sábado, 3 de setembro de 2022

Hammed - Livro Lucidez A Luz que Acende a Alma - Francisco do Espírito Santo Neto - Cap. 10 - Senhor, ajuda a minha incredulidade!



Hammed - Livro Lucidez A Luz que Acende a Alma - Francisco do Espírito Santo Neto - Cap. 10


Senhor, ajuda a minha incredulidade!


Pastor de Almas, que a fagulha de luz que habita em nós, impulsionando nossa fé em viver, esteja brilhando, e que não se apague quando o vento forte da descrença inquietar nossa alma.

Recordo-me, Jesus, da narrativa do evangelista Marcos sobre teu encontro com uma grande multidão. Havia 'discussão entre seus discípulos e os escribas. Então, perguntaste aos escribas: “Que é que discutis com eles?”

Um homem, pondo-se de joelhos diante de ti, respondeu que pedira aos discípulos que expulsassem um espírito imundo de seu filho, mas eles não puderam curá-lo. “O pai desesperado implorou ao Mestre, dizendo: Mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos. E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas disse: Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade!

O Salvador, então, repreendeu o espirito imundo e ordenou-lhe: Sai dele, e não entres
mais nele. E ele, clamando e agitando-o com violência, saiu. (1)

Por isso, Rabi de Nazaré, todos nós podemos nos juntar a essa súplica do pai aflito e repetir em coro: “Senhor Jesus, socorre-nos em nossa incredulidade”. Dá-nos força, reflexão e discernimento necessários para que possamos! entender o poder da fé e, por consequência, desenvolveu o dom da serenidade.

São tantas as dores da alma, tantas as angústias e soledades que atingem nossa intimidade na jornada terrena, que sem a fé raciocinada, alicerçada no conhecimento de nós mesmos, estaremos fadados ao desespero e à melancolia profunda, desesperançados para suportar nossas atribulações existenciais.

Senhor Jesus, ajuda-nos em nossa descrença! Eis aqui a rogativa de todos nós, Espíritos imaturos e inconscientes das reais necessidades da vida.

O nevoeiro da falta de fé interfere em nossos caminhos. Quando a morte física nos priva da presença de um ser amado, nós nos desesperamos. Muitas vezes desistimos até mesmo de viver. Sentimo-nos sem forças e não conseguimos divisar uma réstia de esperança. Tudo nos parece envolto em brumas.

Se os tropeços financeiros se avolumam ou se nosso sustento for ameaçado, angustiamo-nos. Tudo nos parece insuperável, um encargo demasiadamente pesado para suportar.

Em certas ocasiões, quando alguém que amamos nos abandona, chegamos à depressão e até às raias do desespero.

Entretanto, a recomendação evangélica estabelece que tudo é possível àquele que crê. A fé clareia as noites mais nebulosas. São os cenários do inverno rigoroso que nos permitem antever a primavera cobrindo os campos gelados de relva e de flores.

É nas noites mais escuras que conseguimos ver plenamente o manto aveludado bordado de estrelas na abóbada celeste.

Portanto, Mestre Amado, se as névoas densas da incredulidade estiverem embaçando as paisagens de nosso cotidiano, incentiva-nos a estudar e refletir.

Senhor, abranda nosso passo, desacelera o ritmo frenético que às vezes nos impulsiona a caminhada impedindo- nos de ter uma visão plena da eternidade do tempo. Em meio aos burburinhos do dia-a-dia, dá-nos a certeza de que o Pai nos conduz hoje e sempre.


Hammed





(1) 1 Marcos. 9:14 a 26





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