A amizade e a prece
Ao criar as almas Deus não estabeleceu diferença entre elas. Que esta igualdade de direitos entre elas sirva de princípio à amizade, que outra coisa não é senão a unidade nas tendências e nos sentimentos. A verdadeira amizade só existe entre os homens virtuosos, que se reúnem sob a proteção do Todo-Poderoso, para se encorajarem reciprocamente no cumprimento de seus deveres. Todo coração verdadeiramente cristão possui o sentimento da amizade. Ao contrário, esta virtude encontra no egoísmo das almas viciosas a pedra de tropeço que, semelhante à semente caída sobre a rocha árida, a torna infecunda para o bem.
Cercai vossa alma com o muro protetor de uma prece cheia de fé, a fim de que o inimigo, seja interno ou externo, aí não possa penetrar.
A prece eleva o Espírito do homem para Deus, liberando-o de todas as inquietudes terrenas, transportando-o para um estado de tranquilidade, de paz, que o mundo não lhe poderia oferecer. Quanto mais confiante e fervorosa for a prece, melhor será ouvida e mais agradável a Deus.
Quando a alma do homem, inteiramente penetrada de zelo santo, eleva-se para o céu na prece íntima e ardente, os inimigos interiores, isto é, as paixões do homem, e os inimigos exteriores, isto é, os vícios do mundo, são impotentes para forçar os muros que a protegem.
Homens, orai a Deus com toda confiança, do fundo do coração, com fé e verdade!
[Anônimo]
(Sociedade Espírita de Viena, Áustria – Traduzido do alemão)
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Kardequiano
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