A luz do Cristo nos modifica para sempre
20/09/1944
Meus amigos, que as forças superiores da vida vos concedam muita paz. Ouvindo-vos as considerações sobre a drosófila, lembramo-nos de um belo símbolo. É que somos, todos nós, as drosófilas “conscientes” de Jesus Cristo.
O cientista do mundo obriga as suas pequeninas cobaias a receber-lhe os jatos de luz transformadora. Jesus, porém, dá-nos a liberdade de receber-lhe ou não a luz edificante e redentora.
A persistência no jato de luz terrestre modifica a variedade da drosófila em caráter definitivo. A permanência de nosso espírito na luz de nosso Senhor Jesus Cristo nos modifica para sempre, dando-nos ascensão e portas abertas em Plano Superior.
A rigor, portanto, tudo o que vai pela ciência dos homens tem símiles ainda mais belos nas atividades do espírito.
Relativamente à mensagem do Irmão X, somos de opinião que deva surgir para o ano próximo. Não convém despertar novas forças combustíveis para a fogueira do desentendimento e do ódio.
Creio mesmo, embora não fosse este o nosso parecer, dias atrás, que não será conveniente incluir o nosso bom amigo no corpo de colaboradores desse pequeno livro destinado à obra de Batuíra.
As forças do mal ainda rugem surdamente. Há velhos monstros à solta, sentimentos malignos à espreita.
Tudo que fizermos para caminhar aquelas “milhas de concessão”, a que se refere o nosso Mestre, será bem empregado.
Talvez não partilhe a mesma opinião o nosso companheiro interessado no assunto, mas há momentos em que o parecer prevalecente deve ser o do justo Juiz: aquele que é a base divina de todo direito vivo. Desse modo, caminharemos com as Escrituras.
Há no silêncio grandes forças de vitória real e preferimos estas forças, porque tudo que é voz do mundo também silenciará um dia para a visão do Verbo Maior.
Quanto aos trabalhos em organização, quando puderdes, podereis concatenar o livro para os órfãos, já em perspectiva, bem como o livro Caminho, Verdade e Vida, no que poderemos colaborar convosco.
Porquanto, senão algumas páginas esparsas ou pequenas produções de ordem geral, há muito poucas probabilidades de qualquer trabalho novo neste ano. Sendo assim, quando vos for possível, podereis aproveitar o material existente. Desejando-vos muita paz e luz, sou o vosso irmão e servo humilde,
Emmanuel
[1] Nota da Organizadora: Trata-se do Coletânea do Além, de diversos autores, pró Abrigo Batuíra, editado pela Livraria Allan Kardec, São Paulo. Penso que Emmanuel se refere à segunda edição, pois no folheto Comunicação número 150, ano 19, consta o ano de 1943 como o de lançamento, editado pela Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP). Sobre o Abrigo Batuíra, informamos que “a casa funcionou em São Sebastião, interior do Estado de São Paulo entre os anos de 1945 e 1990, como Instituição Cristã Beneficente Verdade e Luz - Abrigo Batuíra funcionava como internato e colônia de férias para crianças carentes. Fundada em 1904, atualmente a Instituição continua realizando projetos sociais nas cidades de Poá, São Paulo e Porto Ferreira e tem como presidente o sobrinho-neto do fundador Batuíra, Arnaldo Pandolfi.
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