domingo, 30 de novembro de 2025

Bezerra de Menezes - Livro Bênçãos de Amor - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 7 - Desobsessão



Bezerra de Menezes - Livro Bênçãos de Amor - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 7


Desobsessão


"Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros, e assim como vos amei, amai-vos também mutuamente." (João 13:34)


O amigo menos feliz da Espiritualidade, ao qual tantas vezes gravamos com o pejorativo de “obsessor”, é sempre uma afeição que se transfigurou na retaguarda, metamorfoseando amor em ódio e simpatia em desacordo.

É sempre a criatura que anexamos ao distrito espiritual de nossos próprios interesses e esperanças.

Não se transformará em definitivo por força de palavras que possamos pronunciar, e nem se anestesiará ao contato de promessas que venhamos a formular.

É sempre a criatura que nos observará, quanto às ideias e planos de melhoria e elevação que anunciamos.

Possivelmente, em muitas ocorrências, respeitará a autoridade e a influência de benfeitores que nos advoguem a causa de libertação e paz, reajuste e segurança, mantendo-se, porém; transitoriamente à distância.

Entretanto, mesmo de longe; os amigos categorizados na condição que examinamos, prosseguem policiando-nos a vida e assinalando-nos os passos.

Por isso mesmo, desobsedar-se será, antes de tudo, servir e servir, servir sem propósito de obter qualquer retribuição, servir por amor para demonstrarmos o proveito das lições de aperfeiçoamento em que vamos evoluindo.

Não nos esqueçamos.

Os adversários que levantamos contra nós mesmos esperam por nós na seara do trabalho e da bênção.

O suor que derramamos no dever a cumprir ser-lhes-á a certidão de nosso burilamento e as lágrimas que vertamos, no auxílio ao próximo, serão as faíscas de luz que nos clarearão o caminho, do qual partilharão todos eles, tanto quanto nós mesmos, transformados e reconduzidos às leis de harmonia que nos governam.

Filhos, repitamos: 

Auxiliar aos outros é a forma de auxiliar-nos;

desculpar é exonerar-nos do desequilíbrio que porventura ainda nos assinala o coração; 

suportando com paciência, seremos tolerados com a grandeza daqueles que nos supervisionam a jornada; 

amar e esquecer-nos é o processo de sermos lembrados nos suprimentos da Vida Superior e sempre mais amados para sermos, um dia, o Amor de Cristo que nos convidou à felicidade suprema, asseverando convincente: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” 


Bezerra










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