segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Marco Prisco - Livro Ementário Espírita - Divaldo P. Franco - Pág. 105 - No conceito da paz



Marco Prisco - Livro Ementário Espírita - Divaldo P. Franco - Pág. 105


No conceito da paz


Há muita gente que roga paz.

Paz que se converta em possibilidade de aquinhoar bens materiais; 

que se transforme em degrau de facilidade e ascensão aos cimos dos negócios; que se materialize como repouso indolente;

que se faça adorno dispensável a fulgurar como atração de sorrisos complacentes e olhares de despeito;

que se demore inerte qual água parada na consciência, dando nascimento aos vibriões destruidores;

que se traduza em saúde para o corpo e acomodação para a vida;

que se desdobre em lenitivo para a enfermidade e parasitismo para a atividade;

que se justifique como compensação legal aos negócios ilícitos;

que se agigante como porta de triunfo fácil nas lutas diárias.

Paz, no entanto, é coroa de luz sobre a fronte do amor que se converteu em roteiro de bênçãos para os cansados da luta; 

que se fez lenitivo santificante para os enfermos da vida; 

que se tornou linfa refrescante para os sedentos dos caminhos; 

que se transformou em sol esplendente de belezas para os lidadores incansáveis das noites de tormentosos testemunhos...

Paz que retrate a serenidade de Jesus Cristo na cruz, de consciência livre a todo ultraje, aguardando a morte com a certeza da vida.

Só um homem que não conspurque sua paz em ociosidade delinquente é digno da vida plena, porque harmonizado em si mesmo, é igualmente construtor da paz no mundo inteiro.


Marco Prisco




















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