quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Miramez - Livro Horizontes da Vida - João Nunes Maia - Cap. 5 - Carregamos o que pensamos




Miramez - Livro Horizontes da Vida - João Nunes Maia - Cap. 5


Carregamos o que pensamos


Jesus nos afirma, através do Evangelho, que Seu fardo é leve e Seu jugo suave. Não podemos falar o mesmo, dado o fardo ser pesado e o jugo incômodo, pois não aprendemos a pensar nas mesmas linhas do Mestre. A consciência da alma comum está carregada pelos seus pensamentos; as vibrações inferiores pesam e incomodam o Espírito na sua jornada de vida.

A ignorância enche o celeiro do coração com o que pensa, criando distúrbios variados que fazem sofrer; são cargas magnéticas inferiores, nascidas das paixões que não correspondem aos ensinamentos do Mestre dos mestres.

Se a humanidade tivesse a consciência dos valores mentais, de como eles podem fazer a felicidade e destruir os mais elevados ideais, procuraria educar as idéias, usando os processos ensinados por Jesus no Seu Evangelho de vida. Pelo que sabemos, e disso temos experiências, nós bebemos o que pensamos e alimentamos as nossas próprias idéias, respiramos os nossos sentimentos e carregamos tudo isso como sendo os nossos fardos e jugos...

Se desejamos melhorar, ou pelo menos aliviar esse peso, abracemos as mudanças na intimidade, porque se a paz nasce por dentro, a felicidade não existe noutro lugar. O Cristo é como que o sol das nossas vidas; A sua mente poderosa irradia para todo o Seu rebanho forças compatíveis com o Seu amor, sem exigências, tanto que não aparece a mostrar o que faz por nós.

A nossa salvação depende de nós e a inteligência com Jesus nos pede o acontecimento de nós mesmos. Cada um deve conhecer a si próprio e é nesta frequência que notamos o que deve ser feito, sem que o egoísmo nos comande. Quem trabalha em favor de si mesmo, dentro dos moldes do amor, encontra-se beneficiando os outros. Para ajudar alguém a despertar os valores internos é preciso conhecer e avançar amando, que o exemplo e o silêncio, nestes casos, são vias de melhor acesso às lições imortais do próprio amor. Quase sempre gostamos de nos iludir, por apreciarmos a quem nos bajula e que por vezes falam de coisas que ainda não conseguimos conquistar; se já estamos de posse de tais ou quais virtudes, não precisamos de que alguém as anuncie, pois a virtude por si mesma irradia seus valores.

Carregamos o que pensamos e o que somos, irradiamos em alta frequência para todos os lados; tudo fala de nós, nos diz a psicologia espiritual: o nosso olhar escreve o que somos, a nossa palavra anuncia o nosso porte espiritual, as nossas ações mostram o que somos por dentro. Não é preciso que falemos, porque a nossa própria fala se exagera na apresentação. E para que falar de nós mesmos, se fazemos somente o bem, e vivemos no amor? Somente o que sentimos com isso basta, porque essa harmonia nos leva a sentir a felicidade na intimidade da vida.

Analisemos o modo pelo qual vivemos, para que o fardo não nos pese, e o jugo não fique incômodo. Jesus nos ensinou como descarregar o nosso peso das cargas magnéticas inferiores, pela prática do bem e da luz da fraternidade pura. Basta começarmos esse exercício, para que o mundo espiritual nos ajude. Isso Ele faz com frequência em todos os mundos onde haja almas se movendo em corpos materiais.

Modela a tua vida na vida do Mestre e se ainda não encontras forças para tal operação, começa, que mãos invisíveis ajudar-te-ão. Diz o Evangelho que cada trabalhador é digno do seu salário. E o salário do Espírito que se esforça para iluminar é a luz de Deus no coração, onde Jesus é o transformador divino para o ambiente humano.


Miramez









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