terça-feira, 28 de abril de 2020

Allan Kardec - Livro O Livro dos Espíritos - Questão 766 - Necessidade da vida social (Miramez)




Allan Kardec - Livro O Livro dos Espíritos - Questão 766



Necessidade da vida social




A vida social está na Natureza?

Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.

Allan Kardec



O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez

Questão 766 comentada

A vida social se encontra com mais expressão na natureza. Podemos observar isso em todos os reinos, e ela é o mesmo amor, em faixa onde se mostra a fraternidade.

O que chamamos de afinidade dos elementos e dos homens é o que vem a ser a vida social. é muito comum notar-se que os peixes vivem em cardumes, as aves em bandos, os animais de todas as espécies em grupos e que as árvores têm mais vida quando são plantadas em conjunto. Se analisarmos a lavoura, nos certificaremos da harmonia em todas as espécies de plantações, todas juntas para melhor rendimento.

A vida social está em tudo, em dimensões diversas, como sendo a harmonia divina manifestando-se para a felicidade e o bem-estar também dos homens. Dentre os homens, a vida social faz parte da própria vida. Se o trabalho é a base do equilíbrio, o lazer não deixa de ser o equilíbrio do trabalho. Deus nada fez sem objetivo.

A vida social dos homens começa no lar, e vai buscando outras expressões, até chegar aos conjuntos dos mundos habitados, às formações das galáxias e ao ninho cósmico, onde Deus comanda tudo em plena harmonia, onde todos e tudo se alimentam no Seu amor, na luz de vida que parte do Seu coração.

Para que os homens se entendessem uns aos outros, o Senhor facultou a todos os dons que o tempo passa a despertar na sua esteira. O pensamento, as palavras são o começo de muitos e muitos outros na seqüência da vida. Cada vez que crescemos para a espiritualidade, mais entendemos a preciosidade das existências onde Deus distribui vida e multiplica vidas, pela luz do amor.

Quem observa com sinceridade o desenrolar de tudo, notará as trocas incessantes dos valores imortais das coisas e das criaturas, sem as quais se desfigura o viver. Somente quando entrarmos na intimidade de todos os nossos valores, quando alcançarmos o comando de todos os nossos dons, é que as trocas irão desaparecendo, por encontrarmos em nós tudo de que precisamos, porque encontramos Deus à frente, na cidade iluminada da consciência.

A felicidade dos Espíritos parece uma utopia para os homens, porque as faculdades dos mesmos se encontram adormecidas, sem poderem observar a vida em outras faixas, que se intercruzam infinitamente.

Lucas anota no capitulo um, versículo trinta e sete, o seguinte:

Porque para Deus não haverá impossível em todas as suas promessas.

O que parece impossível para os homens, não o é para Deus. Fomos feitos para a felicidade, e para tanto estamos entregues a Jesus, que nos dirige a todos.

A vida social é uma pequena manifestação de que existe a alegria pura, de que existe a felicidade; basta que os homens entendam o que se chama divertir. Tudo se enquadra como sendo lições, onde o aprendizado é comum a todas as criaturas. Deus fez o homem para viver em sociedade; esta é, pois, uma lei imutável, capaz de assegurar o nosso equilíbrio na vida e para a vida.


Miramez






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