sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Lancellin - Livro Cirurgia Moral - João Nunes Maia - Cap. 10 - Vê quem está ao teu lado



Lancellin - Livro Cirurgia Moral - João Nunes Maia - Cap. 10


Vê quem está ao teu lado


Vê quem está ao teu lado, ajudando-te a compreender os movimentos da Vida. Nunca estás sós nos campos do aprendizado. As tuas companhias andam contigo em todos os lances que empreendes, em todos os sentidos que, porventura, seguires. E essas companhias são espirituais e físicas. Vê a responsabilidade que tens diante delas: umas de receber o teu exemplo, outras de te instruir nas linhas da evolução a quem pretendes atingir.

Devemos afirmar, quantas vezes forem necessárias, que ninguém vive sozinho, nem anda sem companhias. Quem pretender isolar-se, atrofia as suas próprias faculdades.

A lei nos recomenda viver em grupos e nunca nos esquecermos daqueles que nos cercam. A gratidão é força nova em novos entendimentos. Não fazemos nada escondido.

Muitos olhos estão a nos observar, sem faltar uma fração de segundo, registrando e nos ajudando a registrar tudo o que ocorre conosco. Quem se conscientiza desta verdade, procura em toda a área em que opera, errar menos, usando todos os meios possíveis para acertar mais.

Devemos ainda visualizar o Cristo andando conosco, essa Companhia Invisível que nos dá força para trilhar caminhos mais seguros e compreender, com mais eficiência, aqueles que nos acompanham.

A educação nos concita, do lar à escola e desta ao trabalho, a um procedimento que não nos deixa exteriorizar a nossa inferioridade, sendo disciplina que, quando permanentemente limpa desobstrui todos os remanescentes das antigas condições de inferioridade, colocando-nos como almas que desejam e começam a conhecer a Verdade. Não é necessário que conheças todos os países do mundo, principalmente aqueles a que chamas mais civilizados, para que possas iniciar-te na civilização. Se observas os que andam contigo, todos os dias, as tuas reações, em todos os momentos, podes deduzir, sem anunciar, o que deve ser melhor para ti.

Cada criatura sabe analisar o que lhe serve para o seu próprio bem. Nenhuma pessoa é culpada dos teus infortúnios e da tua incompreensão. Deus colocou em todas as mesmas advertências e os mesmos valores a serem cultivados. Às diferenças que existem, somente uma coisa pode responder: a reencarnação, na escala evolutiva dos espíritos.

Se ainda não a conheces no presente estágio, haverás de conhecê-la em outro. Porém, nenhuma das criaturas ficará órfã das leis de Deus.

Existe justiça infalível, vibrando em toda a criação, desde os cromossomos até os homens mais ilustres da Terra e destes até os anjos mais elevados dos Céus. E se a justiça de Deus não falha, por que temer? Haveremos de alimentar a confiança nas forças, nas companhias que vivem conosco em todos os momentos da vida. Se tudo o que fazemos fica registrado em nós, e no grande livro de Deus, o nosso dever é fazer o melhor, dentro daquilo que já conhecemos ser o melhor. Não culpes ninguém dos teus desacertos! O único culpado és tu mesmo.

Acerta as coisas dentro de ti que, por fora, tudo acompanhará as tuas atitudes íntimas. Confia, pois essa lei palpita em todo o Universo.


Lancellin













Irmão Saulo - Livro Chico Xavier pede licença - Espíritos Diversos - Chico Xavier / J. Herculano Pires - Cap. 9 - Dar ensejo a Deus



Irmão Saulo - Livro Chico Xavier pede licença - Espíritos Diversos - Chico Xavier / J. Herculano Pires - Cap. 9


Dar ensejo a Deus


Se o náufrago não se desesperar, suportando a violência das ondas para dar ensejo ao barco salvador, poderá ser salvo. Mas, se logo entregar-se ao desespero e cair do bote ou perder o salva-vidas, é claro que será tragado pelas águas. Nas dificuldades da vida quase sempre nos desesperamos e não damos ensejo à, Providência Divina para que nos socorra. Falta-nos o apoio essencial, a força íntima da fé que nos dá serenidade para termos a confiança necessária nos poderes superiores.

Em outras palavras: nos dias difíceis precisamos dar ensejo a Deus. Claro que é Ele o supremo poder, a inteligência que nos criou e a força que nos sustém. Mas Ele é também liberdade e não só nos deu a liberdade de ser e de agir, como respeita a liberdade concedida para que possamos desenvolvê-la, adquirindo mais força e poder nas bases da responsabilidade. O amor de Deus vela por nós em todas as circunstâncias, mas não é o amor tirano 4ue cria complexos e traumas, e sim o amor libertação que nos deixa o direito de aprender — o que só conseguimos na experiência.

