sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Miramez - Livro Horizontes da Mente - João Nunes Maia - Pág. 101 - Pensar é Viver



Miramez - Livro Horizontes da Mente - João Nunes Maia - Pág. 101


Pensar é Viver


O pensamento é uma manifestação de vida inteligente na criatura, visto que, na sua trajetória, apresenta a mais elevada posição no que concerne à existência, na Terra e fora dela. Pensar realmente é viver. As transmissões das idéias, de pessoas a nós e de nós a elas, são atos divinos, estruturados pela natureza há milênios.

O corpo constitui uma harpa de luz que o espírito afina tocando a mais bela canção, marcando notas que, por vezes, extasiam até os santos e, acompanhando a música, segue-se a mensagem de que a alma é portadora para a outra. A velocidade do pensamento é relativa ao grau espiritual do emissor. Se a luz nos assusta com trezentos mil quilômetros por segundo, o pensamento poderá atingir bilhões de quilômetros em fração de segundos, dependendo da mente que o emitiu e ainda faz uma transmissão de mensagem perfeita como se estivesse a um metro de distância.

Quanto mais a alma evolui, melhor encontrará recursos favoráveis para sua conversa à distância. Eis por que o espírito superior está sempre presente, onde quer que seja. Já dizia o Mestre aos seus discípulos: “Onde se reunirem duas ou mais pessoas em meu nome, aí estarei entre elas”. Pois, quando nos reunimos em nome de determinada pessoa, lembramo-nos dessa criatura e, ao nos lembrarmos, emitimos ondas em direções a ela. O Cristo, com a Sua estrutura espiritual, haverá de perceber essas ondas, que serão transmitidas com todo fervor, com toda a fé e, de onde estiver, responderá com a Sua potente vontade, carregada de magnetismo celestial, e quem estiver reunido em seu nome d’Ele sentira a Sua magnânima presença.

No entanto, para se reunir em nome de Jesus, faz-se necessário sentir o que Ele ensinou, viver um pouco do Evangelho, estruturar os pensamentos nos moldes dos conceitos cristãos, porque, de outra forma, não entraremos em sintonia com a mente do Divino Amigo.

Os nossos pensamentos consorciam-se com pensamentos idênticos, fazendo um todo que invade o nosso ser e estimula mais força em nós, do mesmo quilate. Pensar, realmente, é viver, e pensar, com dignidade cristã, é viver feliz.

A força mental que nós desprendemos em todas as direções são páginas escritas com letras sagradas, que nos custaram muito trabalho e sacrifício. Não é justo que desperdicemos essa oportunidade de pensar, por tanto tempo. É hora de darmos as mãos, encarnados e desencarnados, convictos de que, no aprimoramento das nossas idéias, seremos muito, mas muito mais felizes. Não mais se ajusta em nossos pratos mentais a discórdia, pois ela entrava a amizade, retardando o crescimento da fraternidade, árvore de luz que se apóia no coração. Não mais se ajusta em nossa conduta a vingança, pois ela é um corrosivo que deixa o espírito estropiado às margens do caminho, assistindo os de boa vontade passarem no carro luzente do progresso. É conveniente assegurarmo-nos do perdão, associado ao amor, de forma a embelezar a própria vida.

Busquemos trabalhar, sem que o cansaço se apodere de nós, livrando-nos dos extremos, para que o centro nos atraia e, com ele, firmemos compromissos em todos os rumos da vida. Não queirais ser anjo de um dia para outro. O tempo é o roteiro indispensável para andarmos. Todavia, não confieis somente no tempo, sem ajustar seu esforço ao dele.

Adestrai vosso pensamento em todos os sentidos, começando como faz a professora, no primeiro dia de aula, em relação às crianças, que pela primeira vem frequentam a escola: bom ânimo, paciência e persistência. Lembrai-vos de que, de vez em quando, a nossa natureza inferior revoltar-se-á com essa vossa disposição de melhorar. Lutai com ela, que vencereis.

Falai aos outros com carinho. Transmiti aos vossos colegas bom ânimo. Vibrai nas horas em que vos dispuserdes a isso, amor para toda a humanidade, e acostumai-vos a viver alegre, em todas as circunstâncias, que, assim, ireis pensar para viver, e viver para pensar, com a consciência tranquila de um cidadão universal.


Miramez










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