sábado, 17 de julho de 2021

Emmanuel - Livro da Esperança - Chico Xavier - Cap. 57 - Para e pensa




Emmanuel - Livro da Esperança - Chico Xavier - Cap. 57


Para e pensa


“… E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá…” — JESUS (Lucas, 12.48)


“O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.” — Cap. XVIII, 12


Se a perturbação, por ventania gritante, ruge à porta, não te entregues aos pensamentos desordenados que aflições e temores te sugiram à alma. Para e pensa.

Escorregaste no erro e experimentas a inquietação decorrente da falta cometida, como se te imobilizasses na vertigem permanente da queda…

Aceitaste o alvitre de ilusões ardilosas e tomaste caminho inverso, reconhecendo-te na condição de alguém, cujo veículo dispara em declive ameaçador, no rumo do abismo…

Superestimaste as próprias forças e assumiste compromissos, acima da própria capacidade, lembrando um discípulo injustamente aguilhoado num teste de competência, para o qual se encontra ainda imaturo…

Viste companheiros queridos, internados em labirintos de sombra, assestando baterias contra a lógica, a te depreciarem o culto à sinceridade e trazes, por isso, o coração arpoado por doloroso desencanto…

Sofreste perdas consideráveis e guardas o espírito, à feição de barco à matroca…

Distorceste o raciocínio, sob o efeito de palavras loucas, desfechadas no ambiente em que vives e cambaleias, qual se tivesses o ânimo ferretoado por dardos de fogo e fel…

Recorda, porém, que pacificação e reajuste são recursos de retorno à tranquilidade e à estrada certa. Entretanto, recuperação e paz em nós reclamam reconhecimento do dever a cumprir.

À vista disso, se desatinos dessa ou daquela procedência te visitam a alma, entra em ti mesmo e acende a luz da prece, reexaminando atitudes e reconsiderando problemas, entendendo que a renovação somente será verdadeira renovação para o bem, não à custa de compressões exteriores, mas se projetarmos ao tear da vida o fio do próprio pensamento, intimamente reajustado e emendado por nós.


Emmanuel








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