sábado, 4 de janeiro de 2020

Emmanuel - Livro Nascer e Renascer - Chico Xavier - Cap. 9 - A candeia




Emmanuel - Livro Nascer e Renascer - Chico Xavier - Cap. 9


A candeia



A candeia luminosa, acima do velador, não é somente um problema de verbalismo doutrinário.

Claro que as nossas convicções públicas revelam pensamento aberto e coração arejado, na sincera demonstração de nossas concepções mais íntimas. O ensinamento do Cristo, porém, lançou raízes mais profundas no solo do nosso entendimento.

A lâmpada acesa da lição divina é, antes de tudo, o símbolo de nossa atitude positiva, nos variados ângulos da existência.

O discípulo do Evangelho é convidado a afirmar-se, no mundo, a cada instante.

Se foste ofendido, não conserves a luz do perdão nas dobras obscuras dos melindres enfermiços.

Se encontraste a dificuldade, não escondas a coragem nos resvaladouros da fuga.

Se foste surpreendido pela provação [dolorosa e  áspera], não enterres o talento da fé no deserto do desânimo.

Se foste tocado pela dor, não arremesses a [tua] esperança ao despenhadeiro da indiferença.

Se sofres [a] perseguição e [a] calúnia, não arrojes a oração no precipício [da revolta e] do desespero.

Se a luta te impôs a marcha entre espinheiros, oferecendo-te fel e vinagre, não ocultes o teu valor espiritual, sob os detritos da inconformação ou do desalento.

Faze a tua viagem na Terra, em companhia do Amigo Celestial, de coração elevado à Vontade Divina, de cabeça erguida na fidelidade à religião do dever bem cumprido, de consciência edificada no bem invariável e de braços ativos e diligentes na plantação das boas obras.

Não disfarces os teus conhecimentos de ordem superior e aprende a usá-los, em benefício dos semelhantes e em favor de ti mesmo, porque assim, ainda mesmo que o sacrifício supremo na cruz se te faça prêmio entre os homens, adquirirás na Vida Maior a felicidade de haver buscado a luz da própria sublimação.


Emmanuel


Essa mensagem, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em setembro de 1952 pela FEB no Reformador e é também a 58ª lição do 1º volume do  livro “O Evangelho por Emmanuel”


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