terça-feira, 14 de setembro de 2021

Rodrigues de Abreu - Livro Seguindo Juntos - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 4 - Ante a vida




Rodrigues de Abreu - Livro Seguindo Juntos - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 4


Ante a vida


Converte os teus momentos marchando, cada dia, em bênçãos de esperança e em migalhas de amor…

Não te esqueças que o corpo é a lira milagrosa em que deves tanger as cordas da bondade, a fim de que teu canto, precedendo-te os passos, fale por ti, mais alto, na Eterna Plenitude!…

Somos nós, em verdade, os escravos do Tempo, mas felizes senhores do minuto que passa.

Gastemos, pois, o instante que, célere, nos beija, avançando a servir, nas sendas de ascensão…

Um gesto de ternura.

Um sorriso mais doce.

Uma frase em que brilhe o grande entendimento.

Uma flor que transborde o perfume da paz.

Um aperto de mão que diga sem palavras a grande compreensão e o carinho fraterno.

Um pequeno serviço e a simples gentileza, o estímulo ao trabalho e o generoso auxílio, são moedas de amor que entesouras, além…

Segue, assim, deslumbrado ante o sol que fulgura nos caminhos do “Agora” e distribui, cantando, o bem e a simpatia, a virtude e a beleza, a fim de que “Amanhã”, subas, feliz, ao Céu no carro da alegria, recebendo, afinal, a riqueza da luz na Vida Imperecível.


Rodrigues de Abreu





Benedito Luís Rodrigues de Abreu (Capivari, 27 de setembro de 1897 — Bauru, 24 de novembro de 1927) foi um poeta brasileiro. Escreveu e publicou três livros. Num deles, "A sala dos passos perdidos", dizem que ele tinha frequentado as tradições da maçonaria. No outro, "Noturnos", com base no qual aceitava a reencarnação, ele diz: “E há tantas vidas como a meia-noite”. Na sua obra mais consagrada, que tem por título "Casa destelhada" e foi traduzida para diversos idiomas, ele faz essa comparação: “A minha alma, a inquilina, está pensando que é preciso mudar-se, que é preciso ir para uma casa bem coberta…” Ele começa a revelar as dificuldades com a tísica (tuberculose) que o levaria de volta à vida espiritual. "Com ele", escreveu Odilo Costa Filho (poeta, jornalista, cronista, membro da Academia Brasileira de Letras), "expira o Simbolismo no Brasil, e expira com beleza, dor e beleza".
 


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