O mundo é, para o homem, um campo de experiências livres. O homem, única brecha de liberdade na espessura do mundo, como assinalou Sartre, pode pôr e dispor no campo das suas decisões. Porque ele — o homem — é o momento em que a Criação toma consciência de si mesma, começa a refletir em si a inteligência e o poder criador de Deus. Por isso é preciso que a sua liberdade seja respeitada, e podemos dizer que Deus se respeita a si próprio ao respeitar a liberdade humana. O essencial na experiência do homem é a aquisição da fé, mas a fé só pode ser adquirida a partir da confiança em si mesmo. Essa a razão por que a intervenção de Deus depende de nós mesmos.

Assim como Kant foi o crítico da Razão, Kardec foi o crítico da Fé. Não fez uma obra filosófica sistemática sobre a fé, mas examinou-a em termos compreensíveis, mostrando que só podemos ter fé naquilo que conhecemos. Existe, ensinou ele, a fé humana e a fé divina. Para termos fé em Deus precisamos saber o que é Ele, conhecê-Lo e n’Ele confiar. Mas para chegar até esse ponto precisamos desenvolver a fé humana em nós mesmos, descobrir a nossa natureza divina, os poderes ocultos que trazemos em nossa aparente fragilidade. E basta lembrar, então, que o simples fato de existirmos é uma prova do poder de Deus, para n’Ele confiar.


Irmão Saulo















Emmanuel - Livro Atenção - Chico Xavier - Cap. 19 - Vida e futuro



Emmanuel - Livro Atenção - Chico Xavier - Cap. 19


Vida e futuro 


Se o mundo não estivesse aguardando profissionais competentes e dignos do progresso, não se entenderia o esforço da escola.

Para que professores e pesquisas, disciplinas e exercícios se não houvesse o futuro?

De certo modo, sucede o mesmo com a Vida no Plano Físico e na Vida Além Morte.

Reconhecendo-se que a Espiritualidade superior espera criaturas habilitadas a concurso efetivo na construção do Mundo Melhor, observa-se claramente o imperativo de tribulações e dificuldades, problemas e conflitos nas áreas do homem, ante a função da existência terrestre como recurso de aperfeiçoamento.

É por isso que nós outros — os amigos desencarnados, — volvemos ao intercâmbio espiritual, a fim de solicitar paciência e coragem aos irmãos corporificados na Terra.

Se te vês engajado numa tarefa que se te afigure superior às próprias forças, suporta com serenidade os deveres que te cabem, evitando reclamações e queixas que simplesmente se te fariam mais espinhoso o caminho a percorrer.

Se convives com familiares doentes ou perturbados, abençoa-os e assiste-os com bondade e tolerância, indagando de ti mesmo se não estarás ao lado daqueles mesmos irmãos que, em estâncias do pretérito, terás talvez atirado às sombras da doença e do desequilíbrio.

Se carregas compromissos que te parecem excessivamente pesados e que tomaste sem lhes sopesar as consequências, permanece neles sem rebeldia, para que não te responsabilizes por lesões e prejuízos no coração dos outros.

Se sofres num corpo enfermiço ou se adquiriste moléstias ou inibições dificilmente reversíveis, suporta com calma semelhantes constrangimentos, procurando reconhecer que te encontras nos resultados de tuas próprias escolhas, em passadas reencarnações.

Em qualquer prova, na qual, porventura, te encontres, arma-te de paciência e coragem e não abandones as obrigações que te competem.

Certifica-te de que o suicídio é sempre calamidade contra quem o executa.

A morte, como aniquilamento do ser, não existe. E a vida hoje para cada criatura será amanhã a continuidade dessa mesma vida com tudo aquilo que a criatura faça de si.


Emmanuel












quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Emmanuel - Livro Vinha de Luz - Chico Xavier - Cap. 32 - Em nossa luta



Emmanuel - Livro Vinha de Luz - Chico Xavier - Cap. 32


Em nossa luta


“Segundo o poder que o Senhor me deu para edificação, e não para destruição.” — PAULO (2 Coríntios, 13.10)


Em nossa luta diária, tenhamos suficiente cuidado no uso dos poderes que nos foram emprestados pelo Senhor.

A ideia de destruição assalta-nos a mente em ocasiões incontáveis.

Associações de forças menos esclarecidas no bem e na verdade?

Somos tentados a movimentar processos de aniquilamento.

Companheiros menos desejáveis nos trabalhos de cada dia?

Intentamos abandoná-los de vez.

Cooperadores endurecidos?

Deixá-los ao desamparo.

Manifestações apaixonadas, em desacordo com os imperativos da prudência evangélica?

Nossos ímpetos iniciais resumem-se a propósitos de sufocação violenta.

Algo que nos contrarie as ideias e os programas pessoais?

Nossa intolerância cristalizada reclama destruição.

Entretanto, qual a finalidade dos poderes que repousam em nossas mãos, em nome do Divino Doador?

Responde-nos Paulo de Tarso, com muita propriedade, esclarecendo-nos que recebeu faculdades do Senhor para edificar e não para destruir.

Não estamos na obra do mundo para aniquilar o que é imperfeito, mas para completar o que se encontra inacabado.

Renovemos para o bem, transformemos para a luz.

