Marco Prisco - Livro Ementário Espírita - Divaldo P. Franco - Pág. 105
No conceito da paz
Há muita gente que roga paz.
Paz que se converta em possibilidade de aquinhoar bens materiais;
que se transforme em degrau de facilidade e ascensão aos cimos dos negócios; que se materialize como repouso indolente;
que se faça adorno dispensável a fulgurar como atração de sorrisos complacentes e olhares de despeito;
que se demore inerte qual água parada na consciência, dando nascimento aos vibriões destruidores;
que se traduza em saúde para o corpo e acomodação para a vida;
que se desdobre em lenitivo para a enfermidade e parasitismo para a atividade;
que se justifique como compensação legal aos negócios ilícitos;
que se agigante como porta de triunfo fácil nas lutas diárias.
Paz, no entanto, é coroa de luz sobre a fronte do amor que se converteu em roteiro de bênçãos para os cansados da luta;
que se fez lenitivo santificante para os enfermos da vida;
que se tornou linfa refrescante para os sedentos dos caminhos;
que se transformou em sol esplendente de belezas para os lidadores incansáveis das noites de tormentosos testemunhos...
Paz que retrate a serenidade de Jesus Cristo na cruz, de consciência livre a todo ultraje, aguardando a morte com a certeza da vida.
Só um homem que não conspurque sua paz em ociosidade delinquente é digno da vida plena, porque harmonizado em si mesmo, é igualmente construtor da paz no mundo inteiro.
Marco Prisco
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