sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Chico Xavier - Livro Chico Xavier com Você - Carlos A. Baccelli - Pág. 14 - Motivos de Resignação



Chico Xavier - Livro Chico Xavier com Você - Carlos A. Baccelli - Pág. 14

Do Livro: Chico Xavier, à Sombra do Abacateiro (Carlos A. Baccelli)

Reunião do dia 13 de março de 1983.

Chico abre o Evangelho e vem uma lição do Cap. V — item 12, “Motivos de Resignação”.

Chico com a palavra:

“O nosso Emmanuel, aqui presente, nos pede para observar quando a mensagem evangélica fala de que devemos considerar-nos felizes quando sofremos, porquanto o sofrimento de agora nos poupa séculos de padecimentos futuros...”

Não é uma expressão exagerada, muitas vezes recapitulamos as mesmas falhas em muitas existências. No caso do suicídio, quando instalamos em nós o propósito, voltamos à Vida Espiritual com as consequências de nossos atos nesse sentido, carregando, naturalmente, no corpo espiritual as marcas, porque não ferimos a Deus, ferimos a nós mesmos...

Passamos tempos no Além amparados, mas sentindo a necessidade de voltar a Terra e experimentar a mesma prova, a tentação de arrasarmos com o nosso corpo, e com isto repetimos, às vezes, os mesmos gestos.

A paciência, o espírito de aceitação, pode evitar-nos muitas dores. Por que adotarmos o espírito de rebeldia? Por que Deus nos experimenta?! As dádivas de Deus são gratuitas. Não pagamos o aluguel da Terra — pagamos o aluguel das casas em que moramos; mas o mundo em si é uma dádiva de Deus. Um Céu maravilhoso nos cobre, nenhum de nós precisa fazer minas de oxigênio para respirar... 

Temos os nossos auxiliares que são as plantas, os animais, os minerais, tudo vem até nós gratuitamente para que exercitemos o Amor Supremo...

De um modo geral, estamos sempre reclamando, reclamando; quando temos tantas oportunidades para bendizer aquilo que já temos, os dias felizes que tivemos, as afeições, esse mundo de beleza espiritual que temos à nossa disposição...

Precisamos tolerar mais um pouco, tolerar mais um tanto, compreender de algum modo mais um tanto e criar em torno de nós a simpatia de que precisamos para viver.

Passamos anos a fio em inércia espiritual, fugindo ao trabalho, seja à responsabilidade, ao espírito de serviço...

Vivemos como criaturas que se suicidam pouco a pouco, todo o dia um suicidiozinho... Um ato de rebeldia, uma reclamação indébita, um ponto de vista infeliz... Atraímos vibrações negativas e operamos sobre nós esse suicídio lento, indireto...

Todo gesto de amor recebe a gratidão daquele que é contemplado com essa bênção de proteção e carinho.

As plantas agradecem, os animais agradecem, um cão abana a cauda.

Carecemos de aumentar os nossos tesouros de fraternidade.

Mas enveredamos pela aflição não bem-aventurada, porque a pessoa pode estar aflita, mas não bem-aventurada.

Precisamos ajudar-nos a nós mesmos, mas deixando essa história do ‘eu’ ferido... Eu não tolero beltrano, eu não posso, eu não aguento... Nós todos somos uns para os outros. Alcançar o coração daqueles que estão ao nosso derredor, precisamos também colocar o nosso coração naquele ponto de compreensão, de paciência.

Para sermos tolerados, precisamos tolerar. Dar algo de bom de nosso coração, nossas palavras, nossos pensamentos, estendendo, à pessoa que está no estado de angústia, a esperança...

Alguém é instrumento de nossa prova, mas nós também somos instrumentos para alguém. Aquela pessoa é um problema para mim... nós também somos um problema para aquela pessoa, porque tudo é recíproco.

Não podemos chegar à porta dos nossos inimigos e pedir perdão, não é assim porque estaremos humilhando a pessoa, colocando-nos na posição de bons. Devemos começar orando para que Deus nos dê humildade e paciência, e aquela criatura nos veja por um ângulo diferente.

Muitas de nossas doenças são, unicamente, o produto de nossos pensamentos desequilibrados.

“A violência se alastra pelo mundo, mas ela começa em cada um de nós”.

Após interpretar o pensamento de Emmanuel, Chico se posta de pé no atendimento à fila dos irmãos carentes que não sabemos estar mais interessados no óbolo humilde ou em beijar aquelas abençoadas mãos.


Chico Xavier 

Emmanuel


(Resumos de palestras pronunciadas pelo Médium Francisco Cândido Xavier, nos cultos de Evangelho e de assistências, aos sábados, em Uberaba, Minas Gerais, sobe inspiração e supervisão de Emmanuel). 


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