O Supremo Pai não nos concede poderes para disseminarmos a morte. Nossa missão é de amor infatigável para a Vida Abundante.


Emmanuel











Emmanuel - Livro Caridade - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 6 - Em favor do mundo



Emmanuel - Livro Caridade - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 6


Em favor do mundo


Antes que o olhar se nos fixe nos mundos brilhantes, que evoluem mais alto no campo da Universalidade Divina, lembra a Terra amorosa que te acolhe e bendiz.

Repara a gleba em que te encontras.

Espinheiros e flores se misturam.

Pedra e lama impedem a sementeira digna em vastas regiões que se fazem inóspitas.

Vermes e plantas venenosas perturbam grandes linhas da paisagem.

Esta é a casa de trabalho em que o Senhor te situou.

Faze alguma cousa por melhorá-la, embelezá-la ou engrandecê-la.

Auxilia ao trabalhador na conservação do bom ânimo.

Socorre o enfermo, a fim de que se restaure.

Ampara as sementes do bem.

Inspira a coragem aos que fraquejam.

Acende alguma luz para as sombras.

Amassa o pão do reconforto para quem te reclama o concurso fraterno.

Produze a gota de remédio que regenera o doente.

Defende a fonte cristalina.

Planta uma árvore valiosa no caminho em que transitas ou faze um vaso humilde florir à porta do lar e estarás enriquecendo o berço em que nasceste, elevando a existência, a favor daqueles que virão depois dos teus passos.

Quem não valoriza a candeia próxima, dificilmente entenderia o esplendor da estrela distante.

Quem despreza o alfabeto não atinge a ciência.

É preciso começar com o bem e persistir com ele se desejamos a perfeição.

Cada qual, porém, avança na senda que lhe é própria.

Ninguém caminhará para a frente sobre o alheio esforço.

Antes de pretendermos o ingresso nos mundos venturosos e redimidos, salvemos o chão em que nos firmamos, construindo o mundo mais feliz de amanhã pela melhoria de nós mesmos.

Não vale contemplar sem agir, nem sonhar sem fazer.


Emmanuel











Meimei - Livro Palavras do Coração - Chico Xavier - Cap. 15 - Intimamente



Meimei - Livro Palavras do Coração - Chico Xavier - Cap. 15


Intimamente


Enterneces-te com a história dos personagens infelizes nos romances que a televisão te apresenta.

Sensibilizas-te com a situação das vítimas do drama social em noticiários da imprensa.

Entretanto, anota por ti mesmo.

As atitudes das pessoas que te partilham o cotidiano, quase sempre, são duramente analisadas por teu senso de observação, enquanto que os teus gestos são anatomizados em profundidade pelas criaturas das quais dependes ou às quais te afeiçoas.

Isso nos induz a pedir-te misericórdia em casa e no grupo de trabalho a que te vinculas. Aí, nesses redutos estreitos de ação é que se encontram os maridos-problemas e as esposas-enigmas, os filhos em rebeldia e os pais enceguecidos na intolerância, os parentes adversários e os companheiros antagônicos, junto dos quais, na Terra, somos examinados pela Vida, quanto aos valores espirituais que já tenhamos conquistado na escola da experiência.

A família e o núcleo de afinidades são os recursos da estrada evolutiva, em que todas as criaturas humanas são convocadas aos testes precisos cujos resultados lhes barram ou descerram as portas da Espiritualidade Superior.

Seja qual seja a questão que te aflige o mundo interior, deixa que a compreensão te ampare as manifestações pessoais e auxilia aos que ainda não te podem auxiliar.

Nem sempre conseguirás beijar a mão que te fere, mas, em qualquer tempo, dispões da possibilidade de oferecer-lhe a bênção da tolerância.

Paciência e amor são os medicamentos da alma, capazes de curar qualquer relacionamento enfermiço.

Desafetos e compromissos de existências passadas voltam a nós, matematicamente, nas áreas da reencarnação para que lhes convertamos a aversão em simpatia e o débito em resgate.

Nunca te esqueças. Ser-te-á sempre fácil ensinar o caminho da luz aos companheiros que desconheces, no entanto, na vida particular, cada coração é convidado a acender a luz do caminho, em si mesmo, a fim de que não sejamos viajores transviados na jornada de elevação.


Meimei













Emmanuel - Livro Caminho, Verdade e Vida - Chico Xavier - Cap. 136 - Coisas terrestres e celestiais



Emmanuel - Livro Caminho, Verdade e Vida - Chico Xavier - Cap. 136


Coisas terrestres e celestiais


“Se vos tenho falado de coisas terrestres, e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais?” — JESUS (João, 3.12)


No intercâmbio com o mundo espiritual, é frequente a reclamação de certos estudiosos, relativamente à ausência de informações das entidades comunicantes, no que se refere às particularidades alusivas às atividades em que se movimentam.

Por que não se fazem mais explícitos os desencarnados quanto ao novo gênero de vida a que foram chamados? 

Como serão suas cidades, suas casas, seus processos de relações comuns?

