Arthur Joviano - Livro Sementeira de Luz - Mensagens familiares do Prof. Arthur Joviano (Neio Lúcio) e outros / Chico Xavier - Cap. 148
Não existe mal que o bem não possa vencer
02|08|1944
Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita saúde e tranquilidade.
Continuamos a auxiliar na solução do problema em curso, com os nossos esforços. Há muitos companheiros espirituais cooperando conosco e devemos confiar no poder de Jesus. Não existe mal que o bem não possa vencer. E nós estamos amparados com o bem, caminhando para a frente, sem temor de qualquer natureza.
Relativamente ao Roberto, meus caros filhos, temos feito o que nos é possível por orientá-lo. A mocidade é mesmo assim — uma experiência não consolidada, requerendo, invariavelmente, muita atenção. Roberto é portador de excelente coração, repleto de sentimentos nobres, e devemos confiar no futuro. A impulsividade é uma aresta que o tempo nos retira da alma, devagarinho. Sei como lutam vocês para atender a todas as obrigações e como o nosso rapaz exige cuidados e pensamentos. Na atualidade, todavia, ele representa a planta mais delicada do nosso jardim de realizações. Precisamos cercá-la de adubos, anteparos e observar sempre a chuva e o sol, até o momento de entregá-la, com alegria, a toda e qualquer expressão climática.
Ajudaremos a vocês com todas as nossas forças e muito particularmente eu mesmo, porque, embora muitíssimo ligado ao General, Roberto tem comigo laços muito fortes, que eu prezo com todo coração. Muito se há edificado em seu mundo interior. As suas aquisições são verdadeiramente notáveis para o nosso olhar, que já pode penetrar mais longe. Todavia, de quando em quando, surge um pequeno acidente sentimental, que é necessário socorrer com a nossa compreensão.
Dia virá, porém, em que vê-lo-emos como a árvore gloriosa, que foi plantinha tenra, estendendo seus ramos acolhedores para a natureza de Deus, em belos impulsos criativos! Não quero dizer com isso que vocês devam permanecer impassíveis diante das necessidades espirituais dele. Semelhante atitude constituiria desinteresse. É preciso remover obstáculos, desanuviar o ambiente, oferecer ferramentas para as retificações indispensáveis e isso não se faz sem movimentos de resistência, educação e vigilância. Desejo tão somente lembrar que não há motivos para preocupações obsecantes e mais sérias!
O serviço de profilaxia espiritual contra o desânimo, dentro de nós, há de ser permanente para que a casa íntima de nosso coração permaneça arejada pelos ares do Senhor. Novo dia, nova esperança! Este deve ser um pensamento diário em nossa cabeça e um sentimento ativo em nossos corações. Tudo, pois, vai correndo bem, a caminho do melhor! Não asilemos nem o sinal de tristeza, porque a tristeza é uma noite longa na habitação de nosso espírito.
Felizmente, apesar da intensidade do frio que vem fazendo para vocês, observo que a saúde dos três vai regular. Não digo “muito boa” para não criar excesso de otimismo, certo como estou de que o melhor caminho em tudo é o caminho do meio, com o equilíbrio legítimo de cada coisa, cada palavra e cada situação. Que Jesus nos guarde a todos em sua divina paz!
Muito boa noite para todos.
E desejando para vocês todas as alegrias que a vida pode proporcionar, abraça-os, afetuosamente, o papai que não os esquece.
Arthur Joviano
(Neio Lúcio)
Neio Lúcio
Autor de alguns livros da psicografia de Chico Xavier dentre eles Mensagem do pequeno morto; Alvorada cristã; Jesus no Lar; A vida fala I, II e III; Sementeira de luz; Sementeira de paz; Colheita do bem e inúmeras mensagens dispersas por outras obras. É a mesma personalidade de Cneius Lucius, do romance “50 anos depois”, e de Jaques Duchesne Davenport, do romance “Renúncia”, sobre quem encontramos a referência carinhosa de Emmanuel, psicografada em 14 de dezembro de 1949 pelo Chico, e que constitui o prefácio espiritual do livro “Sementeira de luz”. Vide referências a Neio Lúcio numa introdução feita por Geraldo Lemos Neto ao referido livro. Em sua última existência foi professor e chamou-se Arthur Joviano; a seguir ele explica porque utilizou Neio Lúcio para autografar os livros de sua lavra pela mediunidade de Francisco C. Xavier: “Por mais de dez anos observei a atitude dos nossos, a fim de verificar se o Professor Joviano poderia seguir adiante, com o desejado desassombro na luta, mas, depois de dois lustros de meditação e esforço mudo, concluí que o professor mineiro não devia sobreviver, pelo menos por enquanto, nos círculos da mente infanto-juvenil de nosso pátrio lar. Mas Neio Lúcio poderia disputar essa posição de cooperador e, com a graça de Jesus, alcancei o meu objetivo!”
Fontes: Bíblia do Caminho † Súmulas Biográficas, Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano
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