Valérium - Livro Ideal Espírita - Espíritos Diversos - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 10
Não desdenhe brilhar
Sim, era acusado de um crime e fora aprisionado pelos homens…
Tudo indicava que na máscara daquele rosto a beleza fugira.
Traços duros e irregulares.
Tez sem cor e sem viço.
Cabelos ralos e descuidados.
Testa vincada por rugas profundas.
Olhos embaciados por desesperos ocultos.
Nariz adunco e disforme.
Boca rasgada de cantos contraídos.
Maxilares proeminentes.
Ar de tristeza e preocupação.
E caminha vacilante.
Tormento à vista…
Súbito, porém, o homem sorri e um sopro de simpatia vitaliza-lhe o semblante. Alteram-se-lhe todas as linhas para melhor qual se possante facho interior fosse aceso de inesperado.
Não era o mesmo homem. Já não parecia um criminoso…
Amigo, você já observou o efeito renovador de um sorriso?
Sorriso é raio de luz da alma. E a luz, ainda mesmo no abismo, é sempre esplendor do Alto vencendo as trevas.
Não negue a dádiva do sorriso seja a quem for.
Sorri na dificuldade. Sorri na luta. Sorri na dor.
Sua alma é sol divino. Não desdenhe brilhar.
Valérium
(Psicografia de Waldo Vieira)
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