Através de que meios se organizam hierarquicamente? 

Terão governos nos moldes terrestres?

Indagam outros, relativamente às razões pelas quais os cientistas libertos do Plano físico não voltam aos antigos centros de pesquisas e realizações, vulgarizando métodos de cura para as chamadas moléstias incuráveis ou revelando invenções novas que acelerem o progresso mundial.

São esses os argumentos apressados da preguiça humana.

Se os Espíritos comunicantes têm tratado quase que somente do material existente em torno das próprias criaturas terrenas, num curso metódico de introdução a tarefas mais altas e ainda não puderam ser integralmente ouvidos, que viria a acontecer se olvidassem compromissos graves, dando-se ao gosto de comentários prematuros?

É necessário compreenda o homem que Deus concede os auxílios; entretanto, cada Espírito é obrigado a talhar a própria glória.

A grande tarefa do mundo espiritual, em seu mecanismo de relações com os homens encarnados, não é a de trazer conhecimentos sensacionais e extemporâneos, mas a de ensinar os homens a ler os sinais divinos que a vida terrestre contém em si mesma, iluminando-lhes a marcha para a espiritualidade superior.


Emmanuel











segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Joanna de Ângelis - Livro Episódios Diários - Divaldo P. Franco - Cap. 42 - Saúde



Joanna de Ângelis - Livro Episódios Diários - Divaldo P. Franco - Cap. 42


Saúde


Estás mergulhado, psiquicamente, na Mente Universal e Divina.

Seguindo a diretriz ética do equilíbrio e da ordem, que fluem e refluem em toda parte, respiras em clima de saúde e de paz.

Quando te desconectas do complexo mantenedor da harmonia que te envolve, desconcertam-se as peças da maquinaria física, face às vibrações violentas da mente, favorecendo a instalação das doenças.

A enfermidade, geralmente, procede do ser espiritual, resultante do seu passado, que encontra ressonância no psiquismo atual, gerando o campo propício à instalação da desordem.

Durante o dia, muitos fatores conspiram contra a tua harmonia mental, não te cabendo agasalhá-los.

Resolve, assim, cada situação, com calma e segurança, não guardando resíduos mentais negativos.

Fato consumado, mente liberada, em programação de novo cometimento superior.

A tua saúde depende sempre do teu comportamento moral e espiritual.

E, não obstante, se a enfermidade encontrar guarida no teu organismo, recorre à oração e resgata a tua dívida com alegria, em pleno processo de libertação total.


Joanna de Ângelis















Emmanuel - Livro Alma e Luz - Chico Xavier - Cap. 10 - Na arena da evolução



Emmanuel - Livro Alma e Luz - Chico Xavier - Cap. 10


Na arena da evolução


Sob a infecção mental do pessimismo, afirma-te, por vezes, irremediavelmente cansado, à frente da luta e proclamas, tanta vez, em desânimo e desespero,

que a Terra se converteu em charco de podridão;

que a sociedade é um jogo de máscaras;

que a honestidade foi banida do mundo;

que os maus tripudiam, impunes, sobre o amor dos bons;

que a crueldade é a norma da vida;

que cataclismos diversos tombarão no horizonte, incendiando a atmosfera de que os homens se nutrem e dizes desalentado

que te apartaste da confiança,

que perdeste a fé;

que não tornarás ao prazer de servir;

que não estenderás o coração ao culto do amor

e que te retirarás da arena qual soldado rebelde, fugindo à própria luta.

Entretanto, ao contrário de tua assertiva, a Eterna Providência não descrê de nossa alma e renova-nos, cada dia, a oportunidade de crescimento e sublimação.

Cada manhã, volves ao corpo que te suporta a intemperança e recebes a bênção do sol que te convida ao trabalho, a palavra do amigo que te induz à esperança, o apoio constante da Natureza, o reencontro com os desafetos para que aprendas a convertê-los em laços de beleza e harmonia, e, sobretudo, a graça de lutar, por teu próprio aprimoramento, a fim de que o tempo te erga à vitória do Bem.

Não te rendas, portanto, ao derrotismo e à dúvida que te lançam na sombra, porque, além do tormento a que o homem se atira, teimoso e imprevidente, Deus permanece em paz, acendendo as estrelas e unindo as gotas d’água para que todos nós possamos elevar-nos dos abismos da treva para os Cimos da Luz.


Emmanuel













Emmanuel - Livro Tesouro de Alegria - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 18 - Prece por visão



Emmanuel - Livro Tesouro de Alegria - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 18


Prece por visão


Senhor Jesus!

Todos sabemos que, em tua infinita misericórdia, nos aceitas por irmãos.

Entretanto, Senhor, reconhecemos que, por agora, somos apenas pequeninos servidores ou servos de teus servos.

Em vista disso, nós te rogamos nos auxilies a ser, no caminho em que nos achamos, mais irmãos uns dos outros, aprendendo paciência e humildade, tolerância e perdão, bondade e entendimento, paz e fraternidade, a fim de que, no trabalho que nos deste a fazer, possamos ser, um dia, teus irmãos para sempre, tanto quanto já és nosso Mestre e Senhor.

Amado Jesus, sê, como sempre, o nosso Amparo e Guia, em todas as estradas que o mundo nos estende para o encontro com Deus.


Emmanuel












Bezerra de Menezes - Livro Bezerra, Chico e Você - Chico Xavier - Cap. 44 - Família mais ampla



Bezerra de Menezes - Livro Bezerra, Chico e Você - Chico Xavier - Cap. 44


Família mais ampla


Tantas vezes nos referimos aos problemas da família no mundo!

Filhos difíceis, pais-problemas, parentes que se nos erigem condição de antagonistas, companheiros do lar que nos relegam ao abandono!

E, em consequência, as lutas aparecem, agressivas e contundentes.

É aí no instituto doméstico que somos chamados a praticar paciência e a exercitar compreensão.

Muitos de nós se acham detidos nessa oficina de burilamento e melhoria, incapazes de ultrapassar a órbita da consanguinidade para a construção do amor a que as Leis do Senhor nos destinam.

Entretanto, a nós outros, os espíritas, compete a obrigação de enxergar mais longe e reconhecer mais amplos os deveres que nos prendem à experiência comunitária.

Não somente suportar os conflitos de casa com denodo e serenidade, abraçando os entes queridos com a certeza de que os amamos, livres de nós, se assim o desejam, para serem mais cativos aos desígnios de Deus.

Não apenas isso. Entender também nos grupos em que nos movimentamos a nossa família maior. E amar, auxiliar, apoiar construtivamente e servir sempre a todos os que nos compartilhem o trabalho e a esperança!

A independência existe unicamente na base da interdependência. 

As Leis Divinas criaram com tamanha sabedoria os mecanismos da evolução que todos nós, de algum modo, dependemos uns dos outros.

Não se renasce na Terra, sem o concurso dos pais ou dos valores genéticos que forneçam.

Não se adquire cultura sem professores ou recursos que eles se decidam a formar.

Não se obtém alimento sem esforço próprio, nem sob o amparo do esforço alheio.

E nem se alcança experiência por osmose, já que todos nós somos conduzidos à arena da existência, uns à frente dos outros, afim de aprendermos a amar-nos e compreender-nos mutuamente.

Reportamo-nos a isso para dizer-vos que as tarefas em nossas mãos constituem núcleos de serviço e união, dentro dos quais, por devotamentos realizações que nos cabe efetuar, é preciso nos inclinemos à fraternidade autêntica, abençoando e ajudando a quantos nos cerquem.

Há famílias de ordem material e aquelas outras de ordem espiritual afirma-nos o Evangelho, ( † ) na Doutrina Espírita.

Atendamos, por isso, ao nosso conceito de família mais ampla.

Grande é a luta, entretanto, isso se verifica, a fim de que a nossa vitória seja igualmente maior.

Conduzamos a nossa mensagem de paz e amor a quantos nos partilhem a estrada do dia a dia.

Esse é mais forte e pode oferecer-nos apoio em certo sentido, mas aquele que se revela mais fraco é o companheiro que espera de nós o auxílio necessário para fortalecer-se.

Aqui, encontramos alguém que se nos afina com o modo de pensar e de ser, transformando-se-nos em fonte de estímulo, no entanto, ali, surge outro alguém que ainda não edificou em si os valores espirituais que lhe desejamos, aguardando-nos abnegação e entendimento para se nos harmonizar comas aspirações e os ideais de mais alta expressão.

Além, identificamos a presença daqueles que conseguem ombrear conosco no mesmo nível de trabalho, incentivando-nos a servir, mas adiante, observamos a ação daqueles outros que nos afligem ou atrapalham, exigindo, porém, de nossa compreensão o auxílio preciso para se tornarem simpáticos e produtivos na obra em que fomos engajados pelo Senhor.

Família e família!

Família do coração entre algumas paredes e família maior do espírito a espraiar-se em todos os domínios da Humanidade!

Sigamos, à frente de nossas tarefas, amando e abençoando por amor à construção que nos foi confiada o que, na essência, quer dizer por amor nossa própria felicidade.

Filhos queridos!

Recordemos: cada criatura, que nos desfruta o caminho ou a experiência, é semelhante à planta que se ajudarmos nos ajuda.

Somos todos clientes uns dos outros no trabalho em que a vida nos situou. 

Agradeçamos a oportunidade de entender isso e o privilégio de trabalhar por um Mundo Melhor com o nosso Espírito Melhorado seguindo para a Vida Melhor.


Bezerra










De mensagem recebida em 24.02.1973.

Marco Prisco - Livro Ementário Espírita - Divaldo P. Franco - Cap. 5 - Na viagem celular



Marco Prisco - Livro Ementário Espírita - Divaldo P. Franco - Cap. 5


Na viagem celular


Simplifique a vida antes que o carro orgânico, em sua nobre complexidade, se gaste, deixando-o imantado a objetos, paixões e pessoas que o amargurarão demoradamente.

Vida simples — espirito livre.

Higienize a mente através da elaboração de ideias superiores.

Há clichês mentais que se fixam de tal forma, que a "morte" sequer os apaga.

Lembre-se de que cada ser respira o clima mental que produz.

Caracterize os seus esforços evolutivos pelo desprendimento.

Quando alguém se liga às ilusões, estas deixam o prisioneiro desiludido.

Ofensa que se conserva — miasma que se converte em morbo destruidor.

Alimente a máquina orgânica para viver, de modo a não viver apenas para sem alimentar.

Combustível excessivo — desarranjo na engrenagem .

Vigie as emoções de forma que você exerça sempre a posição privilegiada de comando.

Emoções dirigidas — espirito harmonizado.

Trabalhe para viver dignamente a fim de que vivendo para trabalhar não sucumba antes de a tarefa ser executada.

Variando de atividades com o objetivo do enobrecimento pelo bem realizado você estará aumentando as alegrias da vida.

Use com parcimônia os dons dos amigos.

Amigos e dignidade são implementos indispensáveis para uma viagem feliz, no carro orgânico.

Pense bem e viva consciente de que a carne é breve

Corpo que se acaba — espírito que se liberta.

Prepare-se mentalmente para poder atender quando necessário, ao chamado, pois que a felicidade consiste em amar, ajudar e construir o bem em torno dos próprios passos, respeitando o veiculo celular complexo que Deus lhe concede para continuar a vida que prossegue...

 
Marco Prisco   














Miramez - Livro Segurança Mediúnica - João Nunes Maia - Pág. 101 - Capacidade mediúnica



Miramez - Livro Segurança Mediúnica - João Nunes Maia - Pág. 101


Capacidade mediúnica


A capacidade mediúnica depende muito mais do que pensamos, da harmonia dos corpos espirituais que, de certa forma, estão acoplados uns aos outros. Todos os centros de forças transferem suas energias uns aos outros, chegando até às glândulas endócrinas que, por seu turno, enriquecem o sangue que mantém vivo todo o mundo celular, para que a vida se expresse no fulgor que lhe é próprio.

Esse mecanismo inteligente da vida do homem, senão do Espírito, é que faculta o exercício de atributos como a mediunidade na sua amplitude. Quando obedece às leis naturais, a capacidade mediúnica tem tal alcance que é capaz de motivar a esperança e a fé nos corações que intentam buscá-las. Muitos combatem a mediunidade, porque somente conhecem os seus rudimentos.

Os médiuns de alta capacidade, cujos dons vibram em alta expressão espiritual, trabalham em silêncio, onde o amor se faz presente pelo ambiente oferecido pelos que participam. Pedimos a quem não conhece a função da mediunidade evangélica, que estude conosco a mediunidade amadurecida, pois encontrará recursos grandiosos para a sua própria paz e verá se abrirem, à sua frente, caminhos diversos, onde há verdadeiramente a alegria de viver. Queiramos ou não, estamos constantemente servindo de instrumentos para comunicações do desconhecido, em diversas modalidades.

Mediunidade não existe somente na área espiritualista. Não, ela é força universal, que se expressa em todos os campos da vida, onde quer que seja, esperando que os homens deem a ela a direção correspondente à sua natureza divina. O homem maduro, despertado na condição de instrumento da Divindade para a Terra, permanece na qualidade de medianeiro e recolhe no suprimento maior as intuições para beneficiar a humanidade. Uma vez despertados, devemos procurar entender o que podemos fazer da nossa força mediúnica em favor da paz de todas as criaturas.

A mediunidade é tão antiga quanto a humanidade, mas foi com Jesus que se abriu a escola de educação de todos os dons dos Espíritos e dos homens, pois Ele deixou o código da divina instrução para todos, estabelecendo a disciplina para todos os sentimentos. Mas não ficou somente aí; enviou depois o Consolador que prometera na figura grandiosa da doutrina dos Espíritos, na certeza de educar os poderes dos seres humanos, dando rumo certo às suas faculdades espirituais. Através dela, a capacidade mediúnica vem se transformando em um sol para beneficiar a todos, conseguindo despertar outras qualidades maiores para enfrentarmos as adversidades com o calibre das nossas forças.

A mediunidade desperta, igualmente, o entendimento entre as criaturas, na esfera que Jesus chama de "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". O médium não pode esquecer a honestidade ante seus companheiros, o perdão frente aos que o ofendem e a caridade para com os que sofrem. Estamos procurando e trabalhando para que os homens entendam a mediunidade como ela é, na sua feição primorosa, qual é vista pela dignidade espiritual, e não como propalam os contraditores, que desconhecem as leis de Deus. Os que combatem o intercâmbio dos Espíritos com os homens estão servindo de médiuns, sem notarem que, por eles, estão se comunicando as trevas. Negando o próprio exercício a que se servem de instrumentos, são cegos e surdos, pois sentem a luz do sol da verdade e negam sua claridade. No entanto, para todos eles devemos ofertar o perdão e compreendê-los na escala evolutiva em que se encontram. Todos caminhamos para a frente e, algum dia, eles haverão de compreender a lei de Deus que regula todas as faculdades humanas.

Meu irmão, usa o teu talento mediúnico na difusão da fraternidade, que se consubstancia na paz. Usa a proficiência das tuas faculdades no discernimento, para que a vida se mostre sempre formulando esperanças. Usa a tua honestidade mediúnica na linguagem do silêncio, para que os teus companheiros confiem nos valores espirituais que em ti apartaram. Usa tuas experiências confirmadas no amor às criaturas como fonte inesgotável do bem, para que esse bem mostre a todos que Deus e Jesus existem, sempre nos amparando e dando sem nada nos pedirem.

Cada um de nós tem a sua capacidade mediúnica, que pode expandir-se cada vez mais, infinitamente. Cabe a nós estimulá-la. Devemos abrir as nossas próprias veredas e, mesmo com os pés sangrando nos espinhos, com as mãos machucadas pelas farpas e encontrando contradições nos caminhos, jamais devemos esmorecer, pois os contrastes transformam-se em revigoramento, quando aprendemos a amar tudo e todos como filhos de Deus.

A mediunidade opera em todas as faixas da vida. Estamos esperando que a ciência do mundo descubra essa verdade, para usar esse instrumento esperançoso, que deve manter-se afastado do interesse exagerado pelo ouro e firmar-se no amor aos que sofrem. Se os pássaros e os peixes não plantam nem colhem e nenhum deles morre de fome, o Senhor não iria se esquecer dos homens - seus filhos mais velhos - pelo entendimento que já mostram.

Ainda estamos longe da verdadeira capacidade mediúnica e, para tanto, pedimos a Deus suas bênçãos, a fim de que sejamos ajustados nos caminhos de Jesus e na educação que o Evangelho nos propõe, para sermos médiuns da felicidade e da alegria, do amor e da caridade em favor de todas as criaturas.


Miramez















domingo, 25 de setembro de 2022

Humberto de Campos - Livro Luz Acima - Chico Xavier - Cap. 45 - A Escritura do Evangelho



Humberto de Campos - Livro Luz Acima - Chico Xavier - Cap. 45


A Escritura do Evangelho


Quando Jesus recomendou a pregação da Boa Nova, em diversos rumos, reuniu-se o pequeno colégio apostólico, em torno d’Ele, na humilde residência de Pedro, onde choveram as perguntas no inquérito afetuoso.

— Mestre — disse Filipe, ponderado —, se os maus nos impedirem os passos, que faremos? caber-nos-á recurso à autoridade punitiva?

— Nossa missão — replicou Jesus, pensativo — destina-se a converter maldade em bondade, sombra em luz. Ainda que semelhante transformação nos custe sacrifício e tempo, o programa não pode ser outro.

— Mas… — obtemperou Tomé — e se formos atacados por criminosos?

— Mesmo assim — confirmou o Cristo —, nosso ministério é de redenção, perdoando e amando sempre. Persistindo no bem, atingiremos a vitória final.

— Senhor — objetou Tiago, filho de Alfeu —, se interpelados pelos fariseus, amantes da Lei, que diretrizes tomaremos? São eles depositários de sagrados textos, com que justificam habilmente a orgulhosa conduta que adotam. São arguciosos e discutidores. Dizem-se herdeiros dos Profetas. Como agir, se o Novo Reino determina a fraternidade, isenta da tirania?

— Ainda aí — explicou o Messias Nazareno —, cabe-nos testemunhar as ideias novas. Consagraremos a Lei de Moisés com o nosso respeito. Contudo, renovar-lhe-emos o sentido sublime, tal qual a semente que se desdobra em frutos abençoados. A justiça constituirá a raiz de nosso trabalho terrestre. Todavia, só o espírito de sacrifício garantir-nos-á a colheita.

Verificando-se ligeira pausa, Tadeu, que se impressionara vivamente com a resposta, acrescentou:

— E se os casuístas nos confundirem?

— Rogaremos a inspiração divina para a nossa expressão humana.

— Mas, que sucederá se o nosso entendimento permanecer obscuro, a ponto de não conseguirmos registrar o socorro do Alto? — insistiu o apóstolo.

Esclareceu Jesus, sorridente:

— Será então necessário purificar o vaso do coração, esperando a claridade de cima.

Nesse ponto, André interferiu, perguntando:

— Mestre, em nossa pregação, chamaremos indistintamente as criaturas?

— Ajudaremos a todos, sem exigências — respondeu o Salvador, com significativa inflexão na voz.

— Senhor — interrogou Simão, precavido —, temos boa vontade, mas somos também fracos pecadores. E se cairmos na estrada? e se, muitas vezes, ouvirmos as sugestões do mal, despertando, depois, nas teias do remorso?

— Pedro — retrucou o Divino Amigo —, levantar e prosseguir é o remédio.

— No entanto — teimou o pescador —, e se a nossa queda for tão desastrosa que impossibilite o reerguimento imediato?

— Rearticularemos os braços desconjuntados, remendaremos o coração em frangalhos e louvaremos o Pai pelas proveitosas lições que houvermos recolhido, seguindo adiante…

— E se os demônios nos atacarem? — interrogou João, de olhos límpidos.

— Atraí-los-emos à glória do trabalho pacífico.

— Se nos odiarem e perseguirem? — comentou Tiago, filho de Zebedeu.

— Serão amparados por nós, no asilo do amor e da oração.

— E se esses inimigos poderosos e inteligentes nos destruírem? — inquiriu o filho de Kerioth.

— O Espírito é imortal — elucidou Jesus, calmamente — e a justiça enraíza-se em toda parte.

Foi então que Levi, homem prático e habituado à estatística, observou, prudente:

— Senhor, o fariseu lê o Torá, baseando-se nas suas instruções; o saduceu possui rolos preciosos a que recorre na propaganda dos princípios que abraça; o gentio, sustentando as suas escolas, conta com milhares de pergaminhos, arquivando pensamentos e convicções dos filósofos gregos e persas, egípcios e romanos… E nós? a que documentos recorreremos? que material mobilizaremos para ensinar em nome do Pai Sábio e Misericordioso?!

O Mestre meditou longamente e falou:

— Usaremos a palavra, quando for necessário, sabendo porém que o verbo degradado estabelece o domínio das perturbações e das trevas. Valer-nos-emos dos caracteres escritos na extensão do Reino do Céu. No entanto, não ignoraremos que as praças do mundo exibem numerosos escribas de túnicas compridas, cujo pensamento escuro fortalece o império da incompreensão e da sombra. Utilizaremos, pois, todos os recursos humanos, no apostolado, entendendo, contudo, que o material precioso de exposição da Boa Nova reside em nós mesmos. O próximo consultará a mensagem do Pai em nossa própria vida, através de nossos atos e palavras, resoluções e atitudes…

Pousando a destra no peito, acentuou:

— A escritura divina do Evangelho é o próprio coração do discípulo.

Os doze companheiros entreolharam-se, admirados, e o silêncio caiu entre eles, enquanto as águas cristalinas, não longe, refletiam o céu imensamente azul, cortado de brisas vespertinas que anunciavam as primeiras visões da noite…


Humberto de Campos
(Irmão X)












sábado, 24 de setembro de 2022

Emmanuel - Livro Instrumentos do Tempo - Chico Xavier - Cap. 40 - Gratidão e rogativa



Emmanuel - Livro Instrumentos do Tempo - Chico Xavier - Cap. 40


Gratidão e rogativa


Senhor!…

Ensina-nos a agradecer os bens que temos recebido de tua Infinita Bondade, sem desconsiderar os supostos males com que a tua Misericordiosa Justiça nos consolida os bens que já possuímos.

Agradecemos a presença dos amigos que nos ampliam os recursos de modo a nos garantir o próprio reconforto, tanto quanto o concurso dos irmãos que nos auxiliam a despendê-los, seja pelos canais do trabalho ou perante a luz da beneficência; dos que nos amparam a vida e daqueles outros que nos rogam apoio, exercitando-nos nas obras de assistência e solidariedade pelas quais jornadeamos para a aquisição do amor a que nos destinas; dos benfeitores que nos administram aulas de educação e dos companheiros que se nos fazem examinadores do grau da paciência e tolerância em que estagiamos presentemente…

Agradecemos a bênção dos associados de trabalho e de ideal que nos reconfortam e a escora dos adversários cujo policiamento nos disciplina; o amparo dos irmãos que nos animam a seguir para a frente e o incentivo daqueles outros que nos ajudam a encontrar as melhoras de que carecemos, através da crítica construtiva…

Senhor!…

Agradecemos a luz e agradecemos a sombra, sempre que a sombra nos impulsione a fazer mais luz e agradecemos o clima da harmonia que nos tranquiliza a estrada que nos cabe percorrer, tanto quanto a tempestade de incompreensão, toda vez que a incompreensão nos auxilie a descobrir a necessidade da concórdia, reunindo-nos os esforços uns dos outros para o levantamento da felicidade comum.

Diante da luta, induze-nos a reconhecer que unicamente a luta nos oferece os ingredientes precisos para a vitória da paz em nós mesmos e perante o fracasso, qualquer que seja, faze-nos recordar que somente aprendendo e reaprendendo é que fixaremos a lição.

Senhor!…

Não nos entregues ao suposto bem que se converta em mal, nem nos permitas menosprezar o suposto mal que nos conduza ao bem. 

E sejam quais forem as provas a que formos chamados, ajuda-nos a reconhecer que a tua sabedoria misericordiosa reina sobre nós e que, acima das nossas tribulações e obstáculos, dificuldades e lágrimas, estamos todos reunidos em teu coração, incessantemente sustentados em teu amor para sempre.


Emmanuel











Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano