Bezerra de Menezes - Livro Bezerra, Chico e Você - Chico Xavier - Cap. 36
Amor e caridade
O Amor é luz divina.
A Caridade é benemerência humana.
A claridade revela.
A bondade socorre.
Consagraste o coração ao ministério bendito com Jesus e esperamos que os espinhos da senda produzam flores para a tua fé renovadora e vibrante e que as pedras da estrada se convertam, ao toque de tua compreensão e de tua boa vontade, em sublime pão do espírito.
Em verdade, a sementeira e a seara são infinitas. Cada setor reclama mil braços e cada leira exige devotamento e vigilância; entretanto, um discípulo somente, que se afeiçoe ao Mestre, pode realizar os milagres do amor e da caridade por onde passe, acordando corações para o serviço redentor.
Não nos cansemos, pois, na dedicação com que nos devotamos ao apostolado da renunciação.
Samaritano do Evangelho vivo, percebeste que não venceremos na batalha de nós mesmos, sem partilharmos a carga que aflige os nossos irmãos mais próximos.
Penetraste, feliz, o santuário do entendimento novo e depuseste o coração ao serviço mediúnico, apreendendo o valor do serviço aos semelhantes.
Abençoado sejas!
Fenômenos e discussões, muita vez, constituem meros processos de enrijecer as fibras da alma, porque nem todos se colocam no mesmo nível para a recepção das dádivas celestiais.
Todavia é imperioso reconhecer que o bem é a porta sublime através da qual o próprio pensamento de Jesus se manifesta, consolando e salvando, edificando e lenindo, amparando e iluminando o coração do homem cada vez mais.
Não descansemos, portanto, em nossa faina de ajudar e construir sempre.
Espiritismo sem aprimoramento espiritual é templo sem luz.
A hora do mundo é sombria e a jornada humana reclama lâmpadas acesas para que as ovelhas retardadas não se precipitem nos despenhadeiros fatais.
Irmanemo-nos no ministério da evangelização e avancemos.
Amor sem caridade é teoria de lábios desprevenidos: caridade sem amor é aquele sino que tange da imagem paulina.
Unamo-nos, em vista disso, na luz que redime e na fraternidade que socorre, convencidos de que não nos faltará a bênção daquele Divino Amigo que prometeu caminhar conosco até o fim dos séculos.
De mensagem recebida em 8.11.1948.
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano
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