Emmanuel - Livro da Esperança - Chico Xavier - Cap. 70
Ser espírita
“Tenho-vos dito isto para que em mim tenhais paz: no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” — JESUS (João, 16.33)
“Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que Ele vos confiou; mas atenção! entre os chamados para o Espiritismo muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade.” — Cap. XX, 4
Doutrina Espírita — Cristianismo Renascente.
Ser espírita é constituir-se em núcleo de ação edificante, através do qual principia a Nova Era.
Fala-se no mundo de hoje, qual se o mundo estivesse reduzido à casa em ruínas.
O espírita é chamado à função da viga robusta, suscetível de mostrar que nem tudo se perdeu.
Há quem diga que a Humanidade jaz em processo de desagregação.
O espírita é convidado a guardar-se por célula sadia, capaz de abrir caminho à recuperação do organismo social.
O espírita, onde surja a destruição, converte-se em apelo ao refazimento; onde estoure a indisciplina, faz-se esteio da ordem e, onde lavre o pessimismo, ergue-se, de imediato, por mensagem de esperança.
Assim sucede, porque o espírita reconhece que não vale exigir dos outros aquilo que não fazemos, nem reclamar no vizinho o clarão de um farol, quando, muitas vezes, esse mesmo vizinho espera pela chama de alguém que lhe aqueça e ilumine o coração enregelado na sombra.
Companheiro de ideal! O ensinamento espírita é a palavra do Cristo que nos alcança sem gritar e a obra espírita, desde as bases primordiais de Allan Kardec, é construção do Evangelho, levantando as criaturas sem rebaixar a ninguém.
Trabalha servindo, cônscio de que cada um de nós é o agente da propaganda de si mesmo, no trabalho da redenção humana, que não nasce da violência e sim da verdade e do amor, no toque fraternal de espírito a espírito.
À vista disso, se muito podes realizar, a benefício do próximo, por aquilo que sabes, somente conseguirás renovar os semelhantes por aquilo que és.
Emmanuel
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