sábado, 13 de fevereiro de 2021

Casimiro Cunha - Livro Orvalho de Luz - Chico Xavier - Cap. 16 - Definições




Casimiro Cunha - Livro Orvalho de Luz - Chico Xavier - Cap. 16


Definições


Trabalha constantemente,
Se queres ser nobre e forte,
O braço estendido à inércia
Oculta o favor da sorte.

Ama o trabalho singelo
Em doces gestos risonhos.
Mais valem dois pés servindo
Que as asas de muitos sonhos.

Se alguém te insulta a ferir-te
O anseio de amor e paz,
Não lamentes, nem te irrites…
Calando-te, vencerás.

Ajuda quanto puderes,
Espalha a consolação.
Ninguém consegue escapar
Ao tempo de provação.

Em toda e qualquer contenda,
Com quem for, seja onde for,
Fugindo, discretamente,
Serás sempre o vencedor.

Muitos “poucos” reunidos
Levantam obra esmerada
Porque, às vezes, poucos “muitos”
Acaba em luta e nada.

Vive acima da calúnia
Em que a maldade se exprime.
Aos olhos tristes da inveja
A própria virtude é crime.

Fiscaliza as palavrinhas
De humilde e pequena brasa,
Começa a lavrar o incêndio
Que devora toda a casa.

Vais bem se atendes ao bem,
Quando a dúvida te invade.
A prudência vem de Cristo
Quando é sócia da bondade.

Ante os problemas dos outros
Emudece os lábios teus.
Em tudo sempre supomos
Mas quem sabe é sempre Deus.


Casimiro Cunha







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