domingo, 25 de fevereiro de 2024

Miramez - Livro Filosofia Espírita Vol. 5 - João Nunes Maia - Cap. 46 - Percepção: Atributos do Espírito



Miramez - Livro Filosofia Espírita Vol. 5 - João Nunes Maia - Cap. 46


Percepção: Atributos do Espírito 


250. Constituindo elas atributos próprios do Espírito, ser-lhe-á possível subtrair-se às percepções?

“O Espírito unicamente vê e ouve o que quer. Dizemos isto de um ponto de vista geral e, em particular, com referência aos Espíritos elevados, porquanto os imperfeitos muitas vezes ouvem e vêem, a seu mau grado, o que lhes possa ser útil ao aperfeiçoamento.” (O Livro dos Espíritos - Allan Kardec) 


O Espírito elevado tem seus poderes dilatados no que concerne aos seus dons. Isso no que se refere às entidades que já se libertaram das paixões do mundo, e mesmo nelas há uma escala evolutiva, onde quanto mais se eleva, mais se percebe as belezas imortais da vida.

O Espírito certamente ouve e vê o que deseja, porém em se tratando de Espíritos Superiores, pois, a sua vontade dilata sua percepção ou a retrai, interceptando o que não lhe convém. No entanto, há entidades espirituais que, por vezes, desejam ver coisas que não convêm ao seu adiantamento espiritual, e às vezes têm condições para tal, mas será tirada a sua visão para o seu próprio bem. Isso quando se trata de Espíritos medianos.

É nesse sentido que convém aos espíritas estudarem a Doutrina dos Espíritos com interesse de aprender, para que as leis, com as suas nuances para educar, sejam compreendidas e respeitadas.

Todos os Espíritos têm atributos valiosos, mas nem todos se encontram em atividades, devido à falta de maturidade da alma, que o tempo ainda não conferiu. É bom o Espírito se ajustar ao que já possui de liberdade, estudando as conseqüências que sofrerá se contrariar a lei do uso, assim como procurar se afeiçoar ao bem que todos conhecemos, trabalhando para que esse bem faça parte da nossa vida.

Os benfeitores espirituais, principalmente aqueles que nos acompanham por amor e misericórdia, podem, se for o caso, subtrair certas percepções nossas, se perceberem que vão ser usadas para o mal, e de cujas reações não precisamos mais. Eis aí uma caridade: são como certas enfermidades, que servem para os encarnados, e mesmo quando fora da carne, de brida que regula os impulsos, quando a inferioridade domina as vidas. Esses benfeitores são qual os genitores em relação às crianças, que redobram cuidados para protegê-los, e por vezes usam castigos e palmadas como advertências.

As armas de elevado poder de destruição devem permanecer sob o domínio das forças armadas, por questão de bom senso. Já imaginaram se fossem elas entregues a qualquer pessoa? A massa humana sempre foi inconsciente; por lhe faltar segurança, a influência lhe atinge a vontade e ela faz coisas o que não deveria fazer. A disciplina é necessária em todos os campos de luta, desde a criança de berço ao mais douto do mundo.

No mundo espiritual existem entidades, em regiões inferiores, que perderam suas faculdades quase por completo, pelo mau uso desses dons divinos. Elas regrediram não no esquecimento completo, porém, dando um tempo para a consciência do bem tornar-se em amor, de modo que as futuras reencarnações lhes possam limpar a área interna pelos processos de reparos, por variados infortúnios, nas formas de problemas e dores incontáveis.

Analisemos essas verdades, pois elas têm o poder de nos acordar ajustando nossos valores e clareando nossos caminhos, de sorte que a esperança nos alegre na conquista da felicidade. Ela existe, dependendo agora das nossas mãos atenderem a nossa mente adestrada nos valores do Evangelho de Jesus Cristo. Não deixemos esquecido o amor que já conhecemos; não deixemos que a caridade se esfrie no nosso coração; não deixemos que a lembrança das faltas de outrem para conosco, apaguem nossa alegria de perdoar.

Aproveitemos a oportunidade e avancemos com o Cristo no coração, porque, dessa forma, a luz resplandecerá em nossa consciência e nada nos será tirado. 


Miramez 












Nenhum comentário:

Postar um comentário