Emmanuel - Livro Trevo de Ideias - Chico Xavier - Cap. 18
Jesus e Kardec
Ante a Revelação Divina, assevera Jesus:
— “Eu não vim destruir a Lei.”
E reafirma Allan Kardec:
— “Também o Espiritismo diz: não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.”
Perante a grandeza da vida, exclama o Divino Mestre:
— “Há muitas moradas na casa de meu Pai.”
E Allan Kardec acentua:
— “A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos, que neles reencarnam, moradas correspondentes ao adiantamento que lhes é próprio.”
Exalçando a lei de amor que rege o destino de todas as criaturas, advertiu-nos o Senhor:
— “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
E Allan Kardec proclama:
— “Fora da caridade não há salvação.”
Destacando a necessidade de progresso para o conhecimento e para a virtude, recomenda o Cristo:
— “Não oculteis a candeia sob o alqueire.”
E Allan Kardec acrescenta:
— “Para ser proveitosa, tem a fé que ser ativa; não deve entorpecer-se.”
Encarecendo o imperativo do esforço próprio, sentencia o Senhor:
— “Buscai e achareis.”
E Allan Kardec dispõe:
— “Ajuda a ti mesmo que o Céu te ajudará.”
Salientando o impositivo da educação, disse o Excelso Orientador:
— “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai Celestial.”
E Allan Kardec adiciona:
— “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar as inclinações infelizes.”
Enaltecendo o espírito de serviço, notificou o Eterno Amigo:
— “Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também.”
E Allan Kardec confirma:
— “Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho corpóreo, seus membros ter-se-iam atrofiado, e, se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal.”
Louvando a responsabilidade, ponderou o Senhor:
— “Muito se pedirá a quem muito recebeu.”
E Allan Kardec conclui:
— “Aos espíritas muito será pedido, porque muito hão recebido.”
Exaltando a filosofia da evolução, através das existências numerosas que nos aperfeiçoam o ser, na reencarnação necessária, esclarece o Excelso Instrutor:
— “Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo.”
E Allan Kardec conclama:
— “Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”
Consagrando a elevada missão da verdadeira ciência, avisa o Mestre dos Mestres:
— “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.”
E Allan Kardec anuncia:
— “Fé inabalável só é aquela que pode encarar a razão face a face.”
Tão extremamente identificado com o Mestre Divino surge o Apóstolo da Codificação, que os augustos mensageiros, que lhe supervisionam a obra, foram positivos nesta síntese que recolhemos da Resposta à Pergunta número 627, em O Livro dos Espíritos:
— “Estamos incumbidos de preparar o Reino do Bem que Jesus anunciou.”
Eis por que, ante o primeiro centenário das páginas basilares da Codificação, saudamos no Espiritismo — Chama da Fé Viva a resplender sobre o combustível da Filosofia e da Ciência — o Cristianismo Restaurado ou a Religião do Amor e da Sabedoria, que, partindo do Espírito Sublime de Nosso Senhor Jesus Cristo, encontrou em Allan Kardec o fiel refletor para a libertação e ascensão da Humanidade inteira.
Emmanuel
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano
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