Pede ajudando
Pede ardentemente o Amparo Celestial, mas não olvides o socorro a que te sentes compelido no caminho terrestre.
O Anjo ouve o Homem na medida que o Homem ouve os próprios irmãos.
Esperas jubilosa segurança para os que nasceram em tua equipe doméstica, no entanto, consagra essa ou aquela migalha de teu próprio conforto aos que se reúnem, desalentados, na furna do sofrimento.
Contas com o agasalho justo em favor daqueles que te merecem carinho, contudo, estende alguma peça desnecessária ao companheiro relegado à intempérie.
Rejubilas-te com o pão farto, entretanto, divide alguma fatia dispensável à mesa com aqueles que trazem o estômago flagelado no corpo desnutrido.
Agradeces, ditoso, os talentos da provisória tranquilidade que te enriquecem os dias, mas aplica alguns momentos no concurso fraterno, a benefício dos que choram sem esperança.
Regozijas-te com a fé luminosa de que te coroas perante o mundo, todavia, não fujas à esmola de paz aos que vagueiam nas trevas.
Alegras-te com a saúde preciosa que te assegura harmonia interior, no entanto, ampara o enfermo esquecido que te mostra os braços sequiosos de entendimento.
Ergues tua voz ao Templo Celeste, entretanto, milhares de vozes, cada dia, erguem-se da sombra humana, buscando-te o coração.
Aqui alguém te solicita a bênção da simpatia, adiante há quem te rogue cooperação.
Pede, pois, ajudando. Lembra-te de que podes também auxiliar e serve quanto possas.
Pela fé subirás ao Senhor com a tua súplica, mas pela caridade o Senhor descerá ao teu encontro para que as tuas mãos se enriqueçam de amor na construção do Reino da Luz.
Emmanuel
(Psicografia de F. C. Xavier)
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano
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