segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Emmanuel - Livro Bênção de Paz - Chico Xavier - Cap. 56 - Na escola da confiança



Emmanuel - Livro Bênção de Paz - Chico Xavier - Cap. 56


Na escola da confiança


“Porque andamos por fé e não por visão.” — PAULO (2 Coríntios, 5.7)


Terás conhecido horas inolvidáveis de alegria e de paz junto dos seres queridos, na exaltação da ventura doméstica; no entanto, é possível tenhas o coração defrontado por amargas crises de provação, com as quais não contavas…

Esse é o dia de tua fé no poder da paciência.

No círculo de tuas experiências mais nobres conseguiste amontoar muitos anos de ação pacífica, sob o respeito e a simpatia de quantos te compartilham a caminhada terrestre; contudo, é provável apareçam dificuldades a te ensombrarem os quadros de serviço, atraindo a crítica impiedosa, e sofres com isso, qual se estivesses varando chuva de fogo…

Esse é o dia de tua fé no poder do trabalho.

Por tempo indeterminado cumpriste austeramente os deveres que a vida te assinalou, angariando acatamento e carinho em derredor de teu nome, mas é possível que a inveja e o despeito te arremessem lodo sobre a existência, torturando-te a sensibilidade…

Esse é o dia de tua fé no poder do perdão.

Acolheste os entes queridos que te reconfortam a alma por riquezas eternas, oferecendo, às vezes, a própria vida para que nada lhes falte de bom e belo à sustentação; entretanto, talvez encontres a ventania da incompreensão pela frente, arrancando-te muitos deles ao escrínio do afeto, qual se eles, os entes amados, te viessem a ferir com punhaladas de ingratidão…

Esse é o dia de tua fé no poder do amor.

A cultura da fé positiva, sem dúvida, qual acontece à cultura da inteligência, não se adquire por osmose; há que ser aprendida, exercitada, sofrida, assimilada e consolidada a pouco e pouco.

Abençoa, pois, os teus dias de prova e de aflição, porquanto através deles obterás a confiança perfeita em Deus, entendendo, por fim, toda a significação da sentença do apóstolo Paulo: “andamos por fé e não por visão.”


Emmanuel






(Reformador, agosto 1967, página 170)

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