quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Miramez - Livro Segurança Mediúnica - João Nunes Maia - Cap. 21 - O Silêncio é a Tônica




Miramez - Livro Segurança Mediúnica - João Nunes Maia - Cap. 21


O Silêncio é a Tônica 
 

Em todo transe mediúnico, o silêncio marca os primeiros passos para uma boa comunicação entre os dois mundos, como para qualquer tipo de exercício da mediunidade.

O barulho nos tira da harmonia por criar perturbação no ambiente onde procuramos a paz. Todo equilíbrio requer brandura. A música nos ajuda muito nos requintes dos ajustamentos vibratórios, desde que ela não passe dos tons que alteram a nossa audição. A própria conversação tem uma escala, de maneira a não irritar a nossa sensibilidade auditiva. Quando falamos que o silêncio é a tónica para o trabalho com o Cristo, falamos da moderação de todos quantos se reúnem para os trabalhos espirituais. Todos os dons, sem exceção, estão ligados ou super ligados ao sistema nervoso, que vibra em uma faixa onde a harmonia é a vida. Ao passar das vibrações que ele não comporta, não nos sentimos bem. E a própria educação nos convida para a suavidade no falar e para a delicadeza nos gestos. De outra forma, demonstramos que não aprendemos a ternura. Quando se faia em amor, lembramo-nos imediatamente da afeição, da prudência de uma atmosfera onde todos se entendem sem os devidos barulhos que a ignorância incentiva e que a prepotência alimenta.

Em quase todas as mensagens, lembramo-nos da educação, disciplina de todos nós, onde fomos chamados a viver porque, sem ela, dificilmente encontramos a paz. Se já estás lendo este livro, algo está te falando por dentro, que deves trabalhar com tuas próprias forças, que conquistaste, não te esquecendo da auto-educação, que não deixa de ser uma disciplina de todos os impulsos que se fazem conhecidos pela inferioridade.

É tão agradável conversar com alguém que ama a moderação nas próprias palavras, que articula os sons na medida que agrada e eleva! Essa personagem fica sempre inesquecível em nossos corações. Procuramos sempre médiuns que amam a educação das palavras e usam o freio nos impulsos desnecessários e prejudiciais à boa paz. Podes atrair bons Espíritos com os esforços que empregas no aprimoramento das tuas qualidades internas, mas no relaxamento desses valores, vêm as trevas semear a discórdia, sem a devida compostura.

Na Terra, há ambiente para muito silêncio, porque existem momentos em que a ignorância pode atrofiar certos valores, formando discussões. É inteligente se calar até o Bem tomar corpo e crescer no entendimento dos que ouvem. Entretanto, quando a palavra é útil, devemos usá-la. Ela constrói onde haja quem saiba ouvir.
O médium curador, aquele que trouxe consigo o dom de aliviar os enfermos, se não sabe, é bom aprender a entrar em silêncio, buscando as forças superiores pelas meditações e os pensamentos universais dos mais profundos ensinamentos da vida.

A natureza divina nos fala constantemente pelos seus variados recursos. Basta que ouçamos com as faculdades que devemos aguçar, doadas pelo próprio Deus. É para tanto que escrevemos e estaremos sempre ao lado dos homens e, juntos, se Deus quiser, alcançaremos a luz do verdadeiro entendimento.

Vejamos o porquê da educação. O homem amável dificilmente é atingido pelo nervosismo, por estar amparado pela bondade. A criatura delicada não tem tempo para se lembrar de agressões e já se encontra fora da faixa de orgulho. O Espírito prudente se admira quando vê alguém envolvido pela violência e não acredita que a opressão dê bons resultados.

O cultivo das virtudes é o melhor antídoto contra qualquer mal que se possa encontrar pelos caminhos. A mediunidade precisa desse ambiente de serenidade e confiança, porque sem o Evangelho, não podemos acreditar em intercâmbio com os Espíritos, de modo útil para a humanidade. Se os homens não tomarem novas direções de vida, diferentes daquelas que os levaram a guerras fratricidas e a discórdias internacionais e internas, se não procurarem urgentemente educar os sentimentos, não sabemos o que será do mundo onde habitas, ou para onde deveras ir, em virtude do endurecimento dos corações.

Em tempos passados, a Terra recebeu avalanche de Espíritos vindos dos expurgos de outros planetas, que não quiseram ouvir a voz do Bem. Agora pode-se repetir essa triagem de almas a serem levadas para outros mundos, repetindo o que aconteceu em outras casas de Deus. São entidades que não desejam acordar para a luz do entendimento espiritual. Elas se deitam e vivem nas camas dos confortos transitórios do mundo e não desejam conhecer coisas melhores, porque isso requer esforço próprio e conquista com o próprio suor. Renunciam ao amor que nivela todas as criaturas como filhas de Deus.

Médium! Espírita! Abraça o chamado, para que possas ser escolhido no sentido de herdar a Terra e ficar nela, porque na verdade te dizemos que este planeta que habitas é o paraíso que podes perder, se não deixares o Cristo nascer em teu coração.


Miramez









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