pesa as ações de todas as criaturas e não haveria imparcialidade no tratamento que a todas dispensa.

A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à idéia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior; a única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam.

O homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele. Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado lhe será conquistá-lo. Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência. 




Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia, em 30 de junho de 2021.




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