Joanna de Ângelis - Livro Alerta - Divaldo P. Franco - Cap. 1
O perdão das ofensas
O teu agressor, talvez, noutra circunstância, levantará a voz em tua defesa.
O teu adversário, possivelmente, em situação diferente, será o amigo que te distenderá a mão em socorro.
O teu caluniador, quiçá, em posição diversa, virá em teu auxílio.
O teu inimigo, certamente, passada a injunção de agora, ser-te-á devotado benfeitor.
O teu acusador, superado o transe que o amargura, far-se-á o companheiro gentil da tua jornada.
Perdoa-os, portanto, hoje que se voltaram contra tua pessoa, levantando dificuldades no caminho pelo qual avanças.
Perdoa as suas ofensas sem impores quaisquer condições, sequer aclarando incompreensões e dirimindo equívocos.
O perdão deve assentar-se no esquecimento da ofensa, no repúdio total ao mal, sem exigências.
Não sabes como se encontra aquele que se ergue para ferir-te, acusar-te.
Ignoras como vive intimamente quem se fez inimigo revel.
Desconheces a trama em que tombou o companheiro, a ponto de voltar-se contra ti.
Ainda não experimentaste a dolorosa aflição que padece o outro —-o que está contrário a ti e te flecha com petardos venenosos, amargurando-te as horas...
É certo que nada justifica a atitude inimiga, a posição agressiva, a situação adversária.
No entanto, se fosses ele, talvez agisses da mesma forma ou pior.
Para evitar que isso te aconteça, exercita perdão, preparando-te para não tombares na rampa por onde outros escorregaram...
Quem perdoa ofensas adquire paz e propicia paz.
Quem esquece o mal de que foi vítima, vitaliza o bem de que necessita.
Nunca te faças inimigo de ninguém, nem aceites o desafio dos que se te fazem inimigos, sintonizando na faixa deles.
Se não conseguires superar a injunção penosa, que os teus inimigos criam, ora por eles e pensa neles com paz no coração.
O inimigo é alguém que enfermou...
Recorda de Jesus que, mesmo vítima indébita, perdoando, rogou ao Pai que a todos perdoasse, porque "eles não sabiam o que estavam a fazer".
Nenhum comentário:
Postar um